QUEM É JESUS

JESUS, O NAZARENO

Texto Bíblico Chave: Mateus 2.22,23

II. A Questão da Identificação como Nazareno:

É uma questão profética: Isaias 4.2 – Isaias 11.1 – Isaias 53.2 – Jeremias 23.5 –

Zacarias 6.12.

A palavra chave é: Renovo.

2. É uma questão etimológica: (No hebraico) – Renovo = Netze = Nazaré

3. É uma questão da procedência (origem local e regional):

a. Gerado em Nazaré: Lucas 1.26,27 – Lucas 2.4 – Joao 7.42

b. Criado em Nazaré: Lucas 2.39 – Lucas 4.16 – Mateus 2.21-23

c. Aprendeu e exerceu a profissão de carpinteiro em Nazaré: Isaias 53.3 – Mateus 15.55; Marcos 6.3…(Metáfora: “lenho verde e lenho seco” – Lucas 23.31!! )

d. Viveu até os 30 anos em Nazaré: Lucas 2.39 ,42,51,52 – Lucas 3.23 – Lucas 4.16 – Marcos 6.1

III. A Questão Ministerial

1. Foi de Nazaré, da Galiléia, para ser batizado no Rio Jordão: Marcos 1.9

Após o batismo e a tentação no deserto, voltou para Nazaré: Mateus 3.13 –

Mateus 4.12,13 – Lucas 4.14…

3. Entrou na sinagoga (igreja-escola) de Nazaré e foi expulso dela e da cidade:

Lucas 4.15,16,20-30…

4. Passa a residir em Cafarnaum (aldeia de Naum {?!}):Mateus 4.13 – Lucas 4.29-31

(Mateus 13.1)…

4.a. Porque Cafarnaum como centro irradiador de seu ministério?

– Os judeus (da Judéia) eram nobres orgulhosos, soberbos e desprezavam oscampônios galileus; (Judéia= corrupção: sacerdotes, políticos e nobres). Jesus não poderia viver entre eles, pois seria confundido com eles, seu ofício seria em muito difícil e, entre os humildes e desprezados, encontraria mais fácil a fé…E foi uma questão de prudência (Isaias 52.13…)!

– Os galileus eram aceptivos aos estrangeiros que buscavam residir ali…

– Os galileus eram de “sangue quente”, revolucionários por natureza (?!)…

– JESUS, o Missionário por Excelência! Salmo 2.8 – Isaias 9.1,2 – Isaias 60.3;Mateus 4.12-17 – Isaias 42.1-3…

4.b. Como se cumpriu: Is 52.14 – Is 53.2,3?

Joao 1.45,46 – Joao 7.1,5,15,27,41,42,52…(sem aparência física; pobre, filho de carpinteiro, carpinteiro, nazareno e galileu!)

4.c. Quem denominou (identificava) a Jesus, como Nazareno?

– Os Profetas e o escritor e apóstolo Mateus: Mateus 2.23 (rever B.1);

– Um espírito imundo: Marcos 1.24;

– Um tribuno (soldado): Joao 18.4-8;

– Jesus, Mesmo o disse: Joao 18.4-8 – (Paulo relembrando):At 22.8 – At 26.9;

– Uma criada: Mateus 26.71;

– Pilatos: Joao 19.19;

– Apóstolo Pedro: Atos 2.22 – Atos 3.6 – Atos 4.10 – Atos 10.38;

– Testemunhas disseram, que Estevão havia dito: Atos 6.14

4.d. Os discípulos cristãos:

1. Foram denominados da “Seita dos Nazarenos” (Atos 24.5). Paulo era o chefe!

2. Os mulçumanos, até hoje, chamam os cristãos de “os nazarenos”;

3. Existe uma denominação (dita evangélica) como: “A Igreja dos Nazarenos”.

JESUS, O GALILEU

I. Textos Bíblicos: 2 Reis 15.29 – Isaías 9.1,2 – Mateus 4.12-15 – Mateus 10.5…

II. Introdução: Nada na Bíblia é sem propósito. Seja para promessa profética, seja para lição moral e espiritual. Tudo tem o seu lugar e o seu valor. Ouro e Pérolas…

III. Primórdios Geo-políticos da Galiléia

a. Após o dilúvio:O filho de Noé, Cam (Cão) e seus descendentes foram ocuparas regiões do futuro Egito e da parte alta da futura Palestina (Canaã). Gênesis 9.26 – Gênesis 10.6,15-18

b. Promessa a Abraão: Deus daria as terras de Canaã (Palestina = Filistia), conforme vemos em Genesis 15.20,21…

c. Jacó abençoa a Zebulom e a Naftalí: Gênesis 49.13…

d. Na divisão da terra entre as Tribos: Deuteronômio 33.18,19,23 – Josué 1.4 – Josué 19.10-39…

e. Povos ocupantes:Heteus, Girgazeus, Fenícios… eram povos-colônias, fortes, poderosos e ricos, pertencentes ao império da Ásia Menor, que os assírios chamavam de “Khatti” (faziam parte da Palestina; futura Canaã… futuro reino norte de Israel).

4. Panorama Geo-econômicos da Futura Galiléia

A região era, geográfica, política e economicamente privilegiada, pelos seguintes aspectos:

a. Possuir um lago tão avantajado, de 6 km de largura por 20 km de comprimento, a que chegaram a chamar de “Mar da Galiléia”, o que favoreceu a indústria da pesca;

b. Vários rios importantíssimos, dentre eles destaca-se o “Rio Jordão”, o que tornava a região fértil para a agricultura;

c. Solo do tipo basáltico, muito fértil para a agricultura;

d. Possuía acesso ao Mar Mediterrâneo, que permitia deslocamentos rápidos até a (Gália) futura França, à Espanha, etc., alcançando, assim, o Oceano Atlântico!).

e. Possuía a mais famosa e procurada rota (caminho) dos viajantes e comerciantes, desde a Mesopotâmia, Assíria, Síria, Arábia, que desejassem ir ao Egito, via terra ou pelo mar, e à Ásia Menor e outros pontos via o Mar Mediterrâneo. Era uma rota ou caminho quase obrigatória, apesar de ser um contorno longo, evitando o deserto da Arábia, era mais viável, segura e … mais atraente para os turistas e comerciantes!! (Isaias 9.1,2 – Mateus 4.12-15 – Mateus 10.5)

5. Fases Geo-Etnográficas da Galiléia

a. Antes da deportação de Israel para a Babilônia: predominância e domínio das Tribos de Zebulom, Naftalí, Aser e Issacar (pertenciam ao Reino do Norte de Israel);

b. Durante o exílio na Babilônia (70 anos… mais…): Os “judeus” não voltaram de uma vez, mas em “levas” isto é, em grupos. A região não ficou sem israelitas, ficou um remanescente, tal como o irmão de Neemias informou (Neemias 1). A região ficou infestada de estrangeiros (gentios; gentes, do Egito, Ásia, Síria, Assíria, Arábia, Babilônia, etc.);

c. Retorno de Israel à Palestina: Devido ao grande influxo e refluxo de estrangeiros (nações= gentios=gentes), e a região geograficamente se assemelhar ao formato de uma pera redonda, desde cedo os “judeus ortodoxos”, a denominaram de “Galil ha-Goyim”, que significa: “anel (círculo) de incrédulos”. Mas após o retorno dos “judeus”, o termo passou a ser apenas “Galil”, isto é, Galiléia, terra de Zebulom e Naftalí. (2 Reis 15.29 – Isaías 9.1,2… reafirmada em Mateus 4.12-15…).

6. Jesus, o Galileu

a. Foi concebido e Maria teve toda a sua gravidez em Nazaré, na Galiléia.

b. Jesus foi criado em Nazaré, ficando experimentado nos trabalhos.

c. Após a tentação no deserto, voltou para a Galiléia, para Nazaré, aonde foi expulso da sinagoga e da cidade considerada natal; foi morar em Cafarnaum, cidade marítima, onde, por dois anos e meio, aproximadamente, assentou sua base missionária!

d. A maioria dos seus discípulos, futuros apóstolos, foram escolhidos e chamados da Galiléia (de algumas cidades): pescadores, publicano, revolucionário, etc.

e. Como Jesus foi reconhecido e tratado como galileu e, a maioria de seus seguidores (discípulos comprometidos) eram galileus, sua base ministerial e missionária era na Galiléia, até a Igreja foi identificada, principalmente no primeiro século, ora como “seita dos nazarenos”, ora como dos “galileus”.

f. Os galileus: eram desprezados (Isaias 53) por serem campônios, não serem zelosos pela lei, o que não era verdade, apenas mal interpretados; eram de “sangue quente”, isto é, de temperamentos agressivos e rixentos (briguentos), agitadores, amotinadores, revolucionários, etc. Os galileus, do partido dos “zelotes”, atacaram soldados de Roma e, por vingança, Pilatos aproveitou um dia que os galileus foram a Jerusalém para adorar, foram mortos… Os próprios judeus “ortodoxos” (considerados certinhos), desprezavam os seus irmãos galileus, por serem um pouco diferentes (não usavam a mesma farda), implicavam até com o “sotaque” dos galileus que era diferente.

Jesus foi chamado de galileu; os discípulos foram assim chamados, até pelos anjos, em Atos 1….

7. Jesus, era o Galileu Missionário. Porque?

a. Isaías 9.1,2

b. Mateus 4.12-15

c. Marcos 5.7,8

d. Mateus 10.5

Fala-se da Igreja na Samaria, mas não se consegue ver uma nas cidades da Galiléia!!

Jesus iniciou o seu ministério na Galiléia, e terminou com a ascensão, num dos Montes da Galiléia!!

Nazareno por origem;

Galileu por obra ministerial e missionária.

JESUS, O CARPINTEIRO

1. Texto Bíblico: Lucas 2.12,16 – Mateus 13.55 – Marcos 6.3 – João 19.17

2. Termos Relacionados

a. Carpintaria

É o local; oficina-laboratório, onde o carpinteiro, da madeira bruta, trabalha-a, às vezes, desde a derrubada da árvore, até a fabricação de um móvel ou utensílio. É o local, também, onde se conserta (restaura, recupera) o bem danificado.

b. Carpinteiro

É o artífice; homem habilidoso (experiente), profissional, que fabrica e conserta toda a sorte de utensílios de madeira. Classe humilde de trabalhadores.

c. Ferramentas

Entre tantos tipos de ferramentas, destacamos o machado, serra, facão, plaina, cepilhador, formão, esquadro, arco de pua, martelo, macete, etc.

3. Tipos e Símbolos

a. Adão e Eva:ao pecarem, correram para detrás das árvores do jardim, e, atrás da árvore verde, esconderam-se de Deus, tornaram-se lenho seco (Lucas 23.31) ! Jesus assemelhou-se ao lenho verde e Israel (pecador), ao lenho seco!

b. A Arca de Noé: Medidas, madeira (cipreste), estruturas (andares, porta, janela); Não podia deixar frestas (brechas)…

c. O Cajado de Moisés

d. O Lenho que Moisés lançou na Água Mara (amarga) e se tornou doce.

e. O Ramo (vara) de Amendoeira simbolizando o Ofício de Arão (Sacerdócio)

f. O Tabernáculo: Cercado de Tábuas de Acácia, sobre base de prata

(Acácia= madeira resistente aos insetos e de cor bonita)

g. A Arca da Aliança: madeira acácia, revestida de ouro… o frágil e perecível, deve ser revestido do valioso e imperecível (ouro).

h. O Templo: Revestido de cedro por dentro. Conforme o Salmo 92.12-15, o filho de Deus é simbolizado pela palmeira e pelo cedro (sempre verde, adornos, aromático, crescimento firme e contínuo, de longa vida e de diversas utilidades).

4. Jesus, o Carpinteiro

a. Seria homem ocupado e trabalhador: Isaias 53.3

b. José (pai adotivo) era carpinteiro: Mateus 13.55

c. Conviveu e aprendeu desde a meninice a profissão; era o primogênito.

d. Tornou-se, por herança, um carpinteiro: Marcos 6.3

e. Identificou-se como “lenho verde” e Israel a “lenho seco”: Lucas 23.31

(Provérbios 11.31 – Jeremias 25.29…).

f. Fabricou bancos, e não teve onde se assentar nos julgamentos; fabricou camas, e deitaram-no no madeiro; fabricou móveis com pregos, e pregaram-no no madeiro… O carpinteiro morreu supliciado naquilo que foi a sua principal matéria prima profissional: o (a) madeiro (a) (Galatas 3.13 – Deuteronomio 21.23.)

ELE FOI, E É MUITO MAIS QUE UM SIMPLES CARPINTEIRO.

JESUS, O HOMEM

Textos Bíblicos: Genesis 3.15 – Isaías 7.14-16 – Isaías 9.6 – Gálatas 4.4 – João 1.14 – Lucas 2.6,7,11,12…

2. Introdução

Biblicamente, não há como refutar que Jesus tenha nascido em carne, isto é, ter sido humano; com genuína natureza humana.

Queremos enfatizar a verdadeira doutrina e crença, listando uns poucos referenciais bíblicos, que Jesus nasceu, viveu e morreu como um ser humano, refutando, assim, a doutrina de demônios, apregoada pelos agnósticos, de que Jesus Cristo não era humano ! Jesus recebeu um corpo humano, físico e anatômico, preparado por Deus, por meio de seu Espírito Santo, ungindo um óvulo no útero da virgem Maria!

3. Prometido como Ser Humano

a. Genesis 3.15 – descendência (semente) da mulher (só da mulher);

b. Salmo 40.6-8 – Hebreus 10.5-8 – Um corpo seria preparado (formado, gerado);

c. Isaías 7.14-16 – Isaías 9.6 – Uma virgem conceberia e daria à luz a um filho… um menino… “um menino nos nasceu; um filho se nos deu…”.

d. Malaquias 5.2 – O local do nascimento seria em Belém Efrata, na Judéia…

e. Isaías 53.1-12 – Seria trabalhador sem aparência; Seria Sofredor; Daria a sua

Vida em sacrifício pelos pecados , doenças e enfermidades do próximo.

f. Isaías 61.1 – Lucas 4.18 -Sendo humano (vivendo as limitações da carne), teria de ser Ungido pelo Espírito Santo (Salmo 2.1 – Salmo 22 – Atos 4.26 – Atos 10.38…);

g. Zacarias 11.12 – Mateus 26.15 – Mateus 27.1-10 – Seria traído por dinheiro.

h. Zacarias 13.7 – Mateus 26.31,56 – Seria um Pastor ferido pelos de casa (irmãos e amigos) e seria abandonado (deixado só) pelas suas ovelhas ( discípulos).

3.1 Salmo 22 – Apocalipse 13.8 – Seria morto (por decreto divino desde a fundação do mundo)

4. Cumprimento da Promessa

a. João 1.1,2,14 – No princípio era o VERBO e o VERBO estava com Deus e o VERBO era Deus (divino) e se fez carne e habitou entre nós…

b. Genesis 3.15 – Gl 4.4 – Cristo veio na plenitude dos tempos (tempo exato)…

c. Filipenses 2.5-11 – João 1.14 – Era Deus (Divino) e … esvasiando-se… tornou-se um Servo humano (sujeito às limitações da carne);

d. Mateus 1.18,20-23 – Lucas 1.26-35 – A concepção: (Genesis 3.15-Gálatas 4.4).

5. Nascimento, Vida e Morte

a. Lucas 2.5-7,11,12,16 – Melhor histórico de seu nascimento;

b. Lucas 2.21 – Levítico 12.3 – com 8 dias de nascido (circuncisão);

c. Lucas 2.22 -Levítico 12.1-4 – com 41 dias (8 +33), após o período de purificação de Maria, segundo a lei, foi levado e apresentado no templo…;

d. Lucas 2.40 – Jesus crescia…

e. Mateus 2.13-18 – com menos de 2 anos… fuga para o Egito…

f. Lucas 2.42,43 – com 12 anos de idade…

g. Lucas 2.51,52 – dos 12 aos 30 anos, era submisso aos pais e, sendo o primogê-

nito, auxiliava José no trabalho e criação dos demais irmãos e irmãs; foi o

Sustentador da casa, após a morte de José.

h. Lucas 3.23 – Jesus tinha quase 30 anos… iniciou o ministério (idade levita!).

i. Jesus, fisicamente, sentiu:

– fome… e comeu…

– sono… e dormiu…

– cansaço… e descansou…

– sede… e bebeu…

– tentação… e resistiu…

– dores…

– e transpirou (seu suor) com grandes gotas de sangue…

j. Jesus, emocionalmente, sentiu:

– alegria…

– amor…

– compaixão…

– tristeza…

– indignação…

– angústia…

– solidão…

– humilhação…

– tentação…

– desprezos…

– profundamente em sua alma… que chorou… 3 vezes (nos evangelhos)

– traição por trinta moedas de prata… por seu amigo…

– abandonado pelas suas ovelhas na hora mais difícil (discípulos íntimos)…

– desamparado por Deus, pois nossos pecados estavam nele…

l. Jesus precisou:

– ter uma vida de oração

– jejuar constantemente

– ser ungido pelo Espírito Santo

– resistir ao mundo e ao reino de satanás, pois seu objetivo era vencer, para que

Os que cressem nele, fossem feitos vencedores…

m. Jesus morreu

– a noite toda sendo julgado; com açoites e outras flagelações

– às nove horas da manhã, foi pregado na cruz;

– às quinze horas, deu um brado e expirou;

– comprovada a sua morte; um soldado furou-lhe um lado com a lança;

– sepultado em sepulcro com pesada pedra selada…

– Anjos removeram a pedra;

– O Espírito de Vida ressuscitou-o dentre os mortos

ESTÁ VIVO À DIREITA DO PAI CELESTIAL E INTERCEDE POR NÓS.

JESUS, O DIVINO

1. Textos Bíblicos: Isaías 9.6 – Hebreus 1.8 – João 1.1,2,14,18 – Filipenses 2.5-7

2. Introdução

Esta questão é uma problemática polêmica no campo religioso. Nem tanto advinda dos ateístas, nem dos materialistas, mas, principalmente, do próprio meio religioso, isto é, os gnósticos, os esotéricos, os espiritualistas, ciência cristã, etc. É um campo especificamente de cunho teológico, e que somente pode ser tratado por meio da hermenêutica bíblica.

Uma vez que o Cristianismo verdadeiro assume a Bíblia Sagrada como Livro Único de regra , fé e conduta, aceitamos o que ela nos revela e aponta, com isenção de proposições, suposições, hipóteses que advenham do intelectualismo, do racionalismo e outros “ismos”, que sempre confrontam-se com a “divina inspiração-revelação”.

Mesmo no tempo de vida humana do Senhor Jesus, com tantos milagres e maravilhas incontestáveis, o máximo que o povo e os “religiosos” da época criam, que ele eram apenas um Profeta, um Messias (Cristo), um Mestre bem iluminado, etc. Principalmente os judeus e os judaizantes (judeus supostamente convertidos a fé cristã) não aceitavam nem mesmo que Jesus fosse Filho de Deus, pois “um filho de judeu era um judeu”, logo, um filho de Deus, seria “Um Igual a Deus, ou seja, Um Deus”.

Desde o primeiro século, com os apóstolos ainda vivos, surgiram “falsos profetas, falsos mestres (doutores) e, conseqüentemente, “grupos sectários” supostamente cristãos, reforçados pelos gnósticos (espiritualistas da época), negando a dupla natureza de Jesus Cristo.

3. Seitas – Heréticas

a. Jesus era divino, mas não humano

b. Jesus era humano, mas não divino

c. Jesus não era divino, nem humano, era um espírito com corpo ectoplasmático

d. Jesus não morreu, outro tomou o seu lugar, antes da cruz

e. Jesus não ressuscitou

f. Jesus falhou na sua missão, por não ter constituído família e por isto morreu!

4. Heresia da Igreja Católica

Vários séculos após a morte dos apóstolos, a Igreja Católica estabeleceu o dogma (como doutrina) que “Maria é a mãe de Deus”.

Mas, Maria não gerou Deus-Jesus… Deus Pai, o gerou! Jesus já existia!

Maria “cedeu” um óvulo, o útero e o seu corpo para o processo de Deus! O corpo foi preparado, formado, por Deus, para Jesus Cristo! Ela, uma serva! Serviu!

O Espírito divino, do futuro Jesus, teve a sua geração pelo próprio Pai Celestial, numa eternidade, muito distante e antes da fundação do mundo! Ele, como Deus, isto é Divino, não foi gerado por uma mulher necessitada de um Salvador (Lucas 1.47). Ele veio do céu, saiu do Pai e encarnou no corpo preparado por Deus (Salmo 40.7 – Hebreus 10.5-7, João 1.1,14 – Filipenses 2.5-7…).

5. O Cristianismo Verdadeiro – A Igreja Cristã

O cristianismo verdadeiro, igreja cristã, tem como doutrina e crença fundamental, que Jesus Cristo possuía a dupla natureza: a divina e a humana. Nunca deixou de ser divino, nem deixou de ser humano. Cumpriu a missão como ser humano, através da oblação de seu corpo humano. Esvaziou-se (deixou) da sua glória e majestade de Ser divino, mas não perdeu a sua Personalidade como Ser divino (mistério). Apesar de conservar a consciência de Ser Divino, viveu às expensas naturais como ser humano!

(Ilustração: O príncipe e o plebeu que trocaram de lugar).

A confusão (que alguns insistem, conscientemente ou não), reside na ignorância, na má interpretação bíblica, na incredulidade malígna e na malícia tendenciosa, isto é, na má fé.

6. Termos Teológicos

6.1. Deus

a) Ser existente por si mesmo

b) Ser infinito, supremo, criador e conservador do universo

c) Elohim, plural de Elohah (hebraico) = Deus

d) El (hebraico) = Deus

e) Jehovah (hebraico) = Senhor Deus

6.2. Divindade

a) Essência, natureza divina; Deus

b) O que é próprio de Deus; natureza e atributos

a) Atos 17.29 – não comparar a divindade ao ouro;

b) Romanos 1.20 – reconhecer a sua divindade;

c) Colossenses 2.9 – divindade habitando corporalmente nele(!!)

c) Identificando a Divindade (Características Divinas)

a. Eterno

b. Auto Subsistente

c. Perfeito

d. Incriado

e. Criador

6.3. Divino

a) Pertencente ou relativo a Deus

a) 2 Pedro 1.3 – pelo seu divino poder

b) 2 Pedro 1.4 – co-participantes da natureza divina

b) Somente o Pai, o Filho e o Espírito Santo São Divinos

c) Os anjos são seres criados, não gerados. Não possuem atributos, nem natureza divina. São seres celestiais limitados em si mesmos.

7. Jesus Declarado como Deus

7.1. Deus, Pai Celestial – Todo Poderoso:

1. Salmo 2.7,12 – Tu és meu Filho…

2. Atos 13,33 – Tu és meu Filho…

3. Mateus 3.16,17 – Este é o meu Filho…

4. Mateus 17.5 – Este é o meu Filho…

5. Mateus 2.15 (Os 11.1) – Do Egito chamei o meu Filho…

6. Hebreus 1.5-8 e Hebreus 5.5 – Do Filho diz : Ó Deus, o teu trono…

7.2. O Próprio Jesus Cristo

1. Mateus 24.43 – … Eu Sou…

2. João 10.30,33 – Eu eo Pai somos Um…

3. João 8.36 – Se o Filho vos libertar…

4. João 8.11 (Mc 2.5-12) – Só Deus perdoa pecados…

7.3. O Anjo Gabriel

1. Mateus 1.23 – Ele será chamado “Emanuel”, quer dizer: Deus Conosco!

2. Lucas 1.32 – Ele será chamado Filho do Altíssimo…

7.4. O Profeta Isaías

1. Isaías 7.14 – Ele será chamado “Emanuel”.

2. Isaías 9.6 – Deus Forte.

7.5. Os Apóstolos

1. João 1.1,2,14 – …O Verbo era Deus… e encarnou-se…

2. Colossenses 1.19 e Cl 2.9 – Incorporasse nele (habitasse) Toda a Divindade…

ou seja:

A Divindade preexistente habitando um corpo humano, com o nome de Jesus Cristo”.

3. Filipenses 2.5-7 – Apesar de ser igual a Deus, não teve como usurpação,

tornar-se Servo… esvaziou-se de sua glória e majestade, conservando a sua personalidade de Deus (Ele não se tornou homem-Deus, mas sim Deus-Homem).

4. Mateus 14.33 – Verdadeiramente és Filho de Deus.

5. João 20.28 – Senhor meu, Deus meu!

7.6. O Evangelista Marcos

1. Marcos 1.1 – Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.

7.7. O Centurião

1. Mateus 27.54 – Verdadeiramente, este era Filho de Deus.

7.8. O Sumo Sacerdote

1. Se tu és o Cristo, o Filho de Deus… tu o disseste… blasfemou…

7.9. Satanás e Demônios

1. Mateus 4.3,6 – Se tu és o Filho de Deus…

2. Marcos 5.2,6,7 (Marcos 1.24 – Mateus 8.29) – Bem sei quem és… o Filho de

Deus Altíssimo … o Santo de Deus…

3. Mateus 27.39,40 – Se és Filho de Deus desce da cruz…

8. Alguns Atributos da Divindade

8.1. Eternidade

1. Hebreus 13.8 – Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e o será eternamente…

2. Isaías 9.6 – Pai da Eternidade (tem domínio sobre a eternidade)…

3. Colossenses 1.16,17 – Ele é antes de todas as coisas.

4. João 17.4,24 – Existia antes da fundação do mundo.

5. Hebreus 7.1-28 – Sem genealogia: sem pai, sem mãe, sem início de dias…

8.2. Glória – Majestade – Reino

1. Daniel 7.9,10,13,14 – A Glória e Resplendor

2. Mateus 17.2 – Glória e Resplendor

3. João 17.4,24 – Glória e Resplendor (João 1.1,2,14 – Filipenses 2.5-7)

3. Apocalipse 1.13-16 – Glória e Resplendor

4. João 18.36 – O meu reino não é deste mundo …

8.3. Sabedoria Divina

1. Provérbios 1.20-33 – Voz da Sabedoria…

2. Provérbios 2.1-22 – Excelência da Sabedoria…

3. Provérbios 3.1-35 – A Sabedoria exorta a obedecer ao Senhor…

4. 1 Coríntios 1.24 – Sabedoria de Deus

5. Colossenses 2.2,3 – Mistério de Deus, Cristo… em quem… tesouros de sabedoria…

8.4. Criador

1. João 1.1-3,14 – O Verbo Criando…

2. Hebreus 11.3 – A Palavra criadora…

3. Colossenses 1.16,17 – Tudo foi criado por Ele…

4. Colossenses 2.9 – Tudo foi criado para Ele…

5. (observar os verbos: “façamos”; “desçamos”; “confundamos”…

(Genesis 1:26 – Genesis 6.7…)

Jesus sendo Deus, faz parte perfeita e harmoniosa da unidade divina composta sendo de difícil compreensão para a mente humana, sobre a integração e interação divina. Podemos compreender na proporção que o Espírito Santo revela no nosso espírito os tesouros de sabedoria e conhecimento ocultos em Jesus Cristo!

JESUS, O INTERCESSOR

I. Textos Bíblicos

João 14.6 – João 14.26 – João 17.20,24 – Lucas 22.31,32 – 1 Timóteo 2.5

II. Conceitos

a. Interceder:- Rogar, falar, pleitear, pedir a alguém em favor de outra (s);

(intervir).

b. Intercessor:- Pessoa que se interessa e roga o bem para outra (s);(intervém).

c. Intercessão:- Ação de rogar o bem para alguém. (intervenção).

O termo “interceder” chega a fundir-se e até ser sinônimo de: advogar, defender, pleitear, pedir, rogar, suplicar…

O intercessor chegava a correr risco de vida, perante os tribunais, ao querer defender um acusado ou pleitear um favor para um necessitado.

III. Jesus, Intercessor – Mediador (É ÚNICO NO CÉU)

a. Profecia

1) Gênesis 28.12 – João 1.51 – Uma escada posta na terra tocava os céus…

2) Isaías 53.12 – … pelos pecadores intercede (intercedeu)… Lucas 22.31,32…

b. Nos Evangelhos

1) João 1.51 – Anjos subindo e descendo a respeito do Filho do Homem…

2) Lucas 22.31,32 – Pedro, roguei por ti…

3) Lucas 23.34 – Pai, perdoa-lhes, porque…

4) João 11.41,42 – … Pai, sei que me ouves…

5) João 14.16,26 – … rogarei ao Pai, e vos dará outro Consolador…

6) João 16.26 – … naquele dia (DIA), já não mais rogarei por vocês…

7) João 17.1-24 – Oração Sacerdotal Intercessória de Jesus pelos discípulos e

por aqueles (futuros) que haveriam de crer Nele…

c. Nas Epístolas

1) Romanos 8.34 – Cristo está à direita de Deus, e também intercede por nós.

2) Hebreus 7.24,25 – Cristo tem um sacerdócio perpétuo…

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles…

3) Hebreus 9.24 – … para agora comparecer por nós perante a face de Deus…

IV. Espírito Santo, Intercessor

a. Romanos 8.26,27 –

…ajuda as nossas fraquezas…

…não sabemos orar como convém…

…intercede por nós com gemidos inexprimíveis…

… Aquele que examina os corações, sabe qual é a intenção…

…é ele que segundo Deus intercede pelos santos.

JESUS, O MEDIADOR

Textos Bíblicos: João 14.6 – João 17.23 – 1 Timóteo 2.5 – Hebreus 9.24 e

12.24 – Gálatas 3.20

2. O que é Mediador?

É um Intermediário. É o que se coloca entre duas pessoas

(Deuteronomio 5.5,27)

b. É a pessoa que faz a intermediação de um assunto, entre duas pessoas, conciliando-as e para que nenhuma das duas saia prejudicada.

c. O Mediador intercede (roga) e advoga (defende) em favor de alguém.

3. Mediador entre Deus e o Homem e Vice-versa

a. No Antigo Testamento, o sumo sacerdote e o profeta eram mediadores entre o povo de Israel e Deus. O sacerdote mediava entre o homem e Deus, o profeta mediava entre Deus e o homem.

b. O homem por ser pecador, precisa de alguém junto a Deus;

c. O homem por ser pecador, tem um tentador e acusador, dia e noite;

d. Quem pagou a dívida do pecador com Deus, com preço de sangue, pode intermediar em favor dele, no céu, junto de Deus;

e. É Jesus quem justifica o cristão verdadeiro, perante Deus.

4. Jesus, Mediador (Algumas Comprovações Bíblicas)

a. Gênesis 28.12 – Uma escada que posta na terra tocava o céu;

b. João 1.51 – Doravante vereis o céu aberto e anjos subindo e descendo…

c. Marcos 15.38 – O véu do santuário (Santo dos Santos) rasgou de alto a baixo…

d. João 14.6 – Eu Sou … ninguém vem ao Pai, a não ser por mim;

e. Colossenses 1.20 – Rm 5.10 – Fomos reconciliados com Deus, por meio de Cristo…

f. João 17.23 – Eu neles, e Tu em mim…

g. Mateus 25.34 – Vinde benditos de meu Pai…

h. Apocalipse 3.5 – …confessarei seu nome diante de meu Pai e de seus anjos…

5. Doutrina Fundamental- “Um só Mediador entre Deus e o Homem”

a. João 14.6 – “ninguém vem ao Pai, se não for por mim”

b. 1 Timóteo 2.5 – “Há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo – Homem

c. Atos 4.12 (João 16.23-26,28 – Filipenses 2.9 – Colossenses 3.17) – Um só Nome dado por Deus…

6. Doutrinas Heréticas

a. Maria como intercessora no céu;

b. Maria como mediadora no céu (três heresias):

b1) ascensão ao céu

b2) no trono , á direita de Jesus Cristo

b3) intercessora, mediadora e advogada no céu

c. Anjos mediadores e intercessores no céu;

d. Santos no céu como mediadores e intercessores;

e. Santos mortos fazendo milagres na terra.

JESUS, O ADVOGADO

I Textos Bíblicos

Isaías 41.21 – Provérbios 22.23 – Salmo 112.5 – Jó 16.19 – 1 João 2.1

II. Advogar

Ter o direito e a posse da palavra para defender alguém. Defender um acusado, esforçando-se, através de argumentos e provas, para a absolvição.

III. Jesus Advoga os Cristãos Verdadeiros

a. É advogado de defesa, não de acusação;

b. Como intercessor, faz a mediação e advoga;

c. Advogado justo (João 8.4-11)

IV. Para os Cristãos Verdadeiros

Romanos 8.1 – Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em

Cristo Jesus.

b. Romanos 8.33,34 – Quem intentará acusação contra os eleitos (escolhidos) de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.

V. Satanás, o Acusador

Ele acusa, mas nós temos o direito de defesa representativa perante Deus.

a. Jó 1.9-12 e 2.4-6 – … sempre buscando ocasiões contra o justo…

b. Zacarias 3.1-5 – é opositor e acusador… busca ocasião contra nós (ministros)…

c. Isaías 41.21 – Vinde, apresentai as vossas demandas… as suas razões…

d. Apocalipse 12.10 – Acusador dos santos; de dia e de noite (causa ganha ou perdida?)

VI. O que vence e derrota o Acusador?

a. Romanos 8.1 – … estar em Jesus Cristo (ramo ligado à Videira);

b. Romanos 8.2 – … não anda segundo vontade própria, mas segundo o Espírito;

c. Apocalipse 12.11 – O Sangue do Cordeiro…E a Palavra do Testemunho (fiel)

Jeremias 30.13 – “Pecando alguém contra o homem, há quem o defenda; pecando contra Deus, quem o defenderá?”

Jesus é o único Advogado (1 João 2.1); não tem, nem precisa de auxiliares, nem de equipe ou parceria. Ele é Advogado Justo e Suficiente.

VII. Heresia

Maria, no céu, como advogada…”

Ensina-se que as pessoas devem ir primeiramente à Maria, antes de chegar a Jesus Cristo… acham e ensinam que Maria é mãe no céu (!?) e pode influenciar e até “mandar” que Jesus atenda o pecador que chega ao céu, porém despreparado para a vida celestial (?!)… Quem examina a Bíblia com seriedade, nunca será enganado.

JESUS, O CORDEIRO

I. Texto Bíblico: João 1.29,36 – Apocalipse 13.8

II. Conceito: Cordeiro é o filho da ovelha, ainda novo e tenro.

III. Introdução: A ofensa do homem a Deus, pelo pecado da desobediência (rebelião), requereu um preço altíssimo (preço máximo), um lance alto insuperável; o sangue e a vida de um justo, inocente, sem pecado. O preço da dívida e o preço do remédio para a cura da alma pecadora…

“Aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles, de modo algum, pode remir a seu irmão ou dar a Deus o resgate dele (pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes)”; (Salmo 49.6 – 8)

IV. Tipos (Figuras) de Cristo

O cordeiro devia ser sem defeito, sem mancha, imaculado.

a. Levítico 22.19,20 – 1o Pedro 1.19

b. Gênesis 3.21 – Gênesis 4.4 – Exodo 12.12 – Exodo 29.9 – Levítico 8.22…

V. Decreto Divino para Morte do Cordeiro de Deus

a. Salmo 40.6,7 – Hebreus 10.5-9…entrando no mundo, corpo me preparaste…

b. Isaías 53.7 – Atos 8.32 -… como cordeiro mudo foi levado ao matadouro…

c. João 1.29,36 – …Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo…

c. Apocalipse 13.8 – … do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

VI. Profecias Cumpridas em Jesus Cristo

a. Isaías 53 (At 8.32) – … como cordeiro mudo levado para o matadouro…

b. João 19.36 (1 Co 5.7)... Cordeiro pascal…

c. 1o Pedro 1.19… mas com o precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo.

d. 1o Pedro 2.22-24 …nossos pecados no seu corpo, na cruz…

e. 1o João 2.2 Ele é a propiciação pelos nossos pecados…e pelos de todo o mundo.

VII. O Cordeiro de Deus, no Céu (Confira na sua Bíblia)

Apocalipse 5.6,8,12 – Apocalipse 6.1,16 – Apocalipse 7.9,14,17 – Apocalipse 12.11 – Apocalipse 13.8 – Apocalipse 14.1,4 – Apocalipse 15.3 – Apocalipse 17.14 – Apocalipse 19.7,9 – Apocalipse 21.9,14,22,23,27 – Apocalipse 22.1,3 – Apocalipse 1.1,5 – Apocalipse-22.6,20.

VIII. Cristãos como Ovelhas e Cordeiros (Atos 11.26)

João 10.1-16 – Lucas 10.3 – João 20.15-17 1o Pedro 5.1-4 – Mateus 10.16 – Atos 20.28,29 …

JESUS, O GLORIFICADO

1. Texto Bíblico: Marcos 16.19 – Atos 2.33,34

2. Profecia e Cumprimento: Salmo 110.1 – Marcos 16.19 – Apocalipse 1.1,5,12-18 –

Apocalipse 22.6,20.

3. Origem e Retorno de Jesus Cristo

a. Veio do Céu

1) João 1.1,2,14 – Estava com Deus… veio… fez-se carne… (Filipenses 2.5)

2) João 1.18 – O Deus Unigênito viu o Pai e está no seio (com) do Pai.

3) João 3.31 – Testifica que veio de cima; do céu…

4) João 6.38 – porque eu desci do céu…

5) João 10.10 – Eu vim do Pai (do céu)…

6) João 13.3 e 16.28 – saiu do Pai e volta para Ele, o Pai.

7) João 3.16,17 – João 5.37,38 – João 6.39,44,46 – Deus, Pai, o enviou…

8) João 17.11,13 – Eu volto para junto de ti…

b. Retornou para o Céu

1) João 6.62 – João 14.28 – subir para onde primeiro estava…

2) João 14.2,3 – João 16.5 – vou (volto) para Aquele que me enviou…

3) Lucas 23.46 – Pai, nas tuas mãos entrego meu espírito…

4) João 20.17 – Não me detenhas, pois ainda não subi para meu Pai…

5) Lucas 24.51 – …enquanto os abençoava, apartou-se deles; e foi elevado ao

céu…

6) Atos 1.9-11 – …Levado para cima… uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos… Estando eles com o olhos fitos nos céu, enquanto ele subia… Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir…

7) Efésios 4.8-10 – …Quando ele subiu às alturas… Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus…

c. Está à Destra de Deus

1) Mateus 26.64 – Vereis em breve o Filho do Homem assentado à direita do

Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.

2) Marcos 16.19 – Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus.

3) Atos 7.55,56 – Vejo os céus abertos e o Filho do Homem em pé, à destra de Deus…

4) Romanos 8.34 – Jesus, à direita do Pai, comparece perante Deus, por nós…

5) 1 Pedro 3.22 – … que está à destra de Deus, tendo subido ao céu…

6. Hebreus 10.12… 9.24… 7.25… `a destra de Deus… comparece… intercede.

Jesus Cristo= Senhor…Salvador…Advogado…Mediador…Intercessor…

JESUS, O ENTRONIZADO

I. Textos Bíblicos: Hebreus 1.5-14 – Salmos 2, 45, 110 – Apocalipse 5.9-14…

II. Termos:

a. Glória:- Resplendor (brilho); Beleza (Formosura); Realeza (Majestade)…

b. Trono:- Assento de Honra e Autoridade para Reinar; Governar…

II. Glória Contemplada

a. Salmo 80.1 – Glória, Resplendor, Adoração e Trono…

b. Isaías 6.1 – Vi o Senhor num Alto e Sublime Trono…

c. Daniel 10.4-9 – A Glória da Presença e Formosura Celestial, é insuportável

para o ser humano…mortal… (Mateus 17.6,7 – João 18.5,6 – Atos 9.3-6)…

IV. Jesus Esvaziou-se de Sua Glória para Vir ao Mundo

a. João 17.5,24 – Relembra a glória que tinha junto ao Pai e pede o retorno dela; Será repartida com aqueles que o servirem até o fim.

b. Filipenses 2.6,7 – Despiu-se de sua glória e majestade para ser Servo Obediente… Neste Mundo…

V. A Glória de Jesus Manifesta no Ministério

a. João 1.14 – … e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.

b. Mateus 3.16,17 – no batismo: “O céu se abriu e…”.

c. Mateus 17.2,5 – na transfiguração: …seu rosto e vestes …

VI. A Glória Manifesta após a Ascensão

a. Filipenses 2.9,10 – revelada a Paulo.

b. Atos 7.55,56 – na revelação a Estevão.

c. Atos 9.3 – At 22.6 – na revelação a Saulo.

d. Apocalipse 1.12-18 – na revelação (visão) de João, o apóstolo, na Ilha de Patmos.

VII. Em Glória Entronizado

a. Lucas 19.12-15,27 – Mateus 19.28 – Predito por Ele mesmo…

b. Atos 2.32,33 e Atos 5.30,31 – Nas mensagens dos apóstolos…

c. Hebreus 1.2-8 – na mensagem do escritor aos Hebreus…

d. Apocalipse 4.11 – Apocalipse 5.2,9 – Apocalipse 22.1 – nas revelações a João, o apóstolo…

e. Apocalipse 3.21 (Apocalipse 20.4 – 1 Corintios 6.2,3 – Apocalipse 5.9-14) – Promessa aos que o amaram, seguiram, serviram e Venceram… até o fim!

VIII. O Reino de Jesus Cristo e os Seus Seguidores

1. Mateus 6.10 – Orar: “Venha o teu Reino…

2. Mateus 3.2 – Mateus 4.17 – Mateus 10.7 – “Está próximo o Reino de Deus…

3. Lucas 11.20 – “É chegado o Reino de Deus…”

4. João 18.36 – “ Meu reino não é deste mundo…”

5. Colossenses 1.13 – “ nos tirou das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu Amor…

6. Lucas 17.21 – “O reino está dentro de vós…

7. Lucas 12.32 – “Não temas, ó pequeno rebanho, pois o Pai agradou dar-vos

o reino…”

8. Mateus 25.34 – “Vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo…

9. 2 Timóteo 2.12 – “… se com Ele sofremos… com Ele reinaremos…”

10. Apocalipse 1.6 – Apocalipse 5.9,10 – “…nos fez reino (reis)…e reinarão…

11. Apocalipse 3.21 – “ Ao que vencer, darei que se assente comigo, no meu trono, assim como venci e me assentei com meu Pai, no seu Trono”.

12. Apocalipse 3.4,5 – “…receber a dignidade de andar de branco com o Senhor Jesus”.

JESUS, O JUIZ

I. Textos Bíblicos: Romanos 3.6 – Atos 10.38,40,42 – 1 Corintios 6.2,3 – 2 Timóteo 4.8.

II. Advogado: O pecador convertido e salvo, carece de Defesa (1 João 2.1);

III. Juiz: Magistrado, encarregado de administrar a justiça. Deve ser justo, imparcial e honesto.

IV. Juiz Celestial – Deus (A.T.) – Salmo 9.1-9) – Julgando na Terra…

a. Salmo 75.7 – Juízes 11.27 – Jeremias 11.20 – Deus é Juiz

b. Gênesis 18.25 – Deus é Juiz de toda a terra.

c. Ezequiel 20.37 – Mateus 25.31-46 – Deus é Juiz das Nações.

d. Salmo 68.5 – Deus é Pai de órfãos e Juiz das viúvas.

V. Jesus Cristo, Constituído, por Deus, Juiz… – Atos 10.42

a. Tiago 4.12 – Um só Legislador, um só Juiz.

b. João 5.22 – … mas ao Filho confiou todo o julgamento.

c. João 9.39 – … eu vim a este mundo para juízo…(salvar, não condenar).

d. João 12.47 – … eu vim para salvar o mundo, não para julgá-lo.

e. João 16.11 – … convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo.

f. Hebreus 12.23 – … Deus, o Juiz de todos…

g. Tiago 5.9 – O Juiz está às portas…

h. 2 Timóteo 4.8 – O Justo Juiz me dará a coroa…naquele Dia…do Senhor…

VI. Os Cristãos Salvos

a. Romanos 8.1,33,34 – O cristão fica salvo do julgamento, juízo e condenação;

b. 2 Corintios 5.10 – Romanos 14.10 – 2 Timóteo 4.8 – As obras de fé, amor e trabalho dos cristãos salvos é que serão ajuizadas no Tribunal de Cristo Jesus;

c. 1 Corintios 6.2,3 – Com Cristo julgaremos os anjos… e o mundo!

VII. O Julgamento, Juízo e Condenação dos Pecadores/Ímpios

a. Salmo 1.5 – … Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo…

b. Salmo 9.17 – Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações (gentes) que se esquecem de Deus (não servem a Deus)…

c. Mateus 12.36 – Lucas 16.1,2 – Romanos 14.12 – Dar conta no dia do juízo… Prestar contas da administração… Cada um dará conta de si mesmo a Deus…

d. João 3.16-21 – Marcos 16.15,16 – O crer (aceitar e obedecer) recebe a graça da reconciliação e do perdão da dívida (não é julgado nem condenado), mas quem não crer (aceitar e obedecer), já está no inquérito dos condenados…

JESUS, O SERVO

1. Textos Base: Provérbios 15.33 – Provérbios 18.12

“Diante da honra vai a humildade”.

2. Textos Selecionados para Introdução

Filipenses 2.7 – Mateus 20.28 – Lucas 24.27 – Salmo 101.2 – Salmo 119.125

3. Conceitos sobre o Termo Servo

a. O que serve; ministra; assiste;

b. O que atende `mesa; garçom; servente;

c. Do grego: “diakonai”= servir mesas

d. “Pessoa serva que não tinha a livre disposição da sua personalidade”.

4. Profecias: Jesus viria como Servo

a. Salmo 40.7,8 – “deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu…”;

b. Isaías 42.1 – “… Meu Servo, a quem escolhi…”;

c. Isaías 43.10 – “… e o meu servo, a quem escolhi…”;

d. Isaías 49.3,6 – “… Tu és meu servo… Pouco é que sejas o meu servo…”;

e. Isaías 53.2,3,7 – “…raiz de uma terra seca… desprezado… o mais indigno entre os homens… oprimido, não abriu a sua boca…”.

5. Cumprimento das Profecias

a. Atos 13.22,23 – Descendente de Davi…

b. Mateus 12.17-21 – Citou Isaías 42.1…

c. Filipenses 2.7 – Sendo Divino (Deus) aceitou e assumiu a forma, não só a humana, mas tomou a forma de SERVO; Obediente até a morte e morte de cruz.

d. João 4.34 – “Minha comida é fazer a vontade de Deus (prioridades);

Prioridade 1: Obedecer a Deus, servindo-o…adorar e prestar culto;

Prioridade 2: Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça.

e. Jesus priorizou: Salmo 40.7,8 (Hebreus 10.5-8) – João 17.4 – João 19.30…

Ele começou e consumou a Obra de Deus…Não desistiu; sustentou o cargo…

f. Mateus 2638,42,44 – Lucas 22.42 – “Não se faça a minha, mas a tua vontade…”.

6. Ensinou a Fórmula para ser Servo

a. Mateus 6.10 – “Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu”.

b. Mateus 11.28-30 – “Aprender… Manso e Humilde de coração… Fardo…Jugo…

c. João 13.13-15 – “… eu vos dei o exemplo…”.

7. Como Servos

a. De Deus – Mateus 4.10 – Tiago 1.1 – 1 Pedro 2.16

b. De Jesus – Atos 13.2 – Romanos 1.1

c. Da Igreja – Romanos 16.1 – Hebreus 6.10 (no coletivo)

8. Como Conservos

São os servos do Senhor Jesus, servindo aos servos do Senhor Jesus (ministrando mutuamente = feedback):

a. Servos que servem aos servos – 1 Coríntios 12.25 – (Gênesis 4.9)

b. O anjos – Hebreus 1.14 – Apocalipse 19.10 – Apocalipse 22.8,9

c. Os Irmãos (no individual) – Gálatas 5.13 – Hebreus 6.10

JESUS, O PRÍNCIPE

I. Textos Base: Josué 5.14 – Isaías 9.6 – At 5.31

II. Conceitos

a. Príncipe: Título de soberania; principal; cabeça; líder...

b. O Príncipe: Filho do Rei; O que governa um Principado (reino-colônia)

c. Um Principado: Território ou Estado (Protetorado) submisso a um país, cujo

soberano é um príncipe.

III. Profecia: Jesus como Príncipe da Paz

a. Josué 5.14 – Príncipe do Exército do Senhor (era um personagem diferente);

b. Salmo 2 – O Filho (Príncipe) podia pedir os reinos das nações;

c. Isaías 9.6,7 – O nascimento e o reino do Príncipe da Paz;

d. Isaías 11.1-10 – O reinado pacífico do rebento (renôvo; nazareno) de Jessé;

e. Isaías 26.12 – O Senhor da Paz;

f. Daniel 8.25 – O Príncipe dos príncipes;

g. Daniel 9.25,26 – O Ungido; Príncipe… a morte do Ungido.

IV. Cumprimento da Profecia: Jesus, o Príncipe

a. João 14.27 – Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou…

b. João 20.19 – Paz seja convosco…

c. João 18.36 – O meu reino não é deste mundo…

d. Atos 5.30,31 – O Ungido… Deus o exaltou a Príncipe e Salvador…

e. Efésios 1.21 – Deus o colocou acima de todo principado e potestade;

f. Colossenses 2.10 – Ele é o cabeça de todo principado;

g. Colossenses 2.15 – Despojou os principados e potestades;

h. 1 Coríntios 15.24 – … destruir todo principado (Daniel 2.34,35,44,45)

V. Príncipe X príncipe (Gênesis 3.15 – Romanos 16.20)

a. Isaías 9.6 – Jesus é o Príncipe da Paz (do Bem).

b. Satanás é um príncipe do Mal e para o Mal (trevas e pecado)

1) Mateus 9.34 – príncipe dos demônios…

2) João 12.31 – Mateus 4.8,9 – o príncipe deste mundo… será expulso…

3) João 14.30 – 1 João 5.19 – Aí vem o príncipe deste mundo e nada tem em mim…

4) João 16.11 – o príncipe deste mundo está julgado…

5) Efésios 2.2 – Efésios 6.12 – o príncipe da potestade do ar… principados… ‘ potestades… príncipes das trevas deste século… contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais.

6) 2 Tessalonissenses 2.8 – Apocalipse 20.1-3 – Apocalipse 20.7-10 – O Príncipe Jesus Cristo vencerá definitivamente, o príncipe das trevas e do pecado, Satanás, o Anticristo e o Falso Profeta… serão os três primeiros residentes do lago de Fogo e Enxofre…

Satanás perderá para sempre o usurpado título de príncipe deste mundo, enquanto que, Jesus Cristo, de Príncipe, receberá oficial e eternamente, o título de REI dos reis e SENHOR dos senhores (Apocalipse 19.16)…

JESUS, O REI

1. Textos Bíblicos: Salmo 2.6-8 – João 18.36 – 1 Coríntios 15.24 – Apocalipse 19.16

2. Conceitos:

a. Rei – Soberano (monarca) de um reino (país, nação);

b. Reino – Estado sócio-político e geográfico, governado por um soberano;

c. Reino Mundano – Reinos humanos; reinos dos homens;

d. Reino das Trevas – Reino de Satanás entre os homens (seres humanos);

e. Reino Celestial – Reino de Deus, que será entregue ao Filho Jesus (Herdeiro).

3. Profecias: Jesus, O Rei

a. Gênesis 49.10 e Números 24.17 – O cetro (bastão real) não se arredará de Judá…

b. Salmo 132.17 – … da linhagem de Davi, um rei eterno…

c. Salmos: 2, 14, 22, 24, 45, 110, 132… Salmos Messiânicos/Reino Messiânicos…

d. Isaías 9.7 – Isaías 32.1 – Malaquias 5.2 – … Um menino… Um filho… Um Rei (para sempre).

e. Ezequiel 1.10 – Ezequiel 10.14 (Gênesis 49.9) – Leão… Rei … da tribo de Judá…

f. Daniel 7.9-14 – Reino eterno… Reino de Jesus…

g. Zacarias 9.9 (Marcos 11.9) – Como rei entrará montado num jumento…

4. Cumprimento das Profecias:

a. Mateus 2.2,6 – O Procurado Rei dos Judeus…

b. Mateus 13.38,41,43 – Gerou filhos para o reino de seu Pai… que lhe será dado…

c. Marcos 11.9 (Zc 9.9) – Jesus entrando como rei e sendo saudado como tal…

5. Pessoas chamaram-no de Rei:

a. Mateus 2.2,6 – Os ilustres visitantes estrangeiros (magos);

b. João 1.49 – Natanael, o erudito israelita sem dolo…

c. João 6.15 – Muitas pessoas quiseram fazê-lo (aclamaram-no) rei…

d. Mateus 20.21 – A mamãe de Tiago e João, confessou o reino de Jesus…

e. Lucas 19.38 – O povo maravilhado aclamou-o Rei, Filho de Davi…

f. Mateus 27.11,29,37 – Pilatos o declarou Rei (embora por ironia).

6. Jesus Revela-se como Rei (Mateus 28.18)

a. João 18.36 – … o meu Reino não é deste mundo…

b. Lucas 19.12,15 – … homem que partiu para tomar para si um reino…

c. Mateus 26.29 – Reino do meu Pai…

d. Mateus 16.28 – Ver o Filho do Homem no seu Reino…

e. Mateus 25.31.34,40,41 – Dirá o Rei…

f. Lucas 22.29,30 – …Eu vos destino o Reino, como meu Pai mo destinou…

g. Apocalipse 17.14 – … terá um reino…

7. Os Cristãos Reinarão com Cristo Jesus:

a. Apocalipse 1.6 – Feitos reis e sacerdotes (um reino de reis e sacerdotes);

b. Lucas 22.29,30 – Hebreus 12.28 – Apocalipse 11.15 – Apocalipse 20.4 – Compartilhar do reino/Jesus;

c. 2 Timóteo 2.12 – .. Reinarão com Cristo;

d. 1 Coríntios 15.24 – Apocalipse 13.8 – Mateus 25.34… Reino preparado para Jesus Cristo, O Herdeiro, e para os benditos do Pai Celestial, os Co-Herdeiros em Cristo…

b. Hebreus 12.28 – Apocalipse 11.15 – Apocalipse 20.4

JESUS, QUEM?

1. Textos Bíblicos: Josué 5.13,14 – Marcos 4.41 – Oséias 6.3 – João 6.68,69 – João 8.58…

2. No Antigo Testamento:

a. Josué – Josué 5.13,14 – … és tu dos nossos ou dos nossos adversários…?

b. Gideão – Juízes 6.13 – … nossos pais tem falado… o que é feito desse Deus?

c. Jó – Jó 40.5 -… antes eu o conhecia de ouvir falar, mas agora…

d. Oséias – Oséias 6.3 – …conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor…

3. No Novo Testamento:

a. Anjos e pastores no campo – Lucas 2.9-13,15… Vamos lá ver o que é isto…

b. Sábios (magos) estrangeiros – Mateus 2.1,2,4,7 – Onde está o nascido rei dos Judeus? Viemos para adorá-lo..

c. O Rei Herodes – Mateus 2.4,7,8 – … encontre-o para que eu vá adorá-lo…

d. O Rei Herodes (filho) – Lucas 9.7-9 – … queria conhecê-lo…

e. João o Apóstolo – João 1.10,11 – veio para o que era seu (mundo humano) e os seus (criaturas humanas; judeus) não o receberam (não o reconheceram)…

f. João, o Batista – João 1.31-34 – Eu não o conhecia, mas…

g. João, o Batista – Lucas 7.18-23 – És tu que havias de vir ou esperamos outro?

h. O povo dizia: Mateus 12.22-24 – Será este o filho de Davi?

i. O povo dizia: Mateus 16.13-17 – … João, Elias, Jeremias ou outro profeta… Tu és O Cristo…(Lucas 9.18-20).

j. O povo dizia: João 6.13-15 – Este é o profeta que devia vir ao mundo… Rei…

l. O povo dizia: João 7.11-13 – …uns diziam: ele é bom; outros diziam: Não, antes

engana o povo…

m. Jesus e o povo materialista: João 6.23-26, 30,42,43 – Este povo me segue por causa dos milagres e do pão…murmuração…

n. Jesus e o cego de nascença curado: João 9.10-12 (não sei quem é ele); João 9.35-3 (quem é ele, Senhor, para crê-lo… creio Senhor)…

o. Felipe, Natanael e Jesus: João 1.45-50 – Achamos o Messias (Cristo)… Pode vir Alguma coisa boa de Nazaré?… Senhor, Deus…

p. Jesus confundido, pelos discípulos: Marcos 6.49 (fantasma); Lucas 24.36-42 (espírito); Lucas 24.13-35 (simples e ignorante peregrino); João 20.12,14-16) (jardineiro)…

q. Gregos queriam ver Jesus (?): João 12.20-22… Motivo?

r. Zaqueu procurava ver quem era Jesus: Lucas 19.2,3

s. O eunuco, superintendente dos tesouros da rainha de Candace – Etiópia, lia o livro do profeta Isaías: Atos 8.28-35 – “Entendes tu o que lês? Como poderei entender se alguém não me explicar? O profeta fala dele mesmo ou de algum outro? … a começar daí, anunciou-lhe Jesus Cristo…

t. Saulo de Tarso: Atos 9.4,5 – “Quem és Senhor” ? “Eu sou Jesus…”)

u. Jesus aos Centes: João 14.7-9 – Estou há tanto tempo convosco e ainda não me conheceis?… se vós me cobnhecesses…

Profeta Oséias 6.3 : Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor.

JESUS, O AMÉM

1. Textos Bíblicos Bases: Apocalipse 3.14 – 2 Coríntios 1.21

2. Conceitos

a. Interjeição, usada para confirmar a mensagem, a oração, ação de graças, ou a impetração (ministração) de uma benção. Isto é: “Assim Seja”.

b. O “Amém”, é uma forma de expressar aprovação; concordância; consentimento. Tem o valor de “sim”.

c. Variantes: em verdade – é assim – seja assim –

d. Enfim, é uma expressão, religiosa, de confirmação.

3. Jesus, o Amém – Apocalipse 3.14 – 2 Coríntios 1.21

Jesus, à direita do Pai Celestial, é lhe assegurado os seguintes títulos, honras e direitos plenos: Salvador, Sacerdote, Mediador, Intercessor, Advogado e… Confirmador!

a. Jesus disse “Amém” ao Decreto Divino, prescrevendo a morte do Cordeiro de Deus, desde a fundação do mundo. Apocalipse 13.8 – João 1.29,36…

Eis o Cordeiro de Deus… que foi morto desde a fundação do mundo.

b. Jesus disse “Amem” para vir ao mundo: “Eis aqui venho, no rolo do livro está escrito de mim… Salmo 40.7 – Hebreus 10.7…

Eis aqui venho, no rolo do Livro está escrito a meu respeito.

c. Jesus disse “Amém”, momento do cálice do sofrimento , provação e morte na cruz. Mateus 6.10 – João 4.34 – João 17.4 – Mateus 26.39,42…

Orareis assim: Pai nosso…, seja feita a tua vontade… minha comida: fazer a vontade Daquele que me enviou… terminei a obra…Pai, se for possível, passe de mim este cálice, senão, faça-se a tua vontade

d. Jesus empregava o termo “em verdade, em verdade…”(João 1.51…) literalmente era “amém, amém” (Salmo 41.13), para chamar a atenção para assuntos especiais e solenes.

4. O Amém do Ser Humano

a. Igreja = cada cristão é um Amém.

b. Toda Congregação dizia amém: Deuteronômio 27.16-26 – 1 Crônicas 16.36 – Neemias 5.13 – Neemias 8.6 – Salmo 106.48 – Apocalipse 5.14…

c. Repetia-se para dar ênfase às declarações: Números 5.22 – Romanos 1.25 – Romanos 9.5 – Romanos 11.36 – Gálatas 6.18 – Apocalipse 1.6,7… Apocalipse 22.20…

d. Ao findar a oração : Mateus 6.13

e. Dizer “amém” nas ações de graça: 1 Coríntios 14.16

f. O indouto dizendo “amém”. 1 Coríntios 14.16

5. Os Améns no Céu: Apocalipse 3.14 – Apocalipse 5.14 – Apocalipse 7.12 – Apocalipse 19.4 – Apocalipse 22.20.

JESUS, O ALFA E O ÔMEGA

1. Textos Bíblicos: Hebreus 13.8 – Apocalipse 1.8…

a. Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente.

b. O que é, o que era e o que há de vir, o Todo Poderoso (Mateus 28. 18).

2. Conceitos

a. Alfa: É a primeira (1ª ) letra do alfabeto grego (começo; princípio);

b. Ômega: É a última letra do alfabeto grego (fim; término; conclusão);

Deus, o Pai Celestial, encerrou (abriu e fechou) todas as coisas em Jesus Cristo; Nele está toda a plenitude divina.

Tudo (antes e depois) deve estar incluso em Jesus Cristo (O, Eu Sou…). O homem todo (espírito, alma e corpo), esteja “batizado” (imerso; mergulhado), em Jesus Cristo e revestido de Cristo. (João 1.1-3, 10 – Colossenses 1.13-20).

3. Significados Bíblicos

a. Alfa e Ômega (Toda a criação e o seu destino eterno está inclusa em Jesus Cristo; que é o Herdeiro de tudo e para quem foram criadas todas as coisas).

Deus tornou todas as coisas Cristocêntricas! Os adversários não aceitam e não admitem isto e, por isto, combatem o Plano de Deus, tentando frustá-lo.

– Isaías 41.4 – Isaías 44.6 – Hebreus 2.10

– Apocalipse 1.8 – Apocalipse 21.6 – Apocalipse 22.13

1) O Princípio e o Fim (Começa e termina Nele)

2) O Primeiro e o Derradeiro (Último) – [Ninguém antes ou depois Dele]

3) O Eterno – Isaías 9.6

b. Primogênito e Primícias

1) Primogênito da Criação – Colossenses 1.15 – Apocalipse 3.14

2) Primogênito dos Mortos – Apocalipse 1.5

3) Primícias da Ressurreição – Romanos 11.16 – 1 Coríntios 15.20

c. Chave de Davi – Isaías 22.22 – Apocalipse 3.7 (abre e fecha; fecha e abre)

1) Árvore da Vida: Gênesis 3.22-24 (fechou) – Apocalipse 2.7 – Apocalipse 22.2 (abriu)

2) Arca de Noé: Gênesis 7.16 (fechou) – Gênesis 8.15,16 (abriu)

3) Encontro com o Noivo: Mateus 25. 10 (abriu) – Mateus 25.11 (fechou)

4) Ciclo da Vida: João 1.9 (abre) – Lucas 12.20 (fecha) – 1 Samuel 2.5-8

5) Mar Vermelho; O chão para Coré; a unção e a realeza de Saul…

d. Chaves do Reino (Ministério do Evangelho de Jesus Cristo)

1) Se ligares na terra, será ligado no céu (abre) e;

2) Se desligares na terra será desligado no céu (fechado). Mateus 16.19 – Mateus 18.18

3) A quem perdoardes, será perdoado (abre) e,

4) A quem retiverdes os pecados, serão retidos (fecha). João 20.23 – Atos 5.3-5,9,10 – Atos 8.9,13,18-24 – Atos 13.7-12 …

5) Esaú foi profano, teve a porta do arrependimento fechada, embora tenha buscado com lágrimas!! – Hebreus 12.16,17!

JESUS, O “EU SOU”

1. Textos Bíblicos: Êxodo 3.14 – Êxodo 6.1-3 – João 8.58

2. Conceito: “Eu Sou”= Tenho e Posso todas as coisas (herança e poder).

Hebreus 1.2 – Mateus 28.18 – Colossenses 1.19 – Colossenses 2.9 – Efésios 1.3 …

Jesus Cristo é a imagem e resplendor de Deus (Atributos de Deus).

Em Cristo Jesus, Deus fez habitar, corporalmente, toda a plenitude da

Divindade. Jesus é Todo-Incluso. Perfeitamente Completo!

3. Atributos de Personalidade e Caráter de Jesus Cristo: (Isaías 9.6)…

a. Perfeição e Poder – Gênesis 17.1 – Êxodo 6.3 – Tiago 1.17

b. Ilimitado (capacidade infinita) – Lucas 1.37 – Mateus 19.26 – Marcos 10.27…

c. Nada difícil ou maravilhosa – Gênesis 18.14Jeremias 32.17…

d. Insondável e imensurável sua sabedoria e ciência – Romanos 11.33-36

4. Jesus Cristo diz: “Eu Sou”… (Isaías 7.14 – Mateus 1. 23 – Mateus 28.20):

a. De cima – João 8.23

b. Filho de Deus – João 4.25,26 – João 9.35-37 – João 10.30,36…

c. Cristo (Messias = Ungido) – Mateus 24.5

d. Sou Eu (A quem buscais?) – João 6.20 – Mateus 14.27 – João 18.4-8

e. Jesus (Quem és, Senhor?) – Atos 9.5…

f. O Pão do Céu – João 6.35,48 (João 6.31-58)- Verdadeiro Pão do Céu!

g. O Bom Pastor – João 10.11,14 – Salmo 23… João 21.15-17…

h. A Porta – João 10.7,9

i. O Caminho… A Verdade… A Vida – Jo 14.6… João 1.4,5 – Hebreus 10.20 – João 8.32,36 – João 5.39,40…

j. A Videira Verdadeira – João 15.1,5 …

l. A Luz do Mundo (Luz Verdadeira) – João 9.5 – João 1.4-9 – João 12.34-36,46 ( Hebreus 1.3… – Mateus 17.2,5… – Atos 9.3… – Apocalipse 1.12-17…)

m. A Ressurreição e a Vida – João 11.25 – João 6.39,40,44,54…

n. O que testifico de mim (João 5.39) e o Pai de mim… João 8.18

o. Amado por Meu Pai – Mateus 3.17 – Mateus 17.5 0 João 17.23,24…

p. Mestre e Senhor – João 12.13-15…

q. Serviçal (Diácono) – “…no meio de vós, sou como o que serve…

Lucas 22.27 !

5. Somos Herdeiros de Deus e Co-herdeiros em Cristo!

6. Temos uma grande e eterna herança a nossa espera!

7. Em Jesus Cristo, eu sou…

JESUS CRISTO DE ETERNIDADE A ETERNIDADE

A Pré Existência de Jesus Cristo:

1 – Pré existente; existente antes da fundação do (s) mundo (s): João cap. 01

a – No princípio era o Verbo; o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus (vs.1)

b – Ele estava no princípio com Deus. (vs.2)

c – E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós… (vs.14)

d – Profeta Isaías: “Pai da Eternidade… Deus Forte” (Isaías 9.6), gerador e superior ao tempo: antes, durante e depois… sem fim!

e – Apóstolo Paulo: Ele (Jesus) é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. (Colossenses 1.17)

f – Jesus: Eu e o Pai somos um. (João 10.30; João 17.21,23).

g – Jesus: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (João 17.5).

h – Jesus: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado antes da fundação do mundo”(João 17.24).

i – Deus-Pai: “Mas, do Filho, diz: Oh Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. (Hebreus 1.8)

j – “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente”(Hebreus 13.8)

l – Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. (Hebreus 7.3).

2 – Pré existente; Na Fundação (Criação) dos Mundos (Céus e Terra)

a – Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados…Hebreus 11.3;

b – No princípio era o Verbo; o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. João 1.1;

c – Ele estava no princípio com Deus – João 1.2;

d – Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. -João 1.3;

e – O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação – Colossenses 1.15;

f – Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele. (Colossenses 1.16);

g – E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. – Colossenses 1.17;

h – Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. (Apocalipse 1.8 – Apocalipse 2.8 – Apocalipse 21.6 – Apocalipse 22.13);

i – No princípio criou Deus os céus e a terra (Gênesis 1.1)

A Terra era sem forma e vazia: “Haja” (Fiat = faça-se…)

“Façamos o homem…”

j – … Eis que faço novas todas as coisas… (Apocalipse 21.5)

– Novo nascimento… nova criatura quem está em Cristo Jesus.(2 Coríntios 5.17)

– Novos céus e nova terra. (Mateus 24.35 – 2 Pedro 3.10-13 – Apocalipse 21.1,5…)

fim

Historia da Igreja I

Historia da Igreja I

Doas apóstolos até os pré-reformadores

Introdução

A origem da Igreja está na pessoa histórica de Jesus Cristo, o Messias prometido a Israel para as nações.

Podemos considerar três períodos na formação do Cristianismo:

1º. Cristianismo primitivo: caracterizado pela ruptura com o judaismo, pelo estabelecimento de comunidades entre os não-judeus e cujo principal expoente foi o apostolo Paulo.

2º. Patrística: ocorrida no período entre os séculos 2 e 8, com a transformação do cristianismo em uma Igreja oficial do Império Romano e a formação de um clero institucionalizado, e cujo doutrinário expoente foi Santo Agostinho.

3º. Igreja Medieval: com a consolidação da teologia escolástica a partir do século 8 e cujo expoente foi São Tomás de Aquino, que afirmou que fé e razão podem ser conciliadas, sendo a razão um meio de entender a fé.

A partir do protestantismo as diversas denominações evangélicas se formaram.

Cristianismo Primitivo

O cristianismo começou como uma seita judaica e se tornou uma fé universal. A igreja, como comunidade dos crentes que confessam Jesus como Messias, é o povo de Deus eleito, a legitima continuação de Israel do Antigo Testamento. O cristianismo também é uma ruptura com o judaísmo nas seguintes características próprias:

1ª. Catolicidade (universalidade) da fé cristã que propõe que a mensagem de Deus destina-se a toda a humanidade e não apenas ao seu povo preferido;

2º. Rompimento com o culto no templo devido ao reconhecimento de que Jesus Cristo ofereceu-se a si mesmo como único sacrifício e como único sacerdote perfeito. Como conseqüência a abolição da lei cerimonial levitica;

3º. Reconhecimento da ordem política gentílica romana como de origem divina (Romanos 13:1-5) e, conseqüente abandono das leis civis prescritas para Israel como entidade política.

A partir de Jerusalém, os apóstolos partiram evangelizado aos que eram rejeitados pelo judaísmo oficial. Filipe prega em Samaria, o eunuco da rainha da Etiópia é batizado, bem como o centurião romano, Cornélio. Em Antioquia, os discípulos abordam pela primeira vez os gentios e passam a ser chamados de cristãos (Atos 11:19-26).

Centros de irradiação do Evangelho foram estabelecidos pelos apóstolos em cidades-chaves, as Sés, ou sedes: São Marcos, por exemplo, inicia a Igreja de Alexandria, no Egito, de onde descende hoje a Igreja Copta, e as Igrejas da Etiópia e da Eritréia, no Leste da África. São Tomé evangeliza em Antioquia, e, segundo a tradição, chega à Índia. Dele descende hoje as Igrejas Ortodoxas Antioquinas, Sirianas e Mar Thoma.

Patristica

Período de consolidação estrutural, litúrgica e doutrinaria do cristianismo. Foi um período de crescimento numérico da Igreja, de Catequese, de atividade teológica e, apesar das perseguições, foi também um período de expansão através do Império.

Para defender-se das heresias a estabeleceu o Cânon (lista oficial) do Novo Testamento, as doutrinas nucleares nos Credos batismais e, por fim, no credo Niceno com os concílios ecumênicos. Foi estabelecida a tríplice ordem ministerial, com os Bispos sucedendo os apóstolos, ao lado dos Presbíteros e dos Diáconos.

Os pais da Igreja

Os Pais da Igreja foram teólogos e mestres doutrinários dos primeiros séculos do cristianismo, eles foram responsáveis em grande parte pela definição das doutrinas cristãs como as conhecemos hoje. A lista dos que merecem o título de Pai da igreja é vasta. Veja alguns principais:

Pais Ante-Nicenos

Os Padres Apostólicos (continuadores diretos dos Apóstolos, c. 80-150):

  • Hermas – Escritor cristão, autor de “O Pastor”, um livro escrito entre 88 e 97 d.C. em Patmos, perto de Éfeso.
  • Clemente bispo de Roma entre 88 e 97 e autor da Epístola de Clemente, endereçada à Igreja de Corinto.
  • Inácio (67-110 d.C.) foi Bispo de Antioquia, discípulo do apóstolo João, também conheceu Paulo. Escreveu sete cartas: a Policarpo, aos Efésios, aos Esmirniotas, aos Filadélfos, aos Magnésios, aos Romanos e aos Tralianos. Preso por ordem do imperador Trajano e condenado a ser lançado às feras em Roma. Daí de sua bela e famosa expressão ter sido: “trigo de Cristo, moído nos dentes das feras”. E na iminência do martírio prometeu aos cristãos que mesmo depois da morte continuaria a orar por eles junto de Deus (Inácio – Tralianos 13:3).
  • Policarpo (70-160) foi bispo de Esmirna e discípulo de João o Evangelista. Proferiu estas palavras: “Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido Dele. Como poderei rejeitar Aquele a quem prestei culto e reconheço o meu Salvador”.

Segunda metade do século 2 e 3 (pais apologetas):

  • Justino o mártir (100-165 d.C.). foi o primeiro filosofo cristão; escreveu 2 apologias em defesa dos cristãos e sua terceira obra foi Diálogo com Trifão.
  • Ireneu de Lyon (ca. 130-202), discípulo de Policarpo. A sua principal obra, que chegou até aos dias de hoje, foi Adversus Haereses (contra as heresias), escrita para combater o Gnosticismo.
  • Orígenes de Alexandria (185-253 d.C.). O maior erudito da Igreja antiga. Assumiu, em 203, a direção da escola catequética em Alexandria e atraiu muitos jovens estudantes pelo seu carisma, conhecimento e virtudes pessoais. Em 231, Orígenes foi forçado a abandonar Alexandria devido à animosidade que o bispo Demétrio lhe devotava pelo fato de se ter feito eunuco no sentido literal e físico desta palavra. Também, por ter levado ao extremo a apropriação da filosofia platónica, tendo sido considerado herético. Orígenes, então, abrinu a chamada Escola de Cesaréia. Na sequência da onda de perseguição aos cristãos, ordenada por Décio, Orígenes foi preso e torturado, o que lhe causou a morte, por volta de 253. Orígenes escreveu – diz-nos Jerónimo – nada menos que 600 obras, entre as quais as mais conhecidas são: De Princippis; Contra Celso e a Hexapla. Escreveu comentários bíblicos e centenas Homílias.
  • Tertuliano de Cartago (155-222). Formou-se como jurista e exerceu advocacia em Roma. Converteu-se ao Cristianismo por 193, e estabeleceu-se em Cartago, pondo a sua erudição ao serviço da fé. Em 207 aderiu ao montanismo.

Pais Nicenos (Século 4):

  • Eusébio (265-339) foi bispo de Cesareia e é referido como o pai da história da Igreja porque nos seus escritos estão os primeiros relatos quanto à história do Cristianismo primitivo (História Eclesiástica).
  • Atanásio (295-373). Foi uma das pessoas mais influentes na história da Igreja. Se opôs ao arianismo defendendo a consubstanciação das três pessoas divinas, tal como definido pelo Concílio de Niceia, em 325, no Credo Niceno.

Padres Pós Nicenos

  • João Crisóstomo (349-407) foi Patriarca de Constantinopla no fim do século 4 e início do 5. Sua deposição em 404 produziu uma crise entre a Sé Romana e a Sé Patriarcal. Pela sua inflamada retórica, ficou conhecido como Crisóstomo (que em grego significa «boca de ouro»). Escreveu uma liturgia, a Liturgia de S. João Crisóstomo, que é usada na maior das igrejas orientais.
  • Agostinho de Hipona (354-430). Seguiu o Maniqueísmo nos seus dias de estudante e se converteu ao cristianismo pela pregação de Ambrósio de Milão. Agostinho foi um autor prolífico, suas principais obras foram as Confissões (autobiografia) e a Cidade de Deus. No fim da sua vida revisitou os seus trabalhos anteriores e escreveu as Retrações mostrando o desenvolvimento de seu pensamento.
  • Os Pais Capadócios, por serem da Capadócia: os dois irmãos, Basílio de Cesaréia (329 – 379) e Gregório de Nissa (329 ou 330-390), e Gregório de Nazianzo (330- 395). Trabalharam juntos pela fé Nicena, criando as formulas que tornaram compreensível e aceitável a doutrina da Trindade.

Perseguição sob o Império Romano

Depois da chegada da fé cristã à Roma, começam as perseguições por parte do Império.

Houve dez grandes perseguições encabeçadas pelos imperadores romanos: Nero, Domiciniano, Trajano, Adriano, Marco Aurélio, Sétimo Severo, Maximino, Décio, Valeriano e Diocleciano.

Nero queria fazer dos cristãos os bodes expiatórios do incêndio na capital em 64 d.C. As formas de execução utilizadas pelos romanos incluíam crucificação e lançamento de cristãos para serem devorados por leões e outras feras selvagens. Uma fonte cristã mais recente (Sulpício Severo) relata: “Naquele tempo, Paulo e Pedro foram condenados a morte, sendo o primeiro decapitado com a espada enquanto Pedro sofreu a crucificação”.

Eusébio indica que, por volta do ano de 95, Domiciano baniu muitos cristãos de Roma, inclusive sua sobrinha Flávia Domitila. Outra evidência indireta de perseguição sob o governo desse imperador foi a expulsão de João de Patmos (Ap 1:9) e alguns comentários em 1Clemente.

A carta de Plínio, governador Bitínia (uma província romana na parte setentrional da Ásia Menor), para Trajano (cerca de 112 d.C.) contém uma referência explícita à perseguição. Ele pediu conselho ao imperador sobre se deveria tomar medidas contra aqueles que eram acusados de serem cristãos. Ele relatou que havia usado de tortura para interrogar “duas escravas, que eles chamam de diaconisas”, para saber mais sobre as práticas cristãs. Inácio, bispo de Antioquia, foi para Roma durante o reinado de Trajano e lá sofreu o martírio. Policarpo também foi martirizado em Esmirna depois de recusar-se a negar a Cristo com estas memoráveis palavras: “Oitenta e seis anos eu O servi e Ele não me fez mal algum. Como posso, então, blasfemar contra meu Rei que me salvou?”.

Justino Mártir foi morto durante o governo do imperador Marco Aurélio que desdenhosamente chamava os mártires de tolos obstinados.

Os cristãos que se recusavam a tomar parte nas cerimônias e atividades pagãs eram suspeitos de serem desleais e anti-sociais. Por tratarem uns aos outros como “irmãos” e “irmãs” e encontrarem-se em segredo, eram acusados de imoralidade. Referências feitas na Ceia do Senhor sobre comer o corpo e beber do sangue de Cristo davam origem à suspeitas de canibalismo.

A primeira perseguição que envolveu todo o território imperial aconteceu sob o governo de Maximino, apesar do fato de que apenas o clero tenha sido visado. A primeira tentativa sistemática de eliminar o Cristianismo por todo o império ocorreu em 250 sob o governo de Décio. Ele exigiu que todos fizessem oferendas em honra a ele próprio e proferissem juramentos pela fortuna dele como demonstração de sua lealdade. As pessoas tinham que obter um libelo, um documento que atestava que haviam feito um sacrifício. Durante essa época, literalmente centenas de pessoas foram martirizadas por causa de sua fé.

Cipriano, bispo de Cartago, descreve em seus escritos os problemas gerados pelas perseguições. Para seu desespero, amedrontada, a maioria dos cristãos abandonava a fé e oferecia sacrifícios para se proteger. O próprio Cipriano se escondeu e justificou esse ato referindo-se ao conselho de Jesus para fugir (Mt 10:23). Alguns compravam libelos sem ter na verdade feito os sacrifícios. Depois do falecimento de Décio, os líderes da Igreja assumiram posições diferentes em relação àqueles que fraquejavam. Novaciano de Roma, adotou a postura mais rigorosa e excluiu todos aqueles que haviam negado a fé. Porém, Cipriano e Cornélio, os bispos de Roma concordaram em aceitar de volta à comunhão aqueles que haviam comprado libelos depois da devida demonstração de arrependimento, enquanto aqueles que haviam de fato realizado sacrifícios só seriam readmitidos em seu leito de morte.

O clímax da perseguição se deu sob o governo de Diocleciano e seu assistente Galério, no final do século terceiro e início do quarto. Esta é considerada a maior de todas as perseguições. Iniciando com uma série de quatro editos ordenando: 1) a destruição das igrejas e a queima das Escrituras e ou outros objetos sagrados; 2) prisão de líderes da Igreja; 3) pressão para os lideres de igreja fazerem sacrifícios para o imperador e a anistia caso eles fizessem sacrifícios; 4) todos os cristãos a fazerem sacrifícios ou enfrentar a pena de morte ou trabalho forçado.

A perseguição cessou quando Diocleciano se aposentou em 305. Galério admitiu que essa política havia fracassado e lançou um édito de tolerância em 311, enquanto sofria de uma terrível doença que certos membros da Igreja da época interpretaram como sendo castigo divino.

O Império Romano reconheceu o cristianismo como uma religião licita em 313 d.C., com o Édito de Milão, assinado pelo imperador Constantino. Tornou-se a única religião oficial do Império sob Teodósio (379-395 d.C.) e todos os outros cultos foram proibidos. Após a morte de Teodósio em 395, seus dois filhos Arcádio e Honório herdaram as duas metades do império: Arcádio tornou-se governante no Oriente, com a capital em Constantinopla, e Honório tornou governante no Ocidente, com a capital em Mediolanum (atual Milão), e mais tarde em Ravenna.

Os concílios ecumênicos

A Igreja Cristã era dividida em cinco patriarcados tradicionais, apostólicos: os bispos de Jerusalém, Antióquia, Alexandria, Constantinopla e Roma. O Bispo de Roma foi reconhecido pelos Patriarcas como “o primeiro entre iguais”, mas não havia uma autoridade central, a instituição se baseava na colegialidade dos bispos, metropolitas (cidades principais) e patriarcas, reunidos em Concílio, os chamados “Concílios da Igreja Indivisa”.

São Concílios convocados por iniciativa do Imperador que via na unidade da fé um pressuposto para a unidade do Império. Geralmente foram celebrados no Oriente, com escassa participação ocidental. A presença dos delegados romanos e ratificação de Roma garantia a ecumenicidade do Concílio. A assinatura final do Imperador tornava as decisões conciliares obrigatórias no Império.

1) Nicéia (325): Condenou Ario e formulou o Credo niceno. Definiu que o Verbo, Jesus, é Deus verdadeiro, gerado de Deus verdadeiro, e tem a mesma substância do Pai.

2) Constantinopolitano I (381): Reafirmou o Credo niceno e condenou Apolinário. Proclamou que o Espírito Santo procede do Pai e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado.

3) Éfeso (431): Condenou Nestório e aprovando o título de Mãe de Deus (Theotokos).

4) Calcedônia (451): Condenou Êutiques e formulou uma profissão de fé cristológica: Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, tem uma só pessoa (divina) em duas naturezas (divina e humana), sem divisão nem separação.

5) Constantinopolitano II (553): Condenou os “Três Capítulos” (escritos filo-nestorianos) e rejeitou o origenismo. Sublinhou a unidade da Pessoa do Verbo encarnado.

6) Constantinopolitano III (680-681): Condenou o monotelismo, reafirmando as duas naturezas da única Pessoa de Cristo, para afirmar a existência, nele, de suas vontades (divina e humana).

7) Nicéia II (787): Condenou o iconoclasmo (proibição do culto às imagens): justificando o culto das imagens (ícones), naturalmente culto de honra e não de adoração. Foi um grande problema na vida da Igreja oriental.

Da não aceitação das decisões conciliares surgiu divisão na Igreja:

a) Os Pré-Efesianos, ou Nestorianos, que chegaram junto até o Concílio de Éfeso (431): Igreja Assíria do Leste, que, em seu apogeu, teve 400 Dioceses.

b) Os Pré-Calcedônicos, que não incorporaram as decisões do Concílio de Calcedônia: Igrejas Siriana, Armênia, Copta, Etíope, Mar Thoma (da Índia). Algumas outras Igrejas orientais, como a Maronita, a Melquita e a Caldéia, séculos depois, se uniriam à Igreja de Roma, mantendo a sua autonomia, e são denominadas de “Uniatas”.

8) Constantinopolitano IV (869-870): Condenou Fócio, patriarca de Constantinopla. Decisão não aceita pelos ortodoxos, pois viram nessa atitude de Roma uma intromissão ilegítima na vida de um outro Patriarcado.

Destes concílios, a Igreja Romana reconhece os oito, as Igrejas ortodoxas reconhece sete, os cristão evangélicos aceitam todas as decisões conciliares que estejam de acordo com a Bíblia.

Igreja Medieval

O Império Romano do Ocidente sofreu invasão dos povos bárbaros (qualquer povo cuja língua não fosse o latim) e, já enfraquecido internamente, caiu em 476 com a deposição do imperador Rômulo Augústulo. Outros reis estabeleceram-se em Roma, embora não mais usassem o título de “Imperador Romano”. O Império Oriental, com capital em Constantinopla, continuou a existir por quase mil anos, até 1453.

A queda de Roma foi o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média. Uma classificação muito comum divide a era em três períodos:

1º. Idade Média Antiga que decorre do século V ao X;

2º. Idade Média Plena (ou Idade Média Clássica) que se estende do século XI ao XIII;

3º. Idade Média Tardia (ou Baixa Idade Média), correspondente aos séculos XIV e XV.

A igreja do ocidente se torna a Igreja Católica Romana

A Igreja substituiu as instituições romanas no Ocidente, até ajudando na segurança de Roma no final do século V. Muitas das tribos germânicas já eram cristianizadas, mas a maioria delas era seguidora do Arianismo. Eles rapidamente converteram-se a fé Católica, ganhando mais lealdade da população romanizada local e ao mesmo tempo reconhecimento e apoio da Igreja Romana. A idéia de um Império Romano como um majestoso Império Cristão com um único governante continuou a seduzir muitos governantes poderosos. Carlos Magno, Rei dos Francos e dos Lombardos, até foi coroado como Imperador Romano pelo Papa Leão III em 800.

O Cisma Ocidente-Oriente

O Grande Cisma do Oriente foi a cisão (cisma) formal da unidade entre a Igreja Romana e a Igreja Ortodoxa, que tornou-se documentalmente evidente em 1054. A divisão do império e a queda do Império romano do Ocidente enfraqueceram a unidade da igreja.

Cresceu as diferenças entre as Igrejas das duas capitais imperiais: Constantinopla (depois chamada de Bizâncio), capital do Império do Oriente, e Roma, capital do Império do Ocidente, a primeira de cultura grega e a segunda de cultura latina. O Império Romano do Ocidente foi destruído pelos povos ditos “bárbaros” no século V, concorrendo para o fortalecimento da Igreja de Roma como força cultural, moral e espiritual, do que seria depois (com hegemonia germânica) denominado de Sacro-Império Germânico Romano, dando lugar ao papado como poder político. O Império Romano do Oriente subsistiu por mais mil anos, até o século XV, com os imperadores mais fortes que os patriarcas, em um sistema conhecido como césaro-papismo.

Um conflito entre o Ocidente e o Oriente ocorreu de 456 a 867, sob o patriarca Fócio em razão da “cláusula filioque” no Credo. Fócio condenou a sua inclusão no Credo da Cristandade ocidental e lançou contra ela a acusação de heresia.

Quando Miguel Cerulário se tornou patriarca de Constantinopla, no ano de 1043, iniciou uma disputa com o papa romano Leão IX sobre práticas eclesiásticas que a Igreja Romana começou a diferenciar da Grega, como a adição do filioque e o uso de pão ázimo na eucaristia.

Roma enviou o Cardeal Humberto a Constantinopla em 1054 para tentar resolver este problema. No entanto o enviado papal excomungou Cerulário em Constantinopla, um ato entendido como a excomunhão de toda a Igreja Grega. Cerulário, como o sínodo, então excomunhou o papa e a Igreja latina.

A escolástica

A partir do século IX, desenvolveu-se a principal linha filosófica do período, que ficou conhecida como escolástica. Surgiu da necessidade de responder às exigências de fé, ensinada pela Igreja, considerada então como a guardiã dos valores espirituais e morais de toda a Cristandade e, por assim dizer, responsável pela unidade de toda a Europa, que comungava da mesma fé. No século XIII, Tomás de Aquino incorporou elementos da filosofia de Aristóteles no pensamento escolástico. A questão chave que vai atravessar todo o pensamento filosófico medieval é a harmonização de duas esferas; “a fé” e “a razão”. Outros nomes da Escolástica são: Anselmo de Cantuária, Alberto Magno, Robert Grosseteste, Roger Bacon, Boaventura de Bagnoreggio, Pedro Abelardo, Bernardo de Claraval, João Escoto Erígena, João Duns Scot, Jean Buridan e Nicole Oresme.

A Pré-Reforma

A Pré-Reforma foi o período anterior à Reforma Protestante no qual se iniciaram as bases ideológicas que posteriormente resultaram na reforma iniciada por Martinho Lutero.

A Pré-Reforma tem suas origens em uma denominação cristã do século XII conhecida como Valdenses, que era formada pelos seguidores de Pedro Valdo, um comerciante de Lyon que se converteu ao Cristianismo por volta de 1174. Ele decidiu encomendar uma tradução da Bíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, renunciou à sua atividade e aos bens, que repartiu entre os pobres. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, considerando ser a fonte de toda autoridade eclesiástica, negavam a supremacia de Roma e rejeitavam o culto às imagens, que consideravam como sendo idolatria.

No século XIV, o inglês John Wycliffe, considerado como precursor da Reforma Protestante. Entre outras idéias, Wycliffe ensinava que o poder da Igreja devia ser limitado às questões espirituais, sendo o poder político exercido pelo Estado, representado pelo rei. Seu seguidores foram conhecidos como “lolardos”.

Jan Hus (1369-1415) iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de John Wycliffe. Os seu seguidores ficaram conhecidos como os Hussitas. A igreja católica não perdoou tais rebeliões e ele foi excomungado em 1410. Condenado pelo Concílio de Constança, foi queimado vivo.

Girolamo Savonarola (1452-1498) foi um padre dominicano que pregava em Florença chamando a população à vida da virtude cristã. Seus sermões e sua personalidade causavam um profundo impacto na população. Um grande conselho, com representantes de todos os cidadãos passou a governar a república e a lei de Cristo deveria ser a base da vida política e social. Savonarola terminou preso por ordem papal e condenado à morte. Foi enforcado no dia 25 de maio e seu corpo queimado.

Tabela Cronológica

Ano 30 d.C. Crucificação, morte, ressurreição e ascensão de Cristo, tendo como governador da Galileia Herodes Antipas, e governador da Judéia, Poncio Pilatos (26 – 37 d.C.), tendo como imperador romano Tibério (14 – 34 d.C.).

Ano 50 d.C Concílio de Jerusalém – expansão do cristianismo através das viagens missionárias de Paulo. Tendo como imperador Romano deste período Cláudio (41 – 54 d.C.) sucessor da Calígula (34 – 41 d.C.).

Ano 70 d.C. Destruição de Jerusalém e do templo pelo general Tito, filho de Vespaciano, (69 – 79 ), que sucedeu depois de seu pai de 79 a 81 d.C.

Ano 202 d.C. O imperador Stimo Severo decretou que era ilegal tornar – se judeu ou cristão, no seu reinado (193 – 211).

Ano 251 d.C. Décio, imperador Romano, queria uma só religião no império, e iniciou a primeira perseguição universal em seu reinado, (249 – 251).Ano 257 d.C. -Valeriano (252 – 259), proibiu reuniões cristãs nos cemitérios.

Ano 305 d.C. Perseguição final, Deoclesiano (284 – 305), ordenou a destruição dos prédios das igrejas, e das escrituras.

Ano 306 d.C. Perseguição por Galério (305 – 311), até a promulgação do edito de tolerância.

Ano 313 d.C. Constantino (312 – 337), assina em Milão, o edito de tolerância, terminando a perseguição oficial do cristianismo, no Império Romano.

Ano 325 d.C. Primeiro Concílio de Niceia. A religião cristã é agora um polo de influência política dentro do Império Romano.

Ano 380 d.C. Teodósio I declara o cristianismo a religião oficial do Império Romano.

Ano 451 d.C. Concílio de Calcedônia, Roma assume o primeiro lugar como sede do cristianismo e Constantinopla o segundo lugar início da ascensão do poder papal.

Ano 476 d.C. Queda do império romano ocidental. Início da Idade Média.

Ano 754 d.C. Proibição de imagens por Constantino V, imperador Bizantino.

Ano 800 d.C. Carlos Magno coroado imperador romano pelo papa Leão III.

Ano 1054 d.C. Primeiro grande cisma do Cristianismo.

Ano 1095 d.C. Proclamação da primeira cruzada para libertar a Palestina do poder Maometano, pelo papa Ubano II.

Ano 1099 d.C. A segunda cruzada, dirigida por Godofredo toma Jerusalém do poder Maometano.

Ano 1087 d.C. Queda de Jerusalém por Saladino, curdo Muçulmano e Sultão do Egito, na época do papa Celestino III.

Ano 1453 d.C. Queda do império Bizantino, com a tomada de Constantinopla por Maometanos e os Turcos.

HERMENÊUTICA BÍBLICA

HERMENÊUTICA BÍBLICA

1- HERMENÊUTICA

1– Hermenêutica – É a ciência e a arte que estuda a interpretação da Bíblia. Ciência porque estabelece regras positivas e invariáveis, Arte porque as suas regras são práticas. [Do grego hermeneuticós] Ciência que tem por principal objetivo descobrir o verdadeiro significado de um texto. É a base para toda a crítica filológica. Quando empregada nas Sagradas Escrituras a sua missão passa a ser interpretar o que realmente Deus quer revelar através da Bíblia.

 2- EXEGESE

Exegese – É a aplicação das regras estabelecidas pela hermenêutica. [Do grego ek + egéomai] Literalmente, arranco do texto. É a prática da hermenêutica sagrada que busca a real interpretação dos textos que formam o Antigo e o Novo Testamento. Vale-se, pois, do conhecimento das línguas originais (hebraico, aramaico e grego), da confrontação dos diversos textos bíblicos e das técnicas aplicadas na lingüística e na filosofia.

A exegese é distribuída em 5 bases:

  • a) Exegese Estrutural Doutrina que sustenta que o significado do texto bíblico está além do processo de composição e das intenções do autor.
  • b) Exegese Gramático-histórica Princípio de interpretação bíblica que leva em conta apenas à sintaxe e o contexto histórico no qual foi composta a Bíblia.
  • c) Exegese Teológica Princípio de interpretação bíblica que toma por parâmetro as doutrinas sistematizadas pelos estudiosos da Igreja.
  • d) Texto e Contexto O texto bíblico é a passagem focalizada como um todo, e o significado dependente do contexto para interpretação. O contexto é o que vem antes e depois do texto.
  • e) Contexto Bíblico e Histórico O contexto bíblico realiza-se na própria Bíblia. O Contexto histórico leva em consideração a época em que o autor escreveu. Em alguns casos a própria Bíblia oferece o contexto histórico, mas em outros, é preciso recorrer a livros que abordem questões culturais e históricas.

A exegese é dividida em 2 tipos:

a) Exegese Rabínica – Os judeus interpretavam a Escritura letra por letra, por causa da noção de inspiração que tinham. Se uma palavra não tinha sentido perceptível, imediatamente eles usavam artifícios intelectuais, para lhe dar um sentido, porque todas as palavras da Bíblia tinham que ter uma explicação. A Igreja primitiva herdou muito do rabinismo. Eles encontraram nela vários sentidos, a saber: literal, pleno e acomodatício.

Literal: Sentido inerente às palavras, expressão pura e simples da idéia do autor.

Pleno: Fundado no literal, mas que tem um aprofundamento não revelado pelo autor. Deus. A palavra do profeta refere-se a uma situação histórica; a apalavra de Deus refere-se ao futuro.

Acomodatício: É a acomodação a um sentido à parte que combina com as palavras. É a Bíblia aplicada à realidade apenas pela coincidência dos textos. Por exemplo, em Mateus se lê “do Egito chamei meu filho” …para que se cumprisse a Escritura. Mas o sentido, ou seja, a aplicação original deste trecho não se referia ao Filho de Deus, mas à saída do Povo do Egito. Outro exemplo de acomodação é a aplicação a Maria dos textos do livro da Sabedoria. Estes são mais literatura que Escritura. Todavia, crendo-se na inspiração, se aceita que as palavras do autor podem Ter uma significação mais profundo que a original.

b) Exegese Católica – Na exegese católica, partia-se dos escritos dos pais da Igreja para a Bíblia. Para a cristandade defensora dessa exegese, a Bíblia dizia aquilo que os pais da Igreja já haviam dito. Hugo de São Vítor chegou a dizer: “aprende primeiro o que deves crer e então vai à Bíblia para encontrares a confirmação”. Principalmente na idade média, a exegese esteve de mãos atadas pelas tradições e pela autoridade dos concílios. A regra era apegar-se ao máximo aos métodos tradicionais de interpretação valorizando mais a tradição e menos a Bíblia.

c) Exegese Protestante – Surgiu do protesto de alguns cristãos contra a autoridade da Igreja como intérprete fiel da Bíblia. Lutero instituiu o princípio da “sola scriptura” (só a Escritura), sem tradição, sem autoridade, sem outra prova que não a própria Bíblia. A partir daquele instante, os Protestantes dedicaram-se ao estudo mais profundo da Bíblia, antecipando-se mesmo aos Católicos. Mas o princípio posto por Lutero possibilitou um desastre hermenêutico, pois ele mesmo disse que cada um interpretasse a Bíblia como entendesse, isto é, como o Espírito Santo o iluminasse. Por causa deste entendimento de Lutero surgiram várias correntes de interpretação, que podem se resumir em Três: a conservadora, a racionalista e a Hegeliana.

A CONSERVADORA – A conservadora parte daquele princípio da inspiração como ditado, em que se consideram até os pontos massoréticos como inspirados. Não se deve aplicar qualquer método científico para entender o que está escrito. É só ler e, do modo que Deus quiser, se compreende.

A RACIONALISTA – A racionalista foi influenciada pelo iluminismo e começou a negar os milagres. Daí passou-se à negação de certos fatos, como os referentes a Abraão. Afirmam que as narrações descritas, como prova o vocabulário, os costumes, são coisas de uma época posterior, atribuído àquela por ignorância. Esta teoria teve muito sucesso e começaram a surgir várias ‘vidas’ de Jesus em que ele era apresentado como um pregador popular, frustrado, fracassado.

HEGELIANA – Nessa perspectiva, o apóstolo Paulo, entusiasmado, teria feito uma doutrina, que a atribuiu a Cristo (tese). Depois, João, com seu Evangelho constituiu a antítese. Finalmente São Marcos fez a síntese. (Hermenêutica Bíblica Samuel Pereira 2002 – EBS – Pág. 3)

3- PRINCÍPIOS BÁSICOS DE EXEGESE

Dez princípios básicos para a Interpretação Bíblica

  • 1. Denomina-se princípio da unidade escriturística. Sob a inspiração divina a Bíblia ensina apenas uma teologia. Não pode haver diferença doutrinária entre um livro e outro da Bíblia;
  • 2. Aprender a ler cuidadosamente o texto .Ter atenção com as virgulas, pontos finais e parágrafos, pontos de exclamação e interrogação, dois pontos e ponto e virgula.
  • 3. A Bíblia interpreta a própria Bíblia. Este princípio vem da Reforma Protestante. O sentido mais claro e mais fácil de uma passagem explica outra com o sentido mais difícil e mais obscuro.
  • 4. Jamais esquecer a Regra Áurea da Interpretação, chamada por Orígenes de Analogia da Fé. O texto deve ser interpretado através do conjunto das Escrituras e nunca através de textos isolados.
  • 5. Sempre ter em vista o contexto. Ler o que está antes e o que vem depois para concluir aquilo que o autor tinha em mente.
  • 6. Primeiro procura-se o sentido literal, a menos que as evidências demonstrem que este é figurativo.
  • 7. Ler o texto em todas nas traduções mais verossímeis.
  • 8. O trabalho de interpretação é científico e espiritual, por isso deve ser feito com isenção de ânimo e tentando-se desprender de qualquer preconceito.
  • 9. Fazer algumas perguntas relacionadas com a passagem para chegar a conclusões circunstanciais. Por exemplo:
    • a) Quem escreveu?
    • b) Quando e onde foi escrito?
    • c) Qual o tema ou a razão principal do escritor?
    • d) A quem se dirigiu o escritor?
  • 10. Feita a exegese, se o resultado obtido contrariar os princípios fundamentais da Bíblia, ele deve ser colocado de lado.

4. A LINGUAGEM DA BÍBLIA

4.1 – Inspiração Divina.

Segundo o testemunho da própria Escritura Sagrada, ela foi divinamente inspirada, útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, com o fim do homem de Deus ser perfeito, e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. Numa palavra, a Escritura tem por objetivo fazer o homem “sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (II Tm. 3.15,16).

4.2 – Simplicidade.

O entendimento da bíblia é simples para o sábio . (Aquele que tem a instrução Professor Deus).

4.3 – Exortações, Obrigações, Promessas e Deveres.

A cada passo as páginas da bíblia revela grandes princípios cristãos expressos em linguagem simples e clara, evidente e palpável.

4.4 – História, narrativas e profecias. A

forma descritiva das passagens difere dos autores humanos, mas não altera o principio divino.

4.5 – Grego e Hebraico.

Os textos do Antigo testamento estão escritos em Hebraico, língua dos judeus enquanto que os escritos do Novo Testamento foram escritos em Grego.(Hermenêutica Bíblica Samuel Pereira 2002 – EBS – Pág. 4).

5- FIGURAS DE LINGUAGEM NO TEXTOBÍBLICO

5.1 Metáfora:

É a figura em que se afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, ou com o que se compara. (Zc.3.8).

5.2 Símile:

Também afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, sendo que apresenta um elemento comparador. (Is.53.2).

5.3 Metonímia:

O emprego do nome de uma coisa pelo de outra com que tem certa relação (Gn.25.26; Lc.16.29; Gn.41.13; Jó.32.7).

5.4 Sinédoque:

A substituição de uma idéia por outra que lhe é associada (Mt.3.5; 6.11; Gn.3.19; 19.20).

5.5 Hipérbole:

É a afirmação em que as palavras vão além da realidade literal das coisas (Dt.1.28).

5.6 Ironia:

É a expressão de um pensamento em palavras que, literalmente entendidas, exprimem sentido oposto (Gn.3.22;Jz.10.14; Jó.12.2; Mt.27.40).

5.7 Prosopopéia:

É a personificação de coisas ou de seres irracionais (Sl.35.10; Jó.12.7; Gn.4.4)

5.8 Antropomorfismo:

É a linguagem que atribui a Deus ações e faculdades humanas, e até órgãos e membros do corpo humano (Gn.8.12; Sl.74.11).

5.9 Enigma:

É a enunciação duma idéia em linguagem difícil de entender.(Jz.14.14)

5.10 Alegoria:

É a narrativa em que as pessoas representam idéias ou princípios (Gl.4.21-31).

5.11 Parábolas:

É uma forma de história colhida da natureza ou de ocorrências diárias normais, que lança luz sobre uma lição moral ou religiosa.

5.12 Profecia:

A profecia da Escritura pode ser definida como a inspirada declaração da vontade e propósitos divinos. (Ver. Is.61.1,2; Lc.4.21). Não se deve esquecer que Jesus é o tema de toda a profecia (I Pe.1.10,11).

5.13 Tipos:

É uma classe de metáforas que não consiste meramente em palavras, mas em fatos, pessoas ou objetos que designam fatos semelhantes, pessoas, ou objetos no porvir (Hb.9.8,9; Jo.3.14; Mt.12.40).

5.14 Símbolos:

É uma espécie de tipo pelo qual se representa alguma coisa ou algum fatos, por meio de outra coisa ou fato conhecido, para servir de semelhança ou representação. É diferente do tipo por não prefigurar a coisa que representa. Ele simplesmente representa o objeto (Ap.5.5; I Pe.5.8; Js.2.18). Os símbolos podem ser apresentados na forma de objetos (sangue, ouro, etc.); nomes (Abraão, Israel, Jacó, etc); números (seis, sete, oito, etc.) e cores (púrpura, escarlate, etc.).

5.15 Poesia:

É a mensagem de Deus revelada através do lirismo da poesia judaica. Está presente desde Gênesis até o Apocalipse. A poesia hebraica não possui rima. Composta por paralelismo: sinonímico – o segundo verso repete com sinônimos (Sl.20.2,3; Pv.23.24,25); antitético – o segundo verso é uma antítese ao primeiro. (Sl.1.6; 71.7; Pv.12.1,2) e sintético – o segundo verso amplia a mensagem do primeiro (Sl.19.7; 119.97,103; Pv.23.23). (Hermenêutica Bíblica Samuel Pereira 2002 – EBS – Pág. 5).

 6 – REGRAS PARA EXEGESE

6.1 Interpretar lexicalmente:

É conhecer a etimologia das palavras, o desenvolvimento histórico de seus significados e o seu uso no texto sob consideração. Esta informação pode ser conseguida com a ajuda de bons dicionários.

6.2 Interpretar sintaticamente:

O intérprete deve conhecer os princípios gramaticais da língua na qual o documento está escrito, para primeiro, ser interpretado como foi escrito.

6.3 Interpretar contextualmente.

Deve-se ter em mente a inclinação do pensamento de todo o texto. Então se pode notar a “cor do pensamento”, que cerca a passagem que está sendo estudada. A divisão em versículos e capítulos facilita a procura e a leitura, mas não deve ser utilizada como guia para delimitação do pensamento do autor.

6.4 Interpretar historicamente:

O intérprete deve conhecer as maneiras, costumes, e a psicologia do povo no meio do qual o escrito foi produzido.

 7. PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

7.1 : Estudar a Bíblia partindo do pressuposto de que ela é a autoridade suprema em questões de religião, fé e doutrina. A autoridade tem a ver com à vontade, com a obediência e com o fazer (Mt.7.29).

7.2: Não esqueças que a Bíblia é a melhor intérprete de si mesma, isto é: a Bíblia interpreta a Bíblia. Os maiores inimigos da Bíblia não são seus opositores, mas os seus expositores que tentam encontrar na Bíblia defesa para as suas idéias absurdas (Gn.3.1-5). Vide as seitas ditas cristãs.

7.3: Depende da fé salvadora e do Espírito Santo a compreensão e interpretação da Escritura. (II Co.4.4)

7.4: Interpreta a experiência pessoal à luz das Escrituras e não as Escrituras à luz da experiência pessoal.

7.5: Os exemplos bíblicos só têm autoridade prática quando amparados por uma ordem que os faça mandamento universal. O exemplo de cada pessoa que protagoniza os acontecimentos, podem não ser realizável por qualquer que seja. (Gn.9.20,21; Lc.13.32).

7.6: O principal propósito da Escritura é mudar nossas vidas e não multiplicar nossos conhecimentos.

7.7: Apesar da importância da história da Igreja, ela não chega a ser decisiva na fiel interpretação da Escritura. Devemos afirmar que a Igreja não determina o que a Bíblia ensina; antes a Bíblia é que determina o que a Igreja deve ensinar.

 8 – MÉTODOS DE ESTUDO DA BÍBLIA

Método é a maneira ordenada de fazer alguma coisa. É um procedimento seguido passo a passo, cujo objetivo é levar o estudante a uma conclusão.

8.1 Método Analítico –

Analisar algo é estudar em seus pormenores, detalhe por detalhe, tendo o cuidado de anotar os aspectos por menores que eles sejam e por mais insignificantes que eles pareçam ser. É o método microscópico.

8.2 Método Sintético –

Aborda cada livro como uma unidade inteira e procura entender o seu sentido como um todo. Procura analisar o livro de forma global. É o método telescópico.

8.3 Método Temático –

É o método de estudo de um tema específico.

8.4 Método Biográfico –

Aborda narrativas e exposições biográficas de personagens bíblicos .

8.5 Método Histórico –

É o método de estudo com sentido histórico de livros ou passagens bíblicas. Consideram-se os fatos contemporâneos, lugares, tendências, movimentos e outras questões.

8.6 Método Teológico –

É o método de estudo onde se sistematiza as doutrinas bíblicas.

8.7 Método Devocional

É o método de estudo da Bíblia com fins de aplicar várias passagens às necessidades particulares do crente. “Nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo” (II Pe.1.20,21).

BIBLIOGRAFIA: Andrade, C. C. de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. Lund, E. & Nelson P. C. Hermenêutica. 14ª ed. São Paulo: Vida, 1998. Oliveira, R. Como estudar e interpretar a Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 1986.Veloso, A. Como estudar a Bíblia. São Paulo: Novas Edições Líderes Evangélicos, 1989.CHAMPLIN, RN – Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia

CURSO BÁSICO PARA OBREIROS

Entendemos por ética, em sentido cristão, com aplicação à vida e atividades ministeriais, a ciência que nos ensina a descobrir, classificar, explicar e aplicar as regras da pura moralidade cristã à vida humana no presente; e, por este motivo, ela nos põe diretamente em contato com os deveres e a missão do homem como obreiro de almas vivas, racionais, espirituais e cristãs.

ÉTICA do MINISTRO 

Referindo-se ao sacerdócio da antiga aliança, seus deveres e privilégios, em Hb. 5.4, diz-nos: “Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão”; e, referindo-se ao ministério cristão, o apóstolo Paulo escreve a Timóteo: “Participa comigo dos sofrimentos do Evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação” (IITm 1.8,9). Portanto, o ministro de Deus foi chamado para ser participante dos sofrimentos do Evangelho.

Que quer dizer a palavra “ministro”?

Nos dicionários lê-se que “ministro é obreiro espiritual”. O Verbo ministrar significa servir, atender ou contribuir. Será que você quer ser ministro, obreiro, guia espiritual ou servo de Deus. Muitos são os problemas se enfrenta o obreiro. Os problemas são complexos, como complexo é o coração dos homens aos quais você dirigirá e em cujo meio viverá. A recomendação de Jesus aos discípulos foi de que orassem ao Senhor da Seara para que enviassem obreiros (Mt. 9.38), e de modo algum a escolha do ministério por parte daquele que o almeja, jamais deve resultar do desejo de um ganho pessoal, ou de uma disponibilidade maior de tempo para gozo pessoal, ou mesmo a vaidade de exercer um maior controle sobre as pessoas. O obreiro deve ser convicto de que foi chamado por Deus, como Paulo, por exemplo, que declarou que a sua escolha não fora resultado de motivação humana, “mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos” (Gl. 1.1 – At. 9.15).

Para ser um ministro evangélico, a primeira exigência é ter a convicção de sua salvação. Mas é possível algum obreiro não estar salvo? Por mais duro e estranho que possa ser, o certo é que existem tais pastores, cujas obras e palavras provam essa triste realidade. Depois da salvação, requer-se do obreiro que ele suja chamado por Deus. Nem sempre será fácil explicar a chamada. O que significa a chamada de Deus?. Em alguns, ela se revelará como uma irreprimível vontade de falar ao mundo a respeito de Jesus; em outros, ela manifesta-se por um terno desejo de comunicar às almas sem Cristo a maravilhosa mensagem bíblica. A chamada se revela mediante uma irresistível intimação divina. O que você precisa saber de modo categórico e inconfundível, que Deus o chamou para mensageiro de sua Palavra, para ceifeiro de sua seara. Só a chamada é poderosa para fazer com que você resista tudo nas horas difíceis. Passando o primeiro entusiasmo, em face de lutas, quando os problemas tiverem convertido em inextricável solução, você ainda permanece na certeza inicial. Se realmente você foi chamado para o ministério sagrado, saberá tirar partido das dificuldades, e nunca renunciará, não deixará sua igreja. A chamada é positivamente uma tremenda e maravilhosa experiência pessoal. Haverá por outro lado, instantes tão penoso que você chegará mesmo a duvidar de sua chamada. É necessário ao “chamado” que tenha a disposição de servir, caso contrário lhe sobrevirá um sentimento de recalque oposto à sua própria ocupação, e, no momento em que julgar oportuno, levantar-se-á contra o seu Senhor, lançando de si o jugo do serviço, deixando de cumprir com os seus deveres e de ser útil à causa do Mestre. Quando tudo se torna difícil em seu ministério; quando os meios financeiros não chegam para as necessidades diárias do cotidiano, quando tudo conspira contra seu trabalho ministerial, e o barco, sendo invadido pelas águas por todo os lados, parece naufragar, é chegado o momento de sua confiança na chamada entrar em crise e você descrer que houvera realmente uma chamada. Em ocasiões tais, importa que você reforce confiança na chamada e tenha por certa e incontestável. Saberá que a hora chegou de você “cultivar sua chamada”, dando lhe tratamento de oração, imergindo o espírito da leitura bíblica, fazendo “vida devocional”, entretanto, decididamente, na presença de Deus, permanecendo em comunhão com ele. A questão é não desanimar.

CINCO PONTOS FUNDAMENTAIS DA CHAMADA

1 – FIDELIDADE – Usar a bíblia como única regra de fé e prática, acatando a sua autoridade, nela pautando tanto o que disser como o que fizer. Se não acreditar que a bíblia veio de Deus e que o seu autor é o Espírito Santo, arrisca-se enganar os homens e a preparar as almas um rumo para o inferno. De duas uma: ou a bíblia toda é verdadeira, ou não há nela verdade. O que não pode ser é que ela seja verdadeira em parte, em parte, não.

2 – CRENÇA – Crer no inabalável valor da alma humana. Pode se dizer que a alma é o homem. É o centro de sua inteligência, de seu caráter e de sua coragem. É a alma do homem a parte que pensa, que sabe e que guarda lembranças. É certo que mal podemos estimar quanto valem para Deus as almas dos homens. Dispomos de dois critérios para tentar saber: a) Que Deus deu o seu único filho, entregando-o a mais cruel das mortes, para tornar possível à alma humana alcançar o lugar que lhe preparou no céu. Deus quer a alma humana para si, para com ele morar para todo o sempre na eternidade b) Que Deus fez almas humanas para ser perene. Quando se trabalha com alma, se lida com a eternidade. Toda obra humana é fictícia e transitória.

3 – CONVICÇÃO DE QUE SEM CRISTO NÃO HÁ SALVAÇÃO “…porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (At.4:12). Se depois disso passar por sua cabeça que os pecados poderão, por si sós e por si mesmos, ou, até aguardar o tempo se encarregar disso, sem a mediação de Cristo, alcançar a salvação, então, me desculpe que lhe diga que é melhor que você vá guiar um caminhão, ou vender frutas no mercado, ou fazer outra coisa, menos exercitar o sagrado ministério da pregação.

4 – RECONHECIMENTO DE QUE HÁ UM DIABO PESSOAL Certo homem que estava para ser ordenado a obreiro, lhe perguntou, se cria na realidade do diabo. Este respondeu que não. Foi suspensa a sua ordenação e reprovado. Bastaria, pois, passar duas semanas no pastorado de uma igreja, para de pronto, convencer-se de que existia realmente o diabo. Seria o suicídio natural de um obreiro o não reconhecimento da existência de um tentador. Não devemos esquecer que o diabo é atraente, formoso, o mundano por excelência, cheio de encantos e atavios, a par de ser engenhoso, terrivelmente implacável e sobretudo desumano. Sendo desonesto e perverso, a sua maldade não conhece limites. É natureza do diabo detestar a Deus e desprezá-lo. Só Deus e sua palavra prevalecem contra ele.

5 – DEDICAÇÃO COMPLETA DA VIDA AO ESPÍRITO SANTO Sem o Espírito Santo nada faremos com êxito. Sem sua ajuda, seremos tão ineptos quanto criancinha recém-nascida. Ficarão suas pregações sem mensagem, vazias de substancia e sem sentido todas as palavras que disser. Todo o seu esforço resultará inútil, todos os métodos falharão, se acaso Deus não o assistir, se você não eleger o Espírito Santo com objetivo da dedicação de sua vida. Mas estude a Bíblia, ore, vigia, esforce-se por agradar a Deus e alcançar sua aprovação em tudo quanto fizer. Confesse-lhes seu pecado. Com Jesus ao seu lado, todos os pecados estarão antecipadamente ganhos, por piores que possam ser.

CARACTERÍSTICA DO OBREIRO

1) – Ter cuidado de si mesmo e da doutrina (ITm.4.16), por que assim fazendo, salvará a si mesmo quanto aos que o ouvem. Se negligenciarmos este princípio, sofreremos as terríveis conseqüências. Paulo é explícito em sua exortação: “Se alguém ensina alguma doutrina, e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas. Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho, aparta-te dos tais” (I Tm. 6:3-5; Tt 1.9).

2) – Ser irrepreensível, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não cobiçoso, de torpe ganância, não avarento (I Tm. 3.2,3).

3) – Obediente, humilde e sábio, como Epafrodito, companheiro de Paulo (Fl. 2.25), homem com três qualidades essenciais para o bom ministro: fraternidade, espírito de cooperação e de companheirismo.

4) – Que governe bem a sua própria casa, e tenha os seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (I Tm 3.4).

5) – Que tenha bom testemunho dos que estão de fora. Onésimo era “um irmão fiel” (Cl 4.9) e Epafras, “grande coopera-dor de Paulo” de quem diz: “Saudai-vos Epafras, que é dos vossos,… Pois eu lhe dou testemunho de que tem grande zelo por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e pelos que estão em Hierápolis” (Cl. 4.12,13)

6) – Ter uma grande capacidade de perdoar. O obreiro conhece as fraquezas de suas ovelhas e sabe perdoá-las (Jo 4 e Jo 8). O perdão não se mede e nem é barato: custa um preço, custou uma crucificação. “Ao Senhor, nosso Deus, pertence à misericórdia e o perdão; pois nos rebelamos contra ele” (Dn 9.9). Há dois tipos de perdão: o vertical (Lc 18.10-13) e o horizontal (Mt. 5.44-48; 6.14,15; 1 Jo 4.20).

7) – Ter uma grande capacidade de autodomínio. No exercício do seu ministério, deve o obreiro dominar-se a si mesmo para merecer grande confiança e ilimitado respeito na comunidade. “Todos podem se apressar em falar, menos o obreiro. Sabe perguntar, sabe identificar o centro de uma questão, sabe julgar com discernimento.”

8) – Ter uma grande capacidade de formarem obreiros. O evangelista funda igrejas. O mestre edifica vidas através do ensino. O obreiro forma obreiros. Jesus preparou 12, depois preparou mais 70, depois continuou preparando. Tarefa do Obreiro. O obreiro deve preparar os seus auxiliares, os seus cooperadores, o seu substituto. O obreiro deve olhar para os jovens com amor e visão espiritual (At. 16.3a).

9) – Ter capacidade para dirigir sabiamente a igreja (1 Co 14.40), com equilíbrio, graça e sabedoria e exercitar o dom recebido de Deus e desenvolvê-lo (Rm 12.6-9). O obreiro mora como numa casa de vidro Assim, querendo ou não é uma pura realidade. O mundo pode olhá-lo através das paredes, inteirando-se de sua vida. Seria surpreendente para você saber que o mundo conhece mais de sua vida do que você está pensando que ele sabe. Tal publicidade de vida é natural e deve parecer sê-lo na vida de um servo de Deus. Deve ser a sua vida exemplar. Todos devem ficar sabendo que você é um tipo diferente dos demais homens, em razão de suas especiais qualidades. É que você lida com coisas eternas. É um obreiro de eternidades. Nem por isso, entretanto, deverá o obreiro presumir-se bom e fechar-se no mundo de vaidades passando a ser inacessível, intratável como se não fosse desde mundo. Cada um e todos precisam saber que você exerce um ministério especial, sobre todos, importantíssimo. Não dê lugar à intimidade. Que todos saibam guardar distância de você. Nem todas as liberdades que se tomam devem ser dadas. Liberdades demasiadas com o obreiro não são recomendáveis para ele.Não deve o obreiro contar “piadas” inconvenientes. É fácil reconhecer-se um homem por sua linguagem. Não é contar estórias que é o mal. O que é mau é o tipo de estórias que se contam. Se no grupo em que estiver, a conversação descambar para o impuro, deixe-o, retire-se discretamente. O retirar-se basta como protesto. Em tendo oportunidade, em particular, advirta os do grupo inconfidentes, acuda-lhes com conselhos prudentes sobre os males de uma conversação perversa e corrompida. Dificilmente se apagam da memória as lembranças de uma estória obscena, que se ouviu. Ponha o obreiro cuidado em não mentir. É doloso observar que há pastores mentirosos. Seja veraz, pois, outro modo, todos perderão a confiança em você. Todos sabemos que Deus detesta mentira, onde quer que ela seja dita, com maior razão ou se é dita em púlpito. Há cuidado nas ilustrações de seus sermões, para não dar lugar a exageros que orçam pela mentira. Ocorre que alguns pregadores costumam contar estórias com colorido que deixam acreditar que elas aconteceram com eles. Isso desacredita o pregador e invalida o efeito da ilustração, que até poderia ser apropriada e útil. Nunca subestime seu auditório. Saiba que nos bancos de sua igreja há muita gente de bom senso e que sabe mais do que você pensa. Acautele-se para não errar no tempo, ou no lugar, ou no autor dos fatos. Seria lastimável, por exemplo, se você, num lance empolgante de eloqüência, dissesse que o Brasil foi descoberto em 1.442. Ora, todos sabem que essa não é a data certa. Isso prejudicaria imensamente o vigor e eficácia de seu sermão. Seria preferível que você omita a referência, se você não tem certeza daquilo que vai dizer. Há pastores, em nosso tempo, que entram em competição com o mundo, pretendendo lugares de vereadores, deputados e outros tais, na carreira política. Querem alçar cargos públicos, em detrimento de seu ministério. Essa repartição de tempo e atividade é feita em dano da sua igreja. O lugar do obreiro é junto a seu rebanho. Lá está na bíblia, bem claro, como se vê em II Cor. 6:14-18, o tipo de amizades a que um obreiro não deve se prender. Há os que estão persuadidos de que não se tem o direito de esperar que o obreiro seja homem diferente dos demais. O obreiro tem de ser, necessariamente, o melhor homem do seu lugar, o mais correto, o mais compreensivo, o mais atento para as coisas altas e puras, o mais limpo de coração, apresentando, aos olhos de todos, uma vida exemplar. Fique, então, fora do ministério àquele que não quiser, não puder ou não souber conduzir-se de modo que ilustre com sua vida a mensagem da cruz aos homens. Tem de ser o obreiro varão aprovado por Deus, e que todos saibam disso. De outro modo, fará mais mal que bem, e mandará mais almas para o inferno do que para o céu. A Extrema Corrupção nos Últimos Dias – “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, .” (2 Tm. 3.1-4). Estes são alguns dos inimigos e obstáculos que o prega-dor do Evangelho tem que enfrentar nos últimos dias. Temos a certeza de que se agora as coisas estão ruins com as heresias que se enfrentam, elas não se tornarão mais fáceis para os pastores.

O OBREIRO E SUA APARÊNCIA

Deve um obreiro ser intimamente puro, sem ter em menos conta sua dignidade exterior, no vesti-se, no asseio corporal com que se apresenta em público. É uma forma de respeito pessoal, que importa muito para impor respeito aos demais. É da experiência de todos que dificilmente de demonstra respeito a quem traz uma aparência desleixada, em desalinho. Não se vá a ponto de que o obreiro seja “arbitro da moda”. Mas é bom que se apresente bem, que causa boa impressão a quem o veja. Há os que vestem simplesmente e, todavia, são pessoas impecáveis no apuro do vestuário e no asseio pessoal. Ainda a melhor roupa, se não estiver lavada e bem passada, denunciará negligencia em seu portador. Essas coisas exteriores têm influência na tarefa do obreiro, porque poderão predispor mal o meio que atua. Com as facilidades de aquisição de lâminas de barbear, não há desculpas para andar-se com barba por fazer. Desagradará, certamente, não só à sua esposa, mas também aos membros de sua igreja, que você apareça de rosto não barbeado. Cuide dos dentes, para que possa sorrir sem constrangimento. Uma boca mal cuidada é repugnante. Não despreze sua escova de dentes. Dê-lhe trabalho. Se não tiver pasta dentifrício, use mesmo sabão, sal ou bicarbonato. Podem não ter o mesmo sabor da pasta, mas servem. Naturais ou postiços, os dentes tem seu papel na apresentação do homem. Esteja atento para o seu hálito. Você pode não senti-lo, mas os outros sentirão de você. Evite o alho e as cebolas em certas ocasiões, para não exalar aquele cheiro forte que, muitas horas depois de comido. Traga seus cabelos aparados. Freqüente seu barbeiro regularmente. Mal se compreende que um obreiro esteja a ocupar-se de maneiras de pentear os cabelos. Penteie-se masculinamente, como convém a um homem. O inconveniente “cheiro corporal”. É fácil proteger-se contra essas pequenas traições corporais. Ninguém hoje desconhece os desodorantes, que os homens também podem usar, sem incorrerem em críticas. O homem pode andar discretamente perfumado sem desdouro algum. Combine, com gosto, suas gravatas com as roupas. Saiba dar-lhe o laço correto. Esteja ela sempre limpa e não amarrotada. É a gravata a peça do vestuário que chama mais atenção. O lenço é peça delicada do vestuário masculino. Há tamanhos, cor e formatos próprios para um homem. Traga seus sapatos sempre limpos e engraxados. Suas meias sejam de acordo com a cor de sua roupa e dos sapatos. Cruzar as pernas no púlpito tem trazido em questão se isso é ou não uma boa postura para o obreiro. Parece que não é in-conveniente algum, se houver certa elegância no fazê-lo. Comporte-se bem na sua casa. Se Vista de modo decente ao estar em casa com os familiares. Você não é dono de si mesmo. Foi você comprado por alto preço. É um mensageiro de Deus.

Há vícios, descontrole emocional ou até mesmo a glutonaria, que leva a pessoa a comer demais; o outro, a ser exigente. Mas uma das regras mais importantes para manter-se em forma é não sobrecarregar o organismo, antes, deve-se comer com moderação, regularmente, de modo que se mantenha o peso normal, que deverá ser controlado.

O PESO IDEAL PARA A MEDIDA DE CADA HOMEM:

IDADE 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 39 35 a 39 40 a 44 45 a 53 +55 ALTURA Kg Kg Kg Kg Kg Kg Kg Kg 150 CM 46,3 52,5 56,7 59,4 60,8 62,2 63,6 61,7 155 CM 48,5 54,1 58,2 60,7 63,1 63,3 64,4 63,5 160 CM 50,8 55,8 59,8 62,6 63,9 65,3 65,7 64,4 165 CM 53,5 57,6 61,7 64,3 65,8 67,1 65,9 65,7 170 CM 59,8 63,1 65,7 69,5 71,2 73,1 74,8 73,9 175 CM 64,4 66,7 69,4 72,1 74,3 76,6 77,1 76,2 178 CM 66,8 68,5 71,2 73,9 77,1 78,9 79,4 78,5 180 CM 68,1 70,3 73,1 75,7 78,9 80,7 81,6 80,7 183 CM 70,8 72,5 75,3 78,2 81,3 83,9 84,1 83,1 185 CM 72,1 74,4 77,1 80,3 83,1 84,8 86,7 85,2 188 CM 74,4 76,3 78,9 82,5 85,3 87,1 88,2 87,5 191 CM 76,6 78,2 80,7 84,3 87,5 89,5 90,2 89,8 Langston

VOCÊ E O POVO

Quando se trabalha com um indivíduo, fique certo que você está na presença do produto mais precioso da natureza, o objeto mais mimoso de Deus. É um homem uma complicada estrutura, que você jamais conhecerá bem. Realmente, você não conhecerá bem nem mesmo sua esposa e seus filhos. Nem a você mesmo entenderá muitas vezes. Seu trabalho neste mundo não consiste apenas em entender as pessoas. Isto é fundamental, acudi-las nas necessidades espirituais e encaminhá-las para salvação pessoal. Toda pessoa deve ser importante para você. Pode alguém não querer sua simpatia e até repeti-la. Todavia, é necessário saber que de Deus ele é sempre amado. Por ele Deus deu seu filho, seu único Filho. Deus não faz acepção de pessoas. Ele as quer tais como são, boas ou más. Temos inimigos por toda parte, inimigos gratuitos, que ignoramos, O homem é uma ilha cercada de maldades por todos os lados. O diabo é o chefe desse clã de adversários que nos atacam sorrateiramente. É seu programa, desanimar, retardar a obra de Deus e encobrir Jesus aos olhos do mundo. É variado e numeroso o seu arsenal de armas de combate, e estão todos os artefatos de destruição ao seu alcance. Ele converteu o homem em num inimigo de sua própria alma. Use muita paciência com todos. É grande o perigo que correm, nessa luta com o diabo. Ninguém está irremediavelmente perdido. Quem passasse ao pé da cruz naquela hora de dores e blasfêmias do ladrão crucificado ao lado de Cristo estaria longe de supor que alguém seria salvo, nada obstante sua vida e suas obras passadas. Aquele pedido. “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino” foi decisivo, e obteve resposta imediata: “Em verdade digo que hoje estarás comigo no Paraíso”. Teria sido erro pensar-se que não haveria mais oportunidade para aquele homem naquelas circunstancias. Todavia, foi salvo. Pense na samaritana. Veio buscar água para um dia e achou Aquele que mana para a eternidade. Um instante apenas dialogou ela com o maior dos mestres, e ali a bordo do poço de Jacó, abandonou seu cântaro e sai a buscar almas para Deus. Tudo isso, porque falou com Jesus. Essa foi à diferença entre o antes e o depois na vida da mulher samaritana. Se tivesse em seus planos edificar ali um templo a Deus, certamente não seria com aquela mulher que você iria contar para dar-lhe ajuda na construção e vir a ser parte da igreja que você organizara. Jesus, porém, viu onde você certamente desprezaria. É sempre assim. O obreiro deve ser homem preparado em relações humanas. É conhecimento indispensável a quem vive entre grupos humanos. Valha-se, por outro lado, da experiência dos velhos pastores. Esses já passaram pelo caminho em que você vai agora tateando. Saiba guardar segredos e confidências que recolher no exercitar o seu ofício pastoral. Não comente com os outros a vida alheia. Não fale mal de ninguém. Pastores maledicentes morrem de morte para seu rebanho. Em Provérbios, 18.21 diz “A morte e a vida estarão no poder da língua; e aquele que ama comerá de seu fruto. Em Provérbios 21:23 mais isto:” “O que guarda sua boca e a sua língua, guarda das angústias a sua alma. Em Tiago 1:26, é esta a sentença: “Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. Evite, quanto puder, a popularidade. Seja agradável, respeitado e, se possível, admirado. Mas popular, não. “Ai daquele de quem todos falam bem”. Na popularidade há algo errado. Poderá você, por amor a ela, transigir com suas convicções, omitir-se, comprometer-se. Os jovens o estimarão e terão entusiasmo por você, desde que você feche os olhos aos erros e desvios deles. Não faça troca de seus dons espirituais com o mundo. Conserve-os a despeito de tudo. Não há privilégio maior do que ser evangélico. Nenhuma honraria humana é equivalente a Ele. Se alguém apelar para você numa emergência qualquer, não lhe fuja: acolha-o com carinho. Mostre-se amistoso com quando encontrar. Sorria, mesmo que lhe custe bastante. Conserve zelosamente seu crédito. Não esqueça os idosos. De regra, estão sozinhos e sentem a solidão. Há um frio interior no idoso, que só a companhia aquece. Ouça-os pacientemente. Se lhe contarem uma história já conhecida, mostre-se satisfeito por ouvi-la. Dê atenção às mulheres idosas. Um dedo de prosa, algumas amabilidades, um gracejo oportuno são coisas de importância para elas. Faça isso. Poucas pessoas têm tempo para os velhos. As crianças, dêem-lhe um pouco de seu tempo. Não basta ser tão ocupado, que não possa acariciar a cabeça ou rosto de uma criança. O amor da criança é genuíno. Nele não há hipocrisia. Também encontrará inimigos pelo caminho. Eles, mentido, falarão mal de você. Poucos pastores não experientes procurarão desmascarar tais mentiras. Deixe com Deus a solução desses problemas. Você é um pregador. É servo de Deus. Você está trabalhando para Aquele que é capaz de fazer o que para você é difícil ou impossível. Pode chegar ocasião quando você será compelido a deixar sua igreja por causa da oposição de algum indivíduo ou de algum grupo dela. Isso tem acontecido a muitos pastores. Se isso acontecer, saiba que deve manter a cabeça fria e quente o coração. Não deixe nunca uma igreja como se fosse um mártir. Procure ser um curador de almas, mesmo quando saia do púlpito e vá para a porta da igreja pela última vez. Esforce-se por não deixar o povo de sua igreja brigar entre si. Estanque o sangue, feche as feridas, ainda que já esteja arrumando as malas para partir. Tanto quanto possa, deixe sólida base para o obreiro que vier depois de você. Simplifique as coisas para ele. Isso honrará a Deus e terá bênção para seu coração. Ame sua igreja como congregação, e a seu povo, como indivíduo. Deixe que eles saibam como você os ama. Faça-lhes saber que são importantes para você e que sem eles seu trabalho nada será. Isto é uma realidade. Eles precisam de você e você deles. Se alguma hora sentir que errou em seu ministério, declare-o sem constrangimento perante a igreja. Isso é como engolir novamente o que se falou. Mas todos os admirarão por sua coragem. Quando se está errado, o que se tem a fazer é emendar-se, começar tudo de novo.

O OBREIRO E SUAS EMOÇÕES Quando o homem está debaixo de forte tensões e emoções, tais como medo, o orgulho, a exaltação, a ira, a ansiedade, saberá que se está abeirando da mais perigosa zona da vida, pelo que deve proceder com a máxima cautela. Muito erro comete impulsivamente, quando deixamos dominar pela emoção ou quando tomamos uma decisão sem antes refletir maduramente. Há cicatrizes no ministério que não teriam existido se tivéssemos sabido esperar pelo dia seguinte para responder ou para agir. Havendo dúvidas quanto ao modo de agir, o ministro de Deus deverá suspender seu julgamento até que esteja em condições de deliberar serenamente. É surpreendente o que um momento de oração ou uma noite de sono pode fazer em relações em sua opinião. Uma hora de exaltação pode esconder sérios perigos para o pensamento de um homem. De modo geral, não é prudente tomarem-se a decisões ou assumirem-se compromissos sérios quando as emoções estão em maré alta. Quando as ondas de desejo ou da exaltação estiverem predominando, não é seguro o julgamento que, em tais momentos, se vem a fazer. É melhor esperar por uma hora oportuna para falar ou fazer alguma coisa.

O OBREIRO E AS MULHERES

Nenhuma outra porção do trabalho do obreiro é mais importante do que suas relações com mundo feminino. O obreiro deve aprender como lidar com as mulheres. Já que há mais mulheres do que homens no mundo, assim também, nas congregações aproximadamente 60% são formadas pelas mulheres, deve o obreiro pensar que tanto estará em contato com elas e com eles. Grande parte dos trabalhos feitos para Deus são realizados por mulheres. São elas indispensáveis para o seu ministério, seu êxito e sua felicidade. Não há ternura igual a do coração de uma boa mulher, como não há fidelidade que exceda à sua. Por outro lado, não há maior perigo na vida dum obreiro do que o que advém o mundo feminino. Os incrédulos têm opinião pessimista sobre a relação entre o obreiro e a mulher, duvidam das intenções do obreiro e, a esse respeito se exprimem com ditos maliciosos. Por isso, sabendo que é assim, ele deve precaver-se, cuida de seus lábios, sua mente e seu olhos, sem esquecer de cuidar das mãos. É que muitos, por serem afetuosos, gostam de expressar-se pelo contato. Não é extraordinário ver-se um obreiro dar palminhas nas costa, abraçar ou apertar prolongadamente as mãos de alguém. E o povo gosta disso. Essas coisas entre pessoas de boa índole não cabem, com as mulheres. Aprenda o obreiro iniciante a guardar suas mãos de mulheres. Que lhes aperte a mão ao cumprimentá-la, mas seja breve. Nessas coisas deve agir com prudência. O obreiro leviano prejudica sua própria influência e os demais pastores. Nenhuma delas quer criar problemas para o seu obreiro. Muitas mulheres virão até junto ao obreiro buscar ajuda, conselhos e encorajamentos e até correção. Neste caso, quando sempre que possível, convoque sua esposa para estar junto, procedendo prudentemente sairá da aparência do mal. Poderá ocorrer que, nessa conversação, a mulher se comova e chore. O obreiro, apiedado com a dor de sua interlocutora, pode sentir-se tentado a sair de sua cadeira, sentar-se-lhe ao lado e por-lhe a mão no ombro, tudo por compaixão, procurando consolá-la. Assim procedendo, se estiver acompanhado de sua digníssima esposa, não cairá numa armadilha satânica. Ponha atento o obreiro no visitar mulheres em suas casas, aconselha que tais visitas sejam acompanhadas de sua esposa. Não deve também o obreiro cultivar o hábito de visitar uma casa em particular. Sabendo o obreiro que certo membro de sua congregação, ficou doente e acamado por muitos dias. Passou a visitá-lo ajudando a família diariamente. Foi muito útil sua presença naquela casa. A esposa deste, pois a recebê-lo, entretanto suas relações foram muitos familiares. Não demorou muito, isso deu margem ao diz-que-diz de vizinhos. Veio a notícia à igreja, cujos membros duvidaram em opiniões a respeito do fato. Cresceu o murmúrio, o nome da mulher foi enxovalhado. Só houve uma saída para o obreiro: exonerar-se. O obreiro protestava inocência em sua atenção. Era de crer que ele estivesse inocente. Foi, porém, imprudente. Deu causa a maledicência. O diabo não poderia perder tão excelente oportunidade para uma das suas. Pela nobreza da vocação e pela alteza da causa de Deus que o chama, seja prudente como as serpentes e simples como a as pombas. Alguma vez encontrará mulheres que têm fraco por prega-dores. Geralmente são mulheres com pouca estabilidade emocional. São elas perigosas como serpentes. Algumas, embora poucas vêem o obreiro como um herói. Ele é figura pública, fala bem, e isso é atrativo para muitas mulheres, que se sentem atraídas por ele. Haverá daquelas que inventarão razões para conversar, procurar conselhos sobre as coisas mais corriqueiras, como por exemplo, os alimentos, qual o melhor café e assim por diante. Em nenhuma hipótese deverá falar com uma mulher sozinha no seu carro ou no dela pôr cautela. Pode parecer que, quando o obreiro se vê envolvido em escândalo com mulheres, foi ele quem docilmente se deixou cair. Estivesse ele em oração, estivesse ele no pleno uso de seu bom senso, que Deus lhe deu, possivelmente teria evitado a hora má e ruinosa.

OBREIRO E SEU CORAÇÃO

O flagelo do mundo é a doença do coração Não é física a de que sabemos, senão aquela de Jeremias falou em sua profecia: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?” (Jr. 17:9). Terrível declaração é essa. Ele está dizendo que o coração é mais enganoso que tudo. Em outras palavras, nenhuma coisa entre os homens, na terra, é tão ardilosa, tão sutil, tão escorregadia quando o coração humano. Partindo dessa premissa deve guardar seu coração, sem tosquenejar nessa vigília. Se não ficar atento pode ser destruído pelo seu coração. Tais palavras de Jeremias se aplicam também aos salvos. Que é afinal o coração do homem salvo? É lembrar que, ainda mesmo depois de salvo, tem o homem de viver inteiramente na mesma carne. Deus através do apóstolo Paulo aos Romanos nos diz: “…a carne sempre haverá de manifestar-se, perseguir, atrapalhar e afligir o homem…” Mesmo depois de salvo, as más inclinações não deixam o homem. Não passará um dia sequer sem que ele tenha algum tipo de problema com a sua natureza, assim será até chegar ao seu lar celestial. O coração do obreiro é igual ao dos outros homens. Deve ele vigiá-lo como a uma serpente. Que perigos pode haver no ministério sagrado?: a) vaidade ou do orgulho. É fácil, mesmo ao homem de Deus, sentir-se orgulhoso e ter de si mesmo uma opinião exaltada. Podem até afirmar que é o segundo Billy Graham, pode até haver sinceridade nesses elogios, mas o melhor é não lhes dar muito crédito, porque neles pode haver erros. Se acreditar elogios prematuros pode vir a ser infeliz na carreira. b) Negligência. Se o obreiro não for cauteloso e não acordar o diabo, este o deixará em paz por muito tempo. O diabo gosta muito do obreiro dorminhoco, de uma igreja sonolenta, para não perturbá-los. Em II Sm 11, o rei Davi descansou de seu trabalho, afrouxou sua responsabilidade. Estava à vontade em Sião. Pensava que tudo está controlado por ele. Tinha derrotado os sírios e estava confiante em que Joabe e seus valentes guerreiros poderiam levar a vencer os homem de Amom e Rabá. Era, pois, de crer que Davi tinha tudo sob suas mãos, menos o seu próprio e enganoso co-ração. Certamente você conhece a história do adultério e ao homicídio. Vinte anos depois ainda chorava e recolhia frutos apodrecidos dos seus erros. Ouviu os insultos de seu povo, chorou a desgraça de um filho. Foi dura a lição que Davi teve de aprender. Melhor lhe fora ter morrido no mesmo dia em que decidiu descansar em seu palácio, em lugar de levar ele mesmo seus soldados à batalha. c) Ciúme – O único remédio para o coração do homem dessa doença, é consagrar-se completamente a Cristo. d) Liberdade e Tolerância ao erro – Quando um obreiro chega a ser liberal e tolerante, deve pensar que chegou a hora de reexaminar-se. Salomão foi tolerante e liberal no fim da sua vida. Isso trouxe a ele e ao povo de Israel tamanha tristeza. Se mirado com mulheres pagãs, que reclamaram altares nos palácios, para ali poderem adorar seus deuses. Salomão assistiu tolerante-mente em que esses altares fossem erguidos. Com isso, ele traiu a Deus, volveu as costas ao Deus vivo e verdadeiro, que tantas vezes o ajudara e o fortalecera. O obreiro deve cuidar-se, permanecer em atitude de oração. Não há tempo algum em que posso deixar de guardar o meu coração e conservar a pureza.

O OBREIRO E PÚLPITO

O púlpito é lugar sagrado. Nenhum outro lugar envolve maiores responsabilidades do que o púlpito numa igreja evangélica. Só deveriam ocupá-lo homens puros, diferentes dos do mundo, homens cujas vidas se pautassem por idéias nobres. O púlpito pertence às rédeas de Deus. O caminho por onde se levam almas a Deus. Em nossas igrejas há crentes imaturos, egoístas, sentem medo, apreensivos, desanimados. Porque os pastores não estão entregando mensagens apropriadas às necessidades do povo. Muitos chegam ao púlpito sem preparação conveniente, sem inspiração. Muitos procurarão justificar-se, alegando falta de tempo para o preparo de sua mensagem. Se o homem não agarrar o tempo, este realmente nunca lhe chegará. Todo obreiro tem o dever de estudar, orar, organizar sua prédica de modo que ela tenha valor para os ouvintes, que tem fome no coração: fome do evangelho, fome da palavra de Deus. O cristianismo não constitui só em não beber, em não jogar, em não fumar, não faça isso ou aquilo. É mais que isso. Naturalmente, o obreiro que é fiel irá insistir nos perigos do inferno, mas sem se esquecer de apontar ao povo os esplendores do céu. Ao homem mau, de certo se lhe dirá, que terá de dar contas a Deus no dia do julgamento final. Mas que também se diga ao justo que haverá recompensas a esperas daqueles que se mantiverem fiéis a Cristo nesta vida. Há que se dizer que o mesmo Deus que abala a terra com estrondo e risca os espaços celestes com relâmpagos, também estende no céu a suavidade do arco-íris. Nunca deve o pregador deixar o púlpito sem mostrar, aos que submetem e se humilham, o arco da aliança de Deus com os homens. Suponhamos que você pregador, em suas próprias meditações, entendeu que deve pregar um evangelho ousado, pregar a palavra de Deus com intrepidez. Por isso esteve de joelhos, em oração. Agora, sente que está preparado para pagar o preço de sua resolução.

Haja cuidado Não pense que você é espiritualmente superior aos demais colegas. Não se permita pensar que é o único a pregar o evangelho da verdade, o único fiel à bíblia, o único que tem suficiente coragem, o único obreiro que prega mensagens positivas. Se há falsos profetas no mundo, se há muitos anticristos, pregadores, evangelistas e pastores mercenários, e, por outro lado, há também os que trabalham sinceramente para a divulgação das grandes e fundamentais verdades do evangelho, lutando para maior glória de Deus.

Insista em dizer ao povo que Deus o ama, que Deus lhe quer dar salvação e eterna esperança. Apresente-lhe o salvador dorido e ensangüentado e diga-lhe que só nele está a solução para seus problemas da alma. Quando você estiver atuando assim, esteja certo de que foi fiel a vocação de Deus. Não faça do púlpito doutrina de acusação contra pessoas individualmente. Seria impertinência e até covardia de sua parte. Quando for o caso, fale pessoalmente, em separado, com a pessoa que precisa ser advertida. Ser , assim mais útil, mais discreto. Nada se ganha humilhar alguém pessoalmente, principalmente do púlpito. O bom ou mau êxito do pregador depende da observância dessa espontaneidade e naturalidade. Há muitos “chavões” nas pregações dos pastores modernos. Pregadores que foram treinados em como gesticular, modular a voz, fazer os gestos com uma ou com ambas as mãos. Seja natural, seja você mesmo, não tente imitar ninguém, somente a Cristo. É possível que algum crítico não goste de seu modo. Há muitas críticas a certos pregadores que gritam, que clamam veemente no púlpito. Não tenha medo de mostrar emoção, quando ela ocorrer durante a pregação. As lágrimas, em tais casos, revelam o sentimento de que está o pregador possuído. A adoração verdadeira, é tarefa do coração e não da razão. Se a mensagem não alcançar o coração do homem é de duvidar se ele o ajudou em alguma coisa.Quando o pregador leva o seu auditório ao lado das emoções. O fruto dessa mensagem fica apenas superficial no seu coração. Mas quando o pregador leva seu auditório para lado da razão, do por que abandonar o pecado, os frutos dessa pregação ficam enraizados no seu coração. Porque é a palavra que convence o pecador do erro, e não a emoção passageira.

O OBREIRO E SUA FAMÍLIA

Algumas esposas de pastores, têm tamanha carga de deveres como a de um ministro de Deus. Tem ela de sofrer dificuldades que outras não têm, nem nunca terão. E apesar de tudo, deve manter um rosto sempre alegre e sereno, de modo que seu semblante não revele as incontáveis preocupações de sua alma. Ninguém conhece o obreiro como o conhece sua esposa. É que ela o vê tal como é, na intimidade do lar, podendo ali vê-lo em seus piores momentos. Lá fora, em contato com seu povo, tem o obreiro de sorrir, confortar, orar e procurar atender as necessidades de cada um. Mas em casa ele deve ser natural, já não precisa manter aquela aparência convencional de quem convive com terceiros e se tornou seu guia. Sua família é co-responsável nas tarefas de seu ministério. É sócia na esplêndida e maravilhosa pesca de almas para Deus. Há valores materiais eternos envolvidos no trabalho que juntos desenvolvem. É dever do obreiro prestigiar sua esposa e família, perante seu povo. Uma palavra discreta de louvor a ela, dita no púlpito, valerá um salário moral, que a compensará de suas fadigas e seu desprendimento. O tratamento que o obreiro tem de dispensar à sua família em público e em particular é honroso, amável e humano. É belo o cavalheirismo do obreiro para com sua esposa, ora dando-lhe a mão na travessia de uma rua, ora abrindo-lhe a porta, ora cedendo-lhe a vez numa entrada, cortesias que lhe aceitam bem, a envaidecem a femininamente. Seja cavalheiro com sua mulher obreiro. Será um exemplo para os homens e jovens de sua igreja. Os filhos do obreiro merecem e exigem boa parte do tempo do pai e uma especial atenção. Seus filhos têm as mesmas necessidades das outras crianças de seu grupo e de sua idade. O povo mantém idéia muito formalista dos filhos do obreiro, exige das crianças comportamento de adulto.

OBREIRO E SEU DINHEIRO

Muito cedo o obreiro descobre no seu trabalho os problemas financeiros são seus grandes estorvos. Poucos aprendem a viver dentro do seu orçamento. As finanças do obreiro são um ponto para que muitos olham. Há quem pense que trabalho por dinheiro e que seu único interesse está nas vantagens que possa auferir. Muitos pastores assembleianos, não recebem nenhuma remuneração pelos serviços prestados. Vivem porém do seu trabalho secular. Há porém os que são remuneramos, empregando todo o seu tempo na vida ministerial. Estes, porém, por vias de regra, são pastores de campo, onde o número de congregações filiadas a este campo, exige dele o tempo integral. Há aquele que é averbado de avarento entra logo em dificuldades e aborrecimento com o seu meio. Neste caso, ele vive constantemente pressionado por problemas financeiros. Esteja sempre pronto a pagar pequenas despesas, antes que outrem o faça. O povo facilmente da conta disso e, se essa fama se espalhar, sua obra ficará prejudicada.

A ÉTICA NAS RELAÇÕES ECLESIÁSTICAS 1-EM RELAÇÃO A DENOMINAÇÃO

1a) Uma vez que tenha abraçado a denominação a que pertence, deve o obreiro manter-se leal a ela ou cortar relações se em boa consciência nela não poder permanecer (Rm 14.22)

1b) O obreiro jamais deve criticar a sua denominação, e, se assim desejar fazê-lo, use a tribuna convencional e nunca ir a juízo contra qualquer irmão (I Co 6.1-9).

1c) O obreiro deve esforçar-se por promover o desenvolvimento de sua denominação, honrando-a com o seu próprio testemunho e auxiliando-a nas grandes realizações. (At 2.41-47).

1d) O obreiro deve conhecer a História de sua denominação, não só no Brasil como suas origens no exterior, manter-se informado como funciona e extrair lições dos que fizeram a história.

2-EM RELAÇÃO À CONVENÇÃO

2a) O obreiro deve ser filiado à Convenção do Estado onde reside, de sua preferência, sujeitando-se às normas regimentais estabelecidas, bem assim como conhecer a origem e a história de sua Convenção.

2b) O obreiro deve estender as “tendas” de sua congregação, no campo que trabalha, sem que isto signifique contenda entre irmãos, mas dentro do espírito de entendimento cristão (Rm 15.20,21; Gn 13.6-12; IPe 5.2,3).

2c) O obreiro deve, ao participar de assembléias convencionais, usar a linguagem cristã ao referir-se aos demais companheiros, respeitando sempre seus pontos de vista, embora, aos seus olhos, limitados (Rm 15.1,2; Ef 4.2; Cl 3.13).

2d) O obreiro deve confiar na soberana vontade de Deus na indicação de seu nome para exercer uma função de comando na Convenção, sem que isto represente manobras políticas para obter posição ou manter-se no cargo denominacional (I Co 10.23; 8.9).

2e) Deve o obreiro, ao apresentar um ou mais candidatos para serem ordenados ao Ministério, considerar os seguintes aspectos relevantes na escolha dos futuros ministros: 2e1-Que o candidato tenha tipo conversão inequívoca e não seja neófito (At 9.15-22; Jo 3.3, 6;ITm 3.6). 2e2-Que o candidato seja batizado com o Espírito Santo. (At 2.4; 4.8-13; Mt 3.11; ICo 14.2). 2e3-Que o candidato seja, preferentemente, casado, governe, e tenha uma vida irrepreensível no trabalho e na sociedade (I Tm 3.2,4,7; Cl 4.5; ITs 4.12). 2e4-Que o candidato seja vocacionado para a obra do ministério, porque a “função não habilitada o homem, mas o homem é quem dever ser habilitado para a função” (At 9.15; IITm 2.9; 3.10,11,14). 2e5-Nunca se deve o obreiro apresentar um candidato para ordenação como recompensa, ou sob o aspecto protecionista, ou pela aparência, ou pela riqueza, sem que seja vocacionado para o exercício da função. 2e6-O compromisso afirmado seja sempre de obedecer aos Estatutos e Regimento Interno, da Igreja e da Convenção, bem como acatar com humildade as observações e as restrições disciplinares da Igreja, do Ministério Geral a que esteja filiado, e das Convenções filiadas.

3-EM RELAÇÃO AO ANTECESSOR

3.a) O obreiro que deixa o pastorado da igreja, por motivos cristãs, deve ser alvo de honra e crédito de seu sucessor.

3.b) O obreiro que assume o pastorado de uma igreja dever ser prudente nas mudanças de estilo deixado pelo seu antecessor.

3.c) Sempre que possível, o sucessor de um pastorado da igreja deve dar continuidade aos projetos iniciados pelo seu antecessor.

3.d) O obreiro que assume o pastorado da igreja jamais fará comentários desairosos a respeito de seu antecessor e do seu trabalho executado durante o período em que serviu a igreja.

4-EM RELAÇÃO AO SUCESSOR

4.a) O obreiro deve cuidar para que a passagem do pastorado da igreja, a seu sucessor, seja com inteira lisura e a mais transparente possível.

4.b) O obreiro que deixa o pastorado deve entregar todos os bens da igreja, através de relatório completo, ao seu sucessor, bem como lhe dar ciência do que existe em andamento (Mt.25.14,15)

4.c) O obreiro que deixa o pastorado evidenciará sua humildade em Cristo assistindo ao culto de posse de seu sucessor, ocasião em que receberá as justas homenagens. Excetuam-se os casos em que o afastamento deveu-se por pecado.

5-EM RELAÇÃO AOS COLEGAS

5.a) Zelar pela reputação dos seus colegas quando ela se baseia num caráter bom, por ser uma das coisas mais preciosas que se possui, e não permitir comentários desabonadores a seu respeito (Jo 15.17; ITs 4.9).

5.b) Só aceitar convite para pregar em outra igreja quando formulado pelo obreiro ou seu substituto legal, respeitando os princípios éticos e bíblicos.

5.c) Cultivar junto aos colegas o hábito da franqueza, da bondade, da lealdade e da cooperação (Rm 12.9,17; ICo 3.9; I Ts 4.12).

5.d) Não interferir nos assuntos da igreja de um colega ou exercer o proselitismo entre seus membros e muito menos abrir trabalho nas áreas imediatas à sua igreja, lembrando-se de que o campo é o mundo e não as igrejas dos outros (Rm. 15.20).

5.e) Não aceitar convites para realizar casamento ou outra cerimônia na igreja do colega, ou de membros de sua igreja, sem seu prévio consentimento.

5.f) Ter um alto sentimento de consideração, honra, estima e respeito pelos colegas mais idosos ou jubilados, especial-mente para com os que fizeram e fazem a história da denominação (Rm 12.10; 13.7; Fp 2.29; ICo 12.23; Fm 9).

5.g) Ao deixar o pastorado de uma igreja, deve evitar, tanto quanto possível, participar dos seus trabalhos, a fim de não constranger o seu substituto e não impedi-lo de tomar as providências indispensáveis ao desenvolvimento da obra (ICo 3.6,7).

5.h) Perdoar ao colega ofensor, mesmo que lhe seja direito exigir justificativa daquele que o ofendeu, eliminando o ressentimento resultante da ofensa e reatando as relações fraternais que existiam antes do ato ofensivo (Mt 6.12; If 4.32; Mc 11.25,26; Cl 2.13; Pv 18.19).

5.I) Não entrar em juízo contra um colega de ministério nem contender com ele em Convenção, induzindo outros a uma acirrada represália, quando o sentimento da própria dignidade foi atingido ou desejar evidenciar o prazer da supremacia (I Co 6.1-5).

O CAMINHO PRINCIPAL DO OBREIRO

Ao Obreiro cabe servir a Deus, ser verdadeiro para com Ele. Deve permanecer no seu lugar, lendo sua Palavra, amando-a e por ele vivendo. Seu posto é na torre de vigia, pregando a mensagem de Deus. Muitos dão atenção ao que você disser. Muitos vão se arrepender, outros, não. Mas isso é com Deus. Muitos entenderão a urgência de sua palavra. O Espírito Santo lhes tocará nos co-rações, aceitarão a Cristo como seu Redentor. Muitos preocupados, frustrados, derrotados, doentes, apegar-se-ão à sua mensagem e sairão depois do culto possuídos de novo vigor no coração, levando estampando no rosto a confiança de alguma certeza. Parte da semente cairá na estrada, algumas delas serão abafadas pelos espinhos. Nem todas, porém, algumas cairão em corações esperançosos e crescerão, darão frutos para vida eterna.

BÍBLIOGRAFIA:

· R.N. Champlin – Enciclopédia – Bíblia Teologia e Filosofia – Hagnos.

· Croce, José Elias – Ética Cristã – Betel. · Geisler, Norman L. – Ética Cristã –Vida Nova.

· Gomes, Elizabeth – Ética nas Pequenas Coisas – Vida.

· Bíblia de Aplicação Pessoal – CPAD.

DÍZIMOS E OFERTAS

DÍZIMOS E OFERTAS

TEXTO BÁSICO: Malaquias 3:10

Breve Introdução

O desejo do coração de Deus, é que, nós, como seus filhos e mordomos aqui na Terra sejamos abençoados e que haja suprimento na Casa do Senhor.
Sendo assim, podemos crer que há uma profunda verdade nas Escrituras quando afirma que : ” … todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão … e … o Senhor mandará que a bênção esteja contigo !… ” Deuteronômio 28:2-8.
Dentro da visão bíblica, opera um princípio de semeadura e ceifa, onde plantamos para. E desta forma, sob o aspecto do Dízimo e das Ofertas, plantaremos para colher resultados dentro de nossa particularidade de vida e também frutos para o Reino de Deus. Também como filhos de Deus, devemos ter um novo sistema de valores. ( Colossenses 3:1-2 ).

I – QUAL O SIGNIFICADO DO DÍZIMO

A Palavra dízimo significa ” a décima parte “, e dentro do aspecto bíblico ” a décima parte das rendas consagradas ao Senhor “.
Ao lermos a Bíblia com atenção verificamos que desde os tempos antigos havia esta prática.
Abraão ao regressar da vitória alcançada sobre os reis confederados, deu a Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus, o dízimo de tudo o que possuía. ( Gênesis 14:20 ).
Outro caso registrado pela Bíblia quanto a prática do dízimo está na pessoa de Jacó, que prometeu oferecer ao Senhor o dízimo de todas as coisas que lhe concedesse ( Gênesis 28:22 ).


No Novo Testamento em Marcos 14:41-44, encontramos narrado um acontecimento do Ministério de Jesus aqui na Terra : ele se assenta no templo, defronte do cofre das ofertas e observa como as pessoas lançavam o dinheiro na cofre, como as pessoas entregavam o dízimo e as ofertas.
Podemos concluir que o dízimo é uma entrega ao Senhor, da décima parte daquilo que recebemos como renda, como forma de gratidão, por tudo o que temos alcançado aqui na Terra e junto disto cooperarmos para a expansão da Igreja no que diz respeito a seus investimentos.

II – A ORIGEM DO DÍZIMO

A Lei Mosaica mandava separar o dízimo dos frutos e ao gados para o Senhor. ( Levítico 27 ).
Todos estes dízimos deveriam ser postos nas mãos dos Levitas em posse pelo ministério em que eles serviam no tabernáculo do concerto.
Ordenava a Lei que os levitas dessem ao Senhor o dízimo dos dízimos recebidos do povo Israel, podendo livremente utilizar-se do que restava.
O Senhor Deus em sua infinita sabedoria, supria assim as necessidades de seus servos, ou seja, tanto a nação, quando o ministério sacerdotal.
Observe um detalhe, quando todos entregavam seus Dízimos ou suas Ofertas, o ministério sacerdotal que não possuía terras, era suprido, e ao mesmo tempo Deus abençoava o povo, enviando a chuva no tempo certo, não permitindo que o sol queimasse a plantação, etc.
E desta forma todos eram beneficiados em dizimar e ofertar, e em permanecer nesta prática abençoadora.

III – QUAL O SIGNIFICADO DAS OFERTAS

As ofertas que faziam a Deus, eram de várias espécies desde o berço da humanidade. No Antigo Testamento encontra-se a notícia de serem oferecidos vegetais, Gênesis 4:3, das primícias dos rebanhos, Gênesis 4:4, dos holocaustos, Gênesis 8:20, dos Manjares consagrados, Gênesis 31:54, das libações de vinho e de azeite, Gênesis 35:14. As grandes nações da antigüidade tinham seus rituais bem elaborados, regulando os atos sacrificiais, notadamente os babilônicos e os egípcios, muito tempo antes de Moisés.
As várias espécies de ofertas em honra de Jeová constituíam uma feição característica do culto israelita. Larga informação sobre este assunto encontra-se nos primeiros sete capítulos do livro de Levítico em outros lugares das Escrituras. Havia duas classes de ofertas :

1º Públicas
2º Particulares.


Conforme se faziam pela nação, ou pelos indivíduos, consistindo em libações, vegetais e manjares, e de animais ou sacrifícios. O derramamento de sangue devia acompanhar todas as ofertas de acordo com a Lei do Senhor Jeová.
Sem isso não havia remissão de pecados.
Podemos compreender que as ofertas apontam para uma particularidade do homem em relação a Deus. Tendo em vista, a consideração acima, ou seja, em momentos especiais ou de caráter emergencial ofereciam – se ofertas ao Senhor, como forma de gratidão, ou até mesmo em cumprimento a um voto feito ao Senhor.

IV – QUAL O PROPÓSITO DO DÍZIMO E DAS OFERTAS HOJE NA IGREJA

a . Suprir as necessidades da Igreja.
O amor de Deus se manifesta em dar :
” Ele nos deu Jesus Cristo ” ( Romanos 5:8 – II Coríntios 8:9 ).

b . Suprir as necessidades de outros.
( Romanos 12:13 – Salmos 37:12 – Efésios 4:28 ).

c . Sustentar o Ministério de Deus no mundo.
Suprir as necessidades do Corpo de Cristo e expandir o Reino de Deus ( I Coríntios 16:2 – Romanos 15:24 ).

V – O PADRÃO BÍBLICO PARA A ENTREGA DO DÍZIMO E DAS OFERTAS.

Nós devemos tornar uma postura de contribuir, regularmente, para o sustento da causa de Cristo no mundo.
A contribuição é uma graça que Deus nos dá ( II Coríntios 8:1 ). Quando entregamos nosso dízimo que é do Senhor e não nosso e as ofertas ( em forma de gratidão ) na casa do Senhor, estamos exaltando o Senhorio de Cristo em nossas vidas ( II Coríntios 8:5 ).


A contribuição deve ser :

Alegremente – II Coríntios 8:2 e 9:7.
Voluntariamente – II Coríntios 8:3.
Prontamente – II Coríntios 8:11
Generosamente – II Coríntios 8:20
Não com avareza – II Coríntios 9:5.
Não com tristeza – II Coríntios 9:7.

O ensino do Novo Testamento é que toda a nossa vida, bens e dinheiro pertencem ao Senhor Jesus : é nós como mordamos, devemos ter essa consciência diante Dele.
Ele nos comprou totalmente com Seu sangue. Portanto, tudo é Dele e para Ele ( I Coríntios 6:19-20 ).

CONCLUSÃO

Lembre-se que o dinheiro é uma bênção de Deus na proporção em que é livremente dado e não acumulado.
Uma das finalidades do dinheiro é transformar vidas, transferir valores materiais para valores eternos. Foi por este motivo que Deus instituiu a entrega do Dízimo e das Ofertas, para que esta prática seja real em cada Igreja em cada ministério.

CURIOSIDADES

Culturais

– No ano de 1925, o inverno foi tão frio no Canadá que as águas das cataratas do Niagara ficaram completamente congeladas.

– Hoje, existem mais de 2.700 idiomas falados em todo o mundo e mais de 7.000 dialectos. Só na Indonésia falam-se 365 línguas diferentes. Em África existem mais de 1.000 idiomas.

– Os cavalos da Idade Média tinham de ser capazes de transportar até 400 Kg. Isto incluía o cavaleiro, a armadura do cavaleiro, a sela e a própria armadura do cavalo.

– O planeta Júpiter é duas vezes maior do que todos os outros planetas, satélites, asteróides e cometas do nosso Sistema Solar juntos.

A Mãe mais jovem foi Lina Medina, que deu à luz um bebé (cesariana) com 2,9 Kg de peso em Lima no Perú em 1939. Lina tinha apenas 5 anos e 7 meses quando a criança nasceu.

– O número de raios que caem na Terra anualmente é de 3 bilhões. A cada segundo caem 8 raios em qualquer lugar da Terra, por dia, são mais de 8 milhões.

– O ácido hidroclorídrico presente no estômago é tão corrosivo que poderia deixar marcas na chapa de um automóvel.

– Em 1940, quando foi reeleito pela terceira vez, o presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt recebeu a carta de um menino cubano que o cumprimentava e lhe pedia, como lembrança, uma nota autografada de 10 dólares. O menino chamava-se… Fidel Castro. O próprio.

– A universidade mais antiga do mundo, ainda em funcionamento, é a de Karueein, Marrocos, fundada em 859. Na Europa, a precedência é da Universidade de Bolonha, criada em 1088. Na América Latina, a primazia cabe à Universidade de São Tomaz de Aquino, instituída em São Domingos por uma bula do papa Paulo III, em 1538.

– O maior peixe do planeta é o Tubarão Baleia. Pesa perto de 20 toneladas e tem 12 m de comprimento

– Toda a gente pensa que o espinafre tem muito Ferro e que nos faz mais fortes. Na realidade, o espinafre tem tanto Ferro como qualquer outro vegetal. Em 1950, um nutricionista enganou-se a quantificar a quantidade de Ferro nos espinafres, sugerindo que eles teriam 10 vezes mais Ferro do que realmente têm.

– O nosso estômago tem de produzir uma nova camada de muco de 2 em 2 semanas. Caso contrário digeria-se a ele próprio.

– Tanto a escrita chinesa como a japonesa são feitas de cima para baixo e da direita para esquerda. As duas são bastante complexas, em especial a da língua japonesa. Ela possui três alfabetos: o hiragama, o katakana e o kanji.

– O Banco de Vernal em Utah, EUA, é o único banco do mundo que foi construído totalmente com tijolos enviados por correio. Em 1919 os construtores aperceberam-se que era mais barato enviar os tijolos por correio (6 por embalagem) do que por camião desde Salt Lake City.

– O nome completo da cidade de Los Angeles é: “El Pueblo de Nuestra Señora La Reina de Los Angeles de Porciuncula”. Este nome pode ser abreviado até 3,63% do seu tamanho: “L.A.”

– 56 Km – O comprimento da linha que um lápis inteiro consegue desenhar (ou aprox. 50 mil palavras).

– Em cada 2,54 cm de pele humana, existem 19 milhões de células, 60 pelos, 90 glândulas sebáceas, 5,79 metros de vasos sanguíneos, 625 glândulas sudoríparas e 19 mil células nervosas.

– Devido à colocação dos seus olhos de cada lado da cabeça, o coelho consegue olhar para trás sem rodar o pescoço.

– O jornal mais antigo que se edita no mundo é o sueco ‘Post och Inrikes Tidningar’. Circula sem interrupção desde 1645, ou seja, há 355 anos, quando foi criado pela Academia Real de Letras da Suécia.

– O monarca mais pesado da história é o rei Taufa´ahau Tupou IV, de Tonga, um pequeno arquipélago localizado no Sul do Pacífico. O recorde data de setembro de 1976, quando, aos 58 anos, ele pesava 209,5 kg.

– Se se puser uma costeleta de novilho em Coca-Cola® durante dois dias, ela dissolverá totalmente a carne, deixando o osso limpo.

– A parte do México conhecida como Iucatan vem da época da conquista, quando um espanhol perguntou a um indígena como é que eles chamavam a esse lugar, e o índio respondeu “Yucatan”. Mas o espanhol não sabia que ele estava a dizer “Não sou daqui”.

– No meio dos índios, as mulheres preferem um grande caçador, um bom agricultor, ou um guerreiro. Os homens, por sua vez, preferem as mulheres mais trabalhadoras, em vez das mais bonitas.

– Se gritares durante 8 anos, 7 meses e 6 dias, a energia libertada é igual à necessária para aquecer uma chávena de café.

Bíblicas

– Deus foi comparado a uma águia e a uma galinha – Deuteronômio 32:11 / Mateus 23:37.

– A terra só passou a produzir espinhos depois da desobediência de Adão – Gênesis 3:1 7-1 8.

– A primeira criação de Deus foi o “tempo”- “…no princípio”. Para que a criação acontecesse era necessário o tempo – Gênesis 1 :1.

– O Dilúvio não foi apenas uma grande chuva; foi a primeira chuva que veio sobre a terra – Gênesis 2:6 / 7:4.

– Uma das coisas que diferenciam a Bíblia de outros livros é a sua unidade. Foi escrita num período 1 .500 anos por mais de 40 autores, tendo uma completa harmonia.

– A frase: “Não temais” aparece na Bíblia 366 vezes. Uma para cada dia do ano e uma sobra para o ano bissexto.

– A primeira citação da redondeza da terra, confirmava a idéia de Galileu de um planeta esférico, bastava os descobridores conhecerem a Bíblia – Isaías 40:22.

– A arca de Noé media 134 m de comprimento, 23 m de largura e 14 de altura; sua área total nos três pisos era de 9.250 m2 e um volume total de 43.150 m3 aproximadamente; o que a torna próxima das embarcações atuais – Gênesis 6:15-16.

– As tábuas da lei feitas por Deus foram quebradas por Moisés e, depois feitas por Moisés e reescritas por Deus – Êxodo 34:11 .

– Moisés fez o povo beber ouro, do bezerro da desobediência – Êxodo 32:19-20.

– O movimento ecológico, começou por um alerta de Deus – Êxodo 23:28-29.

– O maior reino descrito na Bíblia, tinha 127 províncias e se estendia da Índia até a Etiópia, e era comandado pelo rei Assuero – Ester 1 :1 .

– Noé passou na arca com sua família e com os animais 382 dias Gênesis 7:9-11 / 8:1 3-19

– Davi além de poeta, músico e cantor foi inventor de diversos instrumentos musicais – Amós 6:5.

– Davi foi ungido 3 vezes, obtendo uma gloriosa confirmação divina e humana I Samuel 16:1-13 / II Samuel 2:4 / I Crônicas 11 :1-3.

– Salomão não era o único sábio, haviam mais 4 sábios – I Reis 4:29-31.

– O Antigo Testamento apresenta 332 profecias literalmente cumpridas em Cristo.

– O lanche de um garotinho se transformou na refeição de uma grande multidão, com uma grande sobra – João 6:9-1 3.

– As melhores e “maiores” pregações de Jesus foram feitas por ele assentado – Mateus 5:1-2 / Lucas 4:20-21 / Lucas 5:3

– O tio e a tia de Jesus se tornaram “crentes” na sua pregação antes de sua crucificação – Lucas 24:1 3-1 8 / João 1 9:25.

– O “sermão do monte” foi repetido por Jesus no que podia ser chamado “sermão da planície” – Mateus 5:1 / Lucas 6:1 7.

– Um curioso e desavisado foi forçado a carregar a cruz com Jesus – Mateus 27:23 / Marcos 1 5:21 / Lucas 23:26.

– Um dos menores versículos bíblicos é o que mais revela a “humanidade” de Jesus – João 1 1 :35.

– O nome cristão só aparece três vezes na Bíblia – Atos 11 :26 / Atos 26:28 / I Pedro 4:1 6.

– A pregação mais veloz descrita na Bíblia foi feita correndo ao lado de um “carro”, em um lugar deserto – Atos 8:26-30.

– Paulo pregou o sermão mais longo descrito na Bíblia – até o romper da alva – Atos 20: 7/1 1 .

– A “Epístola da Alegria”, a carta de Paulo aos Filipenses, foi escrita na prisão, e as expressões de alegria aparecem 21 vezes na epístola.

– Existe a citação de um outro Jó no primeiro livro da Bíblia – Gênesis 46:1 3.

– Além de tudo porque passou, Jó tinha um surpreendente conhecimento de astronomia, para a sua época – Jó 9:9 / 38:31 :33.

– O maior profeta nunca realizou um milagre, mas foi o pregador mais convincente – João 10:41-42.

– A idéia organizacional é bíblica e foi implantada por Moisés no deserto sob a orientação de um sacerdote – Êxodo 18:13-26.

– “Quem dá aos pobres, empresta a Deus”, e Ele Ihe pagará – Provérbios 19:1 7.

– O nascimento de uma menina tinha o dobro do “Resguardo” do que um menino Levíticos 12:2/5.

– 700 homens canhotos atiravam pedras com uma funda e acertavam num fio de cabelo sem errar – Juíses 20:1 6.

– A gozação, feita por 42 rapazes, chamando um profeta de Deus de careca (calvo) teve um triste fim – II Reis 2:23.

– O trânsito pesado e veloz, os cruzamentos, aparecem descritos exatamente como hoje – Naum 2:4.

– A questão salarial e a responsabilidade trabalhista, são uma preocupação divina a tempos – Tiago 5:4.

– A mensagem através de “out-door” é uma citação bíblica detalhada – Habacuque 2:2

– O primeiro maratonista, correu contra um carro veloz “pilotado” por um rei e ganhou – I Reis 18:45-46.

– O “dia da noiva” mais longo durou um ano, e contou com uma preparação tão especial que até hoje é desconhecida – Ester 2:12.

– O nome mais comprido e estranho de toda Bíblia é: Maersalalhasbaz – filho de Isaías 8:3-4.

– Quem cortou o cabelo de Sansão não foi Dalila, mas um homem – Juízes 1 6:1 9.

Igrejas em todas as esquinas

– O Brasil é o maior país católico do mundo com aproximadamente 130 milhões de fiéis, quase 75% da população total do país (segundo o Censo 2000). Desde a chegada dos portugueses, o catolicismo foi soberano em todo o território nacional e pouco ameaçado em número de seguidores. Isso até o surgimento das igrejas evangélicas como o maior fenômeno religioso do final do século passado.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de evangélicos no Brasil dobrou em apenas 10 anos, passando de 13 milhões de seguidores, em 1990, para 26 milhões, em 2000. A Igreja Universal, um dos braços do movimento pentecostal, tem hoje ramificações nos Estados Unidos e em vários países da Europa. Nos bairros de periferia e favelas do Rio, o número de evangélicos pode chegar a 40% dos moradores.

10 MANDAMENTOS PARA OS PAIS

10 MANDAMENTOS PARA OS PAIS
01. Cultivar o amor crescente, paciente e eterno

02. Considerar o cônjuge como presente de Deus, propondo estar ao seu lado, honrá-lo, amá-lo, até que a morte o separe, sendo exemplo para os filhos.

03. Cuidar para que o seu cônjuge não tenha aborrecimentos, evitando fervilhar sua mente com coisas corriqueiras e banais que para nada servem a não ser para tirar a paz, a estabilidade, e trazer irritação, o ódio e as tensões. Isso é terrível para os filhos, que vêm os pais em conflito sem necessidade.

04. Cuidar do lar com afinco. Suprir as suas necessidades, marcar a presença no mesmo de tal forma que ela seja sentida quando houver uma distância entre os cônjuges. Isso é muito importante, pois um dos maiores problemas, nos lares, são os pais “ausentes”, não só fisicamente, mas, sobretudo emocionalmente. Pais que não se comunicam com os filhos, que dão mais valor a ficar diante da TV ou dos jornais, dos jogos, dos amigos, do que do lar. Um psicólogo disse que a “ausência” do pai, dando lugar a uma mãe superprotetora , junto a um filho, pode contribuir para o homossexualismo masculino.

05. Policiar as conversas com outras pessoas, sabendo de antemão que as coisas íntimas do relacionamento conjugal são propriedade exclusivamente dos cônjuges e não interessa a outras pessoas sabê-las, até mesmo parentes. De fato, conhecemos casos de pessoas, principalmente mulheres, que saem nas casas, contando seus problemas íntimos. Depois, surgem comentários desabonadores, que chegam ao conhecimento do cônjuge, aumentando os conflitos. Os filhos também sentem-se ofendidos, por saber que estranhos têm conhecimento do que se passa no seu lar.

06. Participar totalmente do relacionamento íntimo, pois este relacionamento é Dom de Deus à criação e Deus requer pureza, honestidade, e amadurecimento de ambos. Um casal precisa ter não só confiança, mas intimidade espiritual, emocional e física, ou seja, sexual, que deve ser desfrutada da melhor maneira possível, como fator de união e estabilidade entre si.

07. Desenvolver atitudes que demonstrem que o cônjuge a cada dia sinta-se amado, preferido e muito querido. As atitudes de um para o outro são muito valiosas, quando sinceras e leais. Um esposo deve dizer sempre palavras agradáveis, carinhosas e afetivas para a esposa. Esta, da mesma forma, deve esforçar-se para demonstrar carinho e afeto para com o esposo. Isso é como aguar a planta do amor todo o dia, e serve de exemplo para os filhos.

08. Cultivar uma recreação sadia, aproveitando as oportunidade que o tempo propiciar. A recreação é vital para um entrosamento crescente e fortalece o companheirismo. Muitas pessoas dizem que não tem tempo para o lazer, para a recreação. De fato, hoje, é muito difícil desenvolver momentos de lazer com a família. Mas é preciso planejar e encontrar momentos de descontração, de entretenimento para com os filhos e o próprio casal. Um passeio no fim de semana, uma visita a um parque de exposições, uma ida ao shopping, uma visita a pessoas amigas, tudo isso pode quebrar a rotina do lar, com ótimos resultados emocionais para os pais e os filhos.

09. Manter o espírito familiar. Considerar os parentes de ambos os cônjuges e amá-los. Tratá-los com dignidade. Despertar a fraternidade e semear a união entre os mesmos. Conhecemos casos em que o casal vive infeliz, porque um dos cônjuges não considera os sogros, tratando-os com desprezo e falta de respeito. Com isso, o coração do outro fica ferido, causando problemas de relacionamento. E mau exemplo apara os filhos.

10. Manter uma vida plena de comunão com Deus. Orando juntos, ensinando os filhos trilhar nos caminhos retos. Enfim, viver… O zelo pela parte espiritual , no lar, é fundamental para um viver feliz. Sem Deus, o lar pode ser minado pelas forças do mal, que se materializam através das drogas, dos vícios, da prostituição, da desunião, da contenda, da disputa pelo poder, do ciúme, e de tantos males que atacam a família. Só com a presença do Espírito Santo no lar é possível enfrentar os desafios de um mundo materialista, hedonista, e relativista, em que vivemos. O culto doméstico é indispensável para a união da família. É bom dizer como Samuel: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.

(Extraído e adaptado)

A VERDADE SOBRE A “PREDESTINAÇÃO”

A VERDADE SOBRE A “PREDESTINAÇÃO”

PARTE 1

Existem duas teorias básicas acerca da predestinação: a Calvinista e a Arminiana. A teoria calvinista é assim chamada por causa de João Calvino; e a teoria Arminiana é assim denominada por causa de Armínio, que foi um dos discípulos de Calvino.

O que ensina a doutrina calvinista?

– A salvação é inteiramente de Deus; o homem nada tem a ver com a sua salvação. Deus dá a salvação pra quem Ele quer e está acabado.

– Segundo essa doutrina calvinista, quando uma pessoa se arrepende, é inteiramente pelo poder atrativo do Espírito Santo. Para os calvinistas, a predestinação é o “decreto” de Deus, através do qual Ele decidiu quem seria ou não salvo.

– Os pastores que seguem as teorias de João Calvino, ensinam que Cristo veio, não para morrer por todos, mas para aqueles que fazem parte da Sua Igreja. Estes serão salvos porque foram predestinados para a salvação.

– Os calvinistas afirmam: “Se fosse verdade que Jesus veio para morrer por todas as pessoas, estariamos diante de um Deus impotente, que foi capaz de fazer o sol, a lua, as estrêlas, a Terra e os oceanos… mas que foi incapaz de salvar o homem”. Ele não salva a todos, porque Ele não veio para todos, mas só para os seus”. Há pessoas a quem Ele não amou porque não eram os seus!

Questionamento: Se Deus dá a salvação para quem Ele quer; se o homem nada tem a ver com a salvação, ou seja, se não depende do homem, por que Deus não salva a todos os homens? A Bíblia diz que Deus deseja que todos os homens se salvem – veja 1 Tm 2:4: “O qual deseja que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”. Se a Bíblia diz que Deus quer que todos os homens sejam salvos, e se Deus é Onipotente, grande em poder (pode todas as coisas), por que não salva a todos os homens? Se a salvação é um “decreto” de Deus, por que Ele não decretou que todos fossem salvos, se a Bíblia diz que essa é a sua vontade? Fica subentendido, então, que se Deus não salva a todos, é porque nem todos crêem. Isto fortalece a teoria Arminiana. Os arminianos afirmam que a salvação é para todos os que crêem.

O que ensina a teoria Arminiana?

A vontade de Deus é que “todos” os homens sejam salvos, porque Cristo morreu por todos os homens.

1 Tm 2:4 – “O qual deseja que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”.

Tt 2:11 – “Pois a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens”

At 2:21 – “E todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo”

Rm 5:18 – “Assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens, para condenação, assim também por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida”.

2 Pe 3:9 – “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia. Ele é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se”.

Jo 3:16 – “Porque Deus amou o mundo de tal maneira…”

Mt 25:41 – “Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: “apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.

Conclusão: A predestinação tem sido ensinada de acordo com essas duas teorias básicas: O Calvinismo e o Arminianismo. Essas teorias se opõem entre si. Isto acontece devido às formas distintas de se interpretar alguns textos da Bíblia Sagrada. Sabemos, no entanto, que a salvação é pela graça, é dom de Deus, conforme Ef 2:8. Mas cremos que o homem pode resistir a graça de Deus. Exatamente por isso, Deus não salva a todos os homens. Porque a salvação é para aqueles que crêem.

PARTE  2

Já falamos que existem duas teorias fundamentais: o Calvinismo e o Arminianismo. Vimos que essas teorias se opõem entre sí; são interpretações distintas da Palavra de Deus, acerca da predestinação.

– Enquanto os Calvinistas ensinam que a predestinação é o decreto de Deus, através do qual Ele escolheu quem seria ou não salvo, os Arminianos crêem que quando a Bíblia fala de predestinação, está se referindo à Igreja como um todo. Ou seja, todo aquele que crê, está predestinado à salvação.

Rm 8:29 – “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.

Vamos compreender melhor este versículo! Primeiramente precisamos esclarecer para quem Paulo estava dizendo essas palavras (veja Rm 1:7“A todos os amados de Deus que estais em Roma, chamados para serdes santos”)

– Quando Paulo utiliza essa expressão: “…aos que de antemão conheceu…”, obviamente está se referindo a um grupo de pessoas; note bem que a expressão está no plural. Paulo está dizendo que Deus, em sua presciência, “conheceu” de antemão que um grupo de pessoas aceitaria a Palavra, e por essa razão, foi predestinado para a salvação. Deus disse em Is 46:10 “…eu sou Deus, e não há outro semelhante à mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam”. O versículo não sugere que Deus “determinou” quem seria ou não salvo, mas que a Igreja como um todo, seria transformada conforme à imagem do Seu Filho. Quem será a imagem do Filho de Deus? A Igreja, lavada no sangue do Cordeiro. Em outras palavras, a Igreja está predestinada para ser conforme a imagem do Filho de Deus.

Exatamente por se tratar da Igreja, Paulo escreveu: “…a fim de que seja primogênito entre muitos irmãos”. Jesus é o primogênito da Igreja (o termo primogênito significa: o mais alto dentro de uma hierarquia); por isso Jesus é o primogênito da Igreja.

– Quando Paulo estava preso, escreveu uma carta para a Igreja que estava em Éfeso. Veja o que está escrito em Ef 1:1 – “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus”. Ele estava escrevendo uma carta para os santos de Éfeso. Paulo fez questão de enfatizar que essa carta era para os cristãos que haviam permanecido “fiéis”.

– Agora veja o que ele escreveu em Ef 1:4,5 – “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácido da sua vontade”.

– Paulo era parte da Igreja, por isso usou o plural “…nos escolheu…”, porque ele era a Igreja, e estava escrevendo para a Igreja. Paulo diz ainda: “…assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo”. Quer dizer, a Igreja foi escolhida “…em Cristo…” antes da fundação do mundo. No versículo 5 Paulo diz: “…nos predestinou para ele…” Quem está predestinado para Cristo? A Igreja; Ele comprou a Igreja com o seu próprio sangue. A Bíblia diz que a Igreja é a noiva de Cristo, ou seja, ela está predestinada para o noivo.

– Observe ainda o que Paulo disse no versículo 4 – “…assim como nos escolheu nele”. O que isto quer dizer? Isto significa que a Igreja foi escolhida porque ela é o Corpo de Cristo e Cristo é o cabeça da Igreja. Na verdade, quem foi eleito, quem foi escolhido, foi Jesus. A Igreja, como Paulo disse, foi escolhida nEle. Veja o que está escrito em 1 Pe 2:4-6 – “Chegando-vos para Ele, a Pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está na escritura: eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nele crêr, não será de modo algum envergonhado”.

– Quem é a pedra que vive? A pedra rejeitada? É Jesus! Para Deus, pedra eleita e preciosa! Cristo é que foi eleito! Nós, o Corpo de Cristo, a Igreja do Senhor, somos também eleitos, mas eleitos em Cristo. E eu pergunto: Quem é a Igreja? A Igreja do Senhor são todos aqueles que crêem. Veja o que o apóstolo Paulo fala no final do versículo 6: “…eis que ponho em Sião uma pedra eleita e preciosa; e quem nele crêr, não será de modo algum envergonhado”.

Então, quando a Bíblia fala de “predestinados”, está se referindo àqueles que foram lavados no sangue de Cristo; predestinados “em Cristo”, como Igreja do Senhor, desde antes da fundação do mundo. Qualquer pessoa pode, então, ser um “predestinado”. Basta crêr e confessar a Cristo como Salvador. Por que razão Jesus precisou morrer? Não foi para nos salvar? Salvar a quem? Salvar aqueles que não estavam salvos! Se todos os que deveriam ser salvos já estivessem definidos, Jesus não precisaria morrer! Eles já estavam salvos pelo decreto de Deus! E se a salvação fosse unicamente uma consequência do decreto de Deus, por que então Deus não salvou a todos os homens? A Bíblia diz que Ele quer salvar a todos os homens (1 Tm 2:4). Por que é que Deus não salvou a todos? Porque a salvação é para “todos os que crêem”. Então predestinados, são todos aqueles que crêem. Eleitos, são todos aqueles que crêem; eleitos em Cristo, como Corpo de Cristo.


PARTE  3

– Vamos ler 1 Jo 3:10-12 – “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, também aquele que não ama a seu irmão. Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta, que nos amemos uns aos outros; não segundo Caim, que era do malígno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas”.

– A doutrina de João Calvino explica esse texto bíblico da seguinte forma: os “filhos de Deus” são os predestinados para a salvação, enquanto os “filhos do diabo” são destinados à perdição. Segundo os Calvinistas, Caim teria nascido destinado à perdição e por isso matou seu irmão Abel. Dizem ainda que em Caim descendem todos os filhos da perdição: Faraó, Judas, Herodes, etc. Segundo essa teoria, existem hoje duas sementes no mundo: a semente do bem e a semente do mal (os predestinados para a salvação e os destinados à perdição).

– Vamos analisar conscientemente, porém, o texto de 1 Jo 3:10-12 destituídos de qualquer preconceito, pedindo ao Senhor que nos dê amplo discernimento da Sua Palavra.

– É óbvio que quando Deus olha para a Terra, vê dois tipos de pessoas: as que estão salvas e as que não estão. Todas as pessoas que crêem e confessam que Jesus Cristo é o Senhor, estão salvas. É exatamente o que diz a Palavra de Deus. Veja o que está escrito em At 2:21 – “E todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo”. Veja também o que diz o versículo central da Bíblia: Jo 3:16“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que TODO aquele QUE NELE CRÊ não pereça, mas tenha a vida eterna”. A Bíblia é clara, todo aquele que crê, será salvo. Em Jo 3:18 Jesus disse: “Quem nele crê não é julgado (está salvo); o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. Ao contrário do que ensinam os calvinistas, a salvação é simplesmente oferecida a qualquer um que creia. Veja ainda em Rm 10:9,10 – “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação”. Então a salvação é para os que crêem, e qualquer um pode crêr. Os calvinistas afirmam que só crêem aqueles que são atraídos pelo decreto de Deus, os chamados predestinados. Isto não pode ser verdade, pois a Palavra de Deus diz em Tt 2:11 que a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens. A Bíblia ensina em 2 Pe 3:9 que a vontade de Deus é que TODOS venham a arrepender-se, deixando claro que todos podem se arrepender. Como é que Deus iria manifestar o desejo de que todos se arrependessem, se Ele mesmo não tivesse dado esse direito à todos? Se Ele quer que todos se arrependam, é claro que Ele deu esse direito a TODOS. Quando uma pessoa crê, aceita a Palavra de Deus, passa a fazer parte do Corpo de Cristo (Em At 2:41 está escrito: “Então os que lhe aceitaram a Palavra foram batizados; havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas”). E aquele que crê, sendo Igreja do Senhor, está predestinado para a salvação, porque Deus predestinou a Igreja, eleita em Cristo para uma herança eterna. Paulo disse em Ef 1:4 – “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo”. Quem foi eleito? Quem foi escolhido? Cristo! 1 Pe 2:4 diz que Jesus é a pedra ELEITA e preciosa. Ele é que foi eleito; a Igreja foi escolhida EM CRISTO porque é o Corpo de Cristo.

– Voltando ao texto de 1 Jo 3:10,12 podemos afirmar conscientemente que os “filhos de Deus” são aqueles que crêem; aqueles que fazem parte do Corpo, aqueles que compõem a Igreja. Esses são chamados “filhos de Deus”!

1 Jo 3:10 explica de forma clara quem são os “filhos de Deus e quem são os “filhos do diabo”: “Todo aquele que não pratica justiça, não procede de Deus”; é “filho do diabo”. Quem é “filho de Deus”? Aquele que pratica justiça. Essa justiça significa “vida reta”, que é o resultado da salvação através de Cristo. Pela graça de Deus o cristão age retamente porque segundo Rm 3:22, ele foi feito justo. É como diz 1 Jo 1:7 – Aquele que anda na luz e mantém comunhão uns com os outros, o sangue de Jesus o purifica de todo o pecado; esse é “filho de Deus”.

– Agora vamos compreender conscientemente o que está escrito em 1 Jo 3:12 – “Não segundo Caim, que era do malígno e asssassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas”. A teoria de João Calvino utiliza este versículo bíblico para afirmar que Caim matou Abel porque ele era “filho do diabo”. Segundo os calvinistas, Caim era uma semente má, destinada por Deus à perdição; Caim não teria sido criado para a salvação; ele não era um predestinado como o seu irmão Abel. Os calvinistas usam os dois irmãos para ensinar que cada um deles tinha um destino traçado de antemão pelo Senhor: um seria salvo e o outro não. A despeito do que pensam os calvinistas, como é que nós interpretamos esse versículo? Leia novamente o versículo 12: “Não segundo Caim, que era do malígno…” Por que ele era do malígno? O próprio versículo explica: “…porque as suas obras eram más”. E se as obras de Caim não fossem más? E se Caim tivesse tido uma outra atitude? É óbvio que aí ele não seria do malígno!

– Os calvinistas afirmam que Caim não tinha outra opção, porque ele já estava destinado à perdição. Eles dizem que o homem não tem livre escolha, mas isso não é verdade. Vamos verificar na própria Bíblia o que Deus disse para Caim ANTES QUE ELE MATASSE A SEU IRMÃO: Veja em Gn 4:6,7 – “Por que andas irado? e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”. Amados, a Bíblia não poderia ser mais clara! Deus deu a Caim o direito de escolha: se ele procedesse bem, seria aceito; se procedesse mal, seria rejeitado. Deus ainda disse: “…o seu desejo será contra ti, mas cumpre a ti dominá-lo”. Quer dizer, a decisão era dele. Cabia ao próprio Caim dominar o seu desejo e ter uma atitude que não desonrasse a Deus. Está claro que Caim poderia ter sido salvo, se tivesse tido uma outra atitude. Note bem, Deus o advertiu antes que ele matasse a seu irmão. Mas qual foi a sua atitude? No versículo 8 a Bíblia diz que Caim matou a seu irmão Abel. E por causa dessa atitude dele, Deus disse no versículo 11: “És AGORA (antes não era), pois, maldito por sobre a Terra”. Os calvinistas afirmam que ele matou o seu irmão porque não era de Deus. Dizem que o pecado aconteceu porque Caim já era maldito, mas na realidade Caim foi maldito porque pecou. Primeiro veio o pecado, depois a maldição; a maldição veio por causa do pecado, tal como aconteceu com Adão e Eva. Eles foram expulsos do Éden e sofreram maldições, exatamente por causa do pecado. Se ambos não tivessem caído, não teriam sido expulsos.

Mt 25:41 – “Entäo dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”. O inferno não foi preparado para homem algum, senão para o diabo e seus anjos!


PARTE  4

Introdução: Sabemos que os calvinistas ensinam que a salvação é um “decreto” de Deus. Sendo um decreto, não depende do homem. Deus escolhe quem é salvo ou não. Segundo a doutrina de João Calvino, o homem não tem direito de escolha, quando nasce, já nasce predestinado para a salvação ou destinado à perdição. A doutrina Arminiana, no entanto, ensina que predestinados, são aqueles que crêem, que aceitam a Palavra de Deus. Segundo os Arminianos, o homem tem o direito de escolha (livre-arbítrio).

O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANO É UM ENSINAMENTO BÍBLICO:

Toda a mensagem da Bíblia ensina que Jesus veio para salvar os pecadores, e dos pecadores se espera o arrependimento como resposta à chamada divina. Veja o que Pedro disse em At 2:38 – “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão dos vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo”.

A Bíblia ensina que existe possibilidade de salvação para todas as pessoas:

– Rm 8:32 – “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (O Filho de Deus foi entregue por todos nós).

– Rm 11:32 – “Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos”.

– Tt 2:11 – “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora (trazendo salvação) a todos os homens”.

– Jo 12:32 – (Jesus disse: “E eu, quando for levantado da Terra (crucificação) atrairei (a quem?) todos a mim mesmo”. Os calvinistas ensinam que somente os predestinados são “atraídos” para cumprirem o decreto de Deus e serem salvos, mas Jesus disse que na crucificação atrairia não a alguns, mas a todos os seres humanos.

– 1 Jo 2:2 – “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”. João estava escrevendo para a Igreja do Senhor; mas fez questão de esclarecer: “Ele é a propiciação pelos nossos pecados, mas não é só pelos nossos (da Igreja), mas também pelos pecados do mundo inteiro”.

Se há possibilidade de salvação para todos os seres humanos, fica claro que todos os seres humanos podem vir a crer, desde que tenham vontade. Quem quiser crer, será salvo; porque a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens. Entretanto, quem não crer, está rejeitando a graça de Deus e perde a salvação. O ensinamento bíblico deixa claro que o homem tem direito de escolher o seu caminho, ou seja, Deus deu ao homem o livre-arbítrio. Em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia (capítulo 3), a possibilidade da tentação é uma demonstração de que o homem tinha o direito de escolher entre a obediência e a transgressão. E em Apocalípse, na última mensagem da Bíblia, mais uma vez a Palavra de Deus não deixa dúvidas: o homem tem o direito de escolher o seu caminho. Veja o que está escrito em Ap 22:17 – “Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça a água da vida”. Desde o primeiro livro da Bíblia, até o último, Deus dá liberdade de escolha para o homem. Os calvinistas afirmam que Caim era uma semente do mal, destinada de antemão à perdição e por isso matou seu irmão Abel. Mas observe o que Deus disse a Caim antes que ele matasse a seu irmão, ou seja, antes que as suas obras fossem más: Gn 4:6,7 – “Por que andas irado? e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, náo é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta”. Amados, aqui está claro que Caim tinha o direito de opção; Deus disse a ele: Olha, se procederes assim, serás aceito; se procederes assado, o pecado jaz à porta. Deus ainda foi mais claro; Ele disse: “O seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”. Caim poderia ter dominado os seus desejos maus! É pura questão de decisão! Veja bem, depois que ele matou o seu irmão, aí Deus disse (v. 11): “És AGORA, pois, maldito por sobre a Terra”. (antes ele não era maldito; a maldição veio porque Deus deu a ele o direito de decisão e ele, fazendo uso desse direito, acabou agindo mal diante de Deus. Ele escolheu fazer o mal). Você não encontra escrito literalmente na Bíblia a expressão “livre-arbítrio”, mas ele está presente em todo o ensinamento bíblico. São fatos que confirmam essa teoria!

A Bíblia ensina que o homem se afastou de Deus voluntariamente, ou seja, porque quis. Veja o que Paulo escreveu em Rm 1:18 – “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça”. Voluntariamente os homens detêm a Palavra, detêm a verdade de Deus, preferindo a injustiça. Isto acontece porque eles têm o livre-arbítrio; o direito dado por Deus de deterem a verdade, ou seja, recusarem a graça de Deus.

Todos têm o direito de se arrependerem. Veja At 17:30 – “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens, que todos, em toda a parte, se arrependam”. Arrepender significa ter uma outra mente, ou seja, mudar de mente. Raciocine comigo: se Deus não desse o direito de todos se arrependerem, ou seja, o direito de escolha, por que todos seriam convocados ao arrependimento? Se Deus chama a todos, indistintamente, ao arrependimento, fica óbvio que ele dá o direito de todos se arrependerem! A isto chamamos LIVRE-ARBÍTRIO. Há uma graça geral, dada na cruz, que confere a todos os homens a capacidade de buscarem a Deus, em fé, se assim quiserem fazê-lo. Deus se apresentou diante de todos os homens na cruz; Ele fez tudo o quanto é necessário para que todos os homens possam crer, se assim quiserem fazê-lo. Isto é LIVRE-ARBÍTRIO.


PARTE 5 (última)

Muita confusão tem sido formada acerca desse assunto por causa do aparecimento das denominações que pregam a teoria de Calvino. Algumas pessoas chegaram a afastar-se da Igreja porque ficaram confusas e desorientadas. Outras abandonaram suas denominações e se aventuraram atrás de uma idéia aparentemente revolucionária; eu tenho ouvido alguns pastores que pregam o calvinismo dizendo-se privilegiados com uma nova revelação de Deus. Um deles chegou a dizer que Deus o tinha escolhido para encabeçar uma nova e última reforma protestante! Isso é um absurdo, uma vez que as doutrinas calvinistas já eram pregadas no 4º século por santo Agostinho. Na verdade, não há nada de novo, a não ser o fato de que muitos líderes estão à procura de algo novo para aquecer a Igreja. O pior é que alguns deles sequer acreditam no que dizem; pregam o calvinismo como forma de contradizer a maioria das denominações evangélicas. Muitos querem ser diferentes, porque apresentando uma nova mensagem, diferente da grande maioria das Igrejas evangélicas, conseguem atrair a atenção de muitos crentes desatentos e imaturos. Pregam o calvinismo, não porque de fato crêem nele, mas porque querem os seu templos cheios. Você pode observar, por exemplo, que alguns líderes têm surgido de uns tempos pra cá, pregando todos os dias as doutrinas calvinistas, como se fosse uma grande revelação que Deus deu a eles e somente a eles. Vivem dizendo que as outras denominações estão erradas; vivem dizendo que as outras igrejas estão sob a Lei. Qualquer pessoa mais esclarecida, vai perceber que essa é uma forma disfarçada de dizer para as pessoas: “Olhem, a igreja que vocês frequentam está errada. O pastor de vocês está errado. Eu tive uma grande revelação; venham para a graça de Deus; a graça de Deus está aqui, na minha igreja”!

É por esta razão que precisamos compreender conscientemente essas duas principais doutrinas da predestinação: a calvinista e a arminiana .

Hoje nós iremos analisar as palavras de Paulo em 1 Co 9:27 – “…mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado…” (algumas traduções dizem “reprovado”).

Os calvinistas dizem que o apóstolo Paulo não estava se referindo à salvação, e sim às suas recompensas, o coroamento celestial por ter completado a sua missão. Os arminianos, no entanto, explicam esse versículo afirmando que Paulo poderia perder a sua salvação, ou seja, ele poderia ser reprovado, caso tivesse uma vida diária negligente, cometendo pecados corporais e morais.

Amados, todo texto bíblico, a princípio, precisa ser analisado dentro do contexto. Vamos ver o que Paulo disse logo no capítulo 10, ou seja, no capítulo seguinte: ele diz que a incredulidade do povo de Israel no deserto, a idolatria e os pecados morais que os israelitas cometeram, acabaram atraindo o juízo de Deus. Paulo diz que a maioria dos israelitas ficaram reprovados e prostrados no deserto. Veja 1 Co 10:1-5. No versículo 6, entretanto, Paulo adverte que essas coisas serviram de exemplo para nós. Para nós quem? Para a Igreja do Senhor, afinal ele estava escrevendo para a Igreja de Corinto. Ele disse em 1 Co 10:14“Amados, fugí da idolatria”. Fica claro que Paulo tinha a preocupação de que a Igreja de Corinto agisse tal como os israelitas e, consequentemente fosse reprovada. Veja 1 Co 10:11 – “Essas coisas lhes sobrevieram como exemplos, e foram escritas para advertência nossa…” Advertência de quem? Da Igreja do Senhor. Isto quer dizer que qualquer um que tenha se convertido, pode vir a cair na fé; pode vir a apostatar-se na fé. Veja 1 Co 10:12 – “Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuide para que não caia”. Essas são palavras do próprio apóstolo Paulo. Isto nos confirma a idéia de que Paulo admitia a possibilidade da queda do cristão. No versículo 13 ele esclarece mais ainda: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentado além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”.

Então vamos ler mais uma vez o versículo de 1 Co 9:27 – “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo ser reprovado (ou desqualificado)”. Fica claro que Paulo temia a apostasia; ele disse claramente: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuide para que não caia”. Ora, se precisamos ter cuidado para não cair, é claro que existe a possibilidade de cairmos. Ao contrário do que ensinam os calvinistas, o cristão consciente precisa crer, sim, que a salvação é dom de Deus; é obra da graça de Deus. Mas se caimos na fé, rejeitamos a graça salvadora de Deus, certamente somos reprovados. Fica claro, então, que existe possibilidade de queda para o cristão. Aliás, a própria experiência nos ensina essa verdade: muitos autênticos cristãos acabam olhando para trás e caem na fé. Por isso Pedro escreveu:

“Porquanto se, depois de terem escapado das corrupçöes do mundo, pelo conhecimento do

Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes

o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora näo conhecerem o

caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes

fora dado. Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz:

O cäo voltou ao seu próprio vómito, e a porca lavada ao espojadouro de lama”.

(2 Pe 2:20-22) 

O CASAMENTO

O CASAMENTO

“Venerado seja entre todos o matrimonio e o leito sem mácula; porem aos que se dão a prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.” Heb. 13:4

Hoje, há falta de respeito para as coisas que Deus criou. O plano de satanás é destruir tudo, item por item, que Deus fez.

  • Deus criou a terra, mas o homem procura a destruí-la. No fim do mundo Jesus vai destruir os que destruem a terra. Apoc. 11:18.
  • Deus criou as nações; satanás as engana. Apoc. 12:9; 20:8.
  • Deus criou a igreja; satanás procura destruí-la.
  • Deus criou a família também. Satanás procura destruí-la. Ele despreza e ataca o casamento. Faz o mundo pensar que o casamento é desnecessário; uma coisa do passado. A Bíblia declara que o matrimonio deve ser venerado. Se a família for destruída, a sociedade inteira e a igreja será seriamente afetada. A base da sociedade é a família. E a família deve começar com o matrimonio. Sempre foi assim.

AS INSTITUIÇÕES QUE DEUS CRIOU

Há três instituições na terra que DEUS criou: a família, a nação, e a igreja. Devemos servir a Deus como membros da igreja, que é o corpo de Cristo. Devemos obedecer as leis da nação. Romanos 13 ensina que as autoridades civis são “ministros” de Deus. As nações pertencem a Deus, Dan. 4:17. Devemos manter a família de acordo com os princípios da Bíblia. A família é a instituição mais antiga na terra, e foi Deus quem a instituiu.

JESUS DISSE QUE O MATRIMONIO É DE DEUS

Jesus reconheceu este fato quando disse que “desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne: e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Marcos 10:6-9. Jesus defendeu e aprovou o caso de Adão e Eva, como um casamento que veio de DEUS. Foi o único exemplo que Jesus citou sobre o casamento. É um casamento “feito no céu” e/ou aprovado por Deus. Não existia nenhuma igreja, nenhuma nação. Não existia um cartório. MAS existia uma autoridade que não só estava de acordo com a existência da família, mas também era “responsável” pelo próprio casamento. Todo o casamento na Bíblia foi feito na presença da autoridade existente na época e/ou com a aprovação das famílias envolvidas.

Jesus mostrou sua aprovação ao casamento quando assistiu as “bodas em Caná da Galiléia” com a sua mãe e seus discípulos. João 2:1-2.

A POLIGAMIA CONDENADA

Deus não instituiu nem aprovou a poligamia pois criou uma só mulher para o homem. Se aprovasse a poligamia, teria criado duas ou mais mulheres para Adão, o que não fez. O primeiro casamento é o único caso que Jesus cita para ensinar o matrimonio e o divórcio. Isto é, o matrimonio deve se manter intacto. Ninguém deve buscar a dissolução do casamento, pois, foi DEUS quem instituiu o matrimonio. Os dois, (não três), são uma só carne. A presença de um terceiro seria uma separação dos dois, a dissolução da família original!

Deus permitiu mas não aprovou certas coisas nos dias em que a Bíblia não era completa. Atos 17:30 disse que Deus não teve em conta os tempos da ignorância. Passou por cima de certas coisas erradas até os dias de Cristo. Permitiu-as, mas não as aprovou! Quem quer provar que a poligamia é certa sempre cita estes casos no velho testamento. Em vez de citar estes, por que não cita Deuteronômio 17:17? Deus mandou Israel e seu futuro rei não multiplicar nem cavalos, nem mulheres! Foi justamente “nisto” que “pecou Salomão”, Neemias 13:26. Suas mulheres eram estrangeiras. Isto também era pecado. Deus não aprovou a poligamia de Salomão. Quando os judeus voltaram do cativeiro, no tempo de Esdras e Neemias, por que Deus mandou os israelitas mandar embora suas mulheres estranhas? Esdras capitulo 10. Era pecado possuí-las. No versículo 6, Esdras “estava anojado pela transgressão dos do cativeiro.” Israel, para provar que estava arrependido, encerrou estas relações que eram contra a lei de Deus. Quando alguém se arrepende de fornicação, não continua nela.

Deus usou a união de Cristo e a igreja para expressar a santidade do matrimonio . Efésios 5:22-33. Grande ênfase é colocada na relação do marido e sua esposa. A poligamia destruiria o ensino que Cristo tem uma só esposa. As “igrejas” que são infiéis a Cristo são prostitutas espirituais.

Seria um passo atrás se a igreja aprovasse a poligamia. Em todas as terras e culturas onde o evangelho tem entrado, tem mudado o sistema dos pagãos de poligamia para monogamia. Não somos muçulmanos, mas cristãos!

UNIÃO SEXUAL NÃO É CASAMENTO

Bom é lembrar que Eva já era a mulher de Adão antes da união sexual. Gênesis 2:28 mostra que “Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra.” Gênesis 2:24 ensina que Adão uniu-se com sua mulher. Já era a sua mulher, antes da união! O casamento foi feito quando Deus fez Eva e deu-a a Adão. Deus os abençoou. O ato sexual veio depois. É uma expressão do casamento, mas não é casamento. O casamento foi feito antes. Casamento não é acasalamento.

Em Gênesis 29 temos um caso importante. Jacó e seu tio, Labão, fizeram um contrato de casamento para Jacó e a filha de Labão, Raquel. Jacó serviu “sete anos por Raquel; e foram aos seus olhos como poucos dias, pelo muito que a amava. E disse Jacó a Labão: Dá-me minha mulher.” Gên. 29:20-21. Labão enganou Jacó e deu-lhe Léia no lugar de Raquel. Depois de trabalhar mais sete anos, recebeu Raquel “por mulher,” ver. 28. No tempo dos patriarcas, o casamento foi combinado pelos pais do casal. Em todos os casos de casamento no velho testamento, havia aprovação dos pais e/ou da sociedade. Havia um período de tempo do noivado. Se os dois se ajuntassem antes da aprovação dos pais e da sociedade, ou mesmo durante o noivado, o ato seria chamado fornicação, ou sexo antes do casamento! Foi chamado “doidice” e “loucura.” Gên. 34:7; Deut. 22:20-21. Ora, se o ato sexual em si fosse o casamento, não seria mais doidice ou loucura. Não seria possível existir sexo antes do casamento. Paulo disse em I Cor. 7 que o homem deve casar para evitar fornicação. Logo não seria mais fornicação a prática de sexo antes do casamento, se a união corporal fosse casamento.

E o caso de José e Maria? Quando se casaram? “Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem achou-se ter concebido do Espirito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.” Mat. 1:17-18. Ser desposada não quer dizer, necessariamente, casada. Eram noivos. Iam casar-se. José casou com Maria antes ou depois do nascimento de Jesus? Deus mandou que tomasse sua desposada mulher antes. “E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.” Mat. 1:24-25. Era casamento ou não?

O QUE DIZ A BÍBLIA?

Sexo sem obrigações sociais e morais não é legítimo. Ajuntar-se com uma prostituta não é casamento, mas é prostituição. Se fosse casamento não seria mais prostituição. Esta seria eliminada; não existiria mais. Seria casamento, simplesmente. Se um homem tiver relações sexuais com uma mulher antes do casamento, ele comete fornicação ou prostituição com ela. Isto é pecado; é chamado loucura e doidice na Bíblia. Se um filho nascer desta união, é ou não é bastardo? Por isso Deus tinha que dizer a José que o caso de Maria não foi prostituição ou adultério. Se o pai de Jesus fosse um outro homem qualquer, Maria seria adúltera. O filho seria um bastardo. Mas, vamos ver outras passagens da Bíblia:

1). I Cor. 7:1-2 – “Bom seria que o homem não tocasse em mulher; Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.” Portanto prostituição é uma coisa; casamento é outra. O ato sexual é o mesmo. Deus não aprova prostituição nem adultério. Aprova o casamento. O ato sexual não é o casamento.

2). Hebreus 13:4 – “Venerado (reverenciado, respeitado) seja entre todos o matrimonio (casamento) e o leito (do casal) sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.” Logo o casamento é diferente de prostituição e de adultério. O casamento é “sem mácula.” A prostituição e o adultério merecem o julgamento de Deus! Ajuntar-se com uma prostituta é prostituição e NÃO casamento. Repito: o ato sexual no casamento é o mesmo praticado na prostituição. Deus APROVA um e condena o outro! Logo entendemos que o ato sexual não é casamento.

3). I Cor. 6:15-18 – “Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei pois os membros de Cristo, e fa-los-ei membros de uma meretriz? (É certo um crente ter relações com uma meretriz?) Não, por certo. (Por que não? Porque seria prostituição.) Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? (Isto é, fica cometendo o mesmo pecado que ela comete). Porque serão, disse, dois numa só carne. (Quer dizer, que ficam iguais. São igualmente prostitutos. Ele participa do mesmo pecado que ela vem praticando). Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espirito. FUGI DA PROSTITUIÇÃO. (Aqui é a razão desta passagem; evitar e não participar de relações ilícitas mas fugir delas). Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo (não envolve o corpo); mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.” Seu próprio corpo pertence a sua esposa, como Paulo explica logo em seguida em I Cor. 7:4. Se ajuntar-se com a prostituta, está dividindo “os dois.” Está pecando contra a sua esposa. É como o caso de adultério: “Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela,” Marcos 10:11. Aqui é o homem que está pecando. Quem ajunta-se com uma meretriz participa com ela o seu pecado de prostituição. Neste sentido os dois estão juntos; igualmente errados mas não casados.

A mesma regra aplica-se a esposa que é infiel ao seu marido. Ela peca contra seu próprio corpo. Ela peca contra seu marido, seu casamento. É adúltera. “Se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera,” Marcos 10:12. Seria executada no tempo da lei, Ezeq. 16:38.

Paul explica em I Cor. 7:1-2 que o homem não deve praticar uma relação sexual ilícita (prostituição), mas deve ter “a sua própria mulher,” isto é, casar se. Se o ato sexual fosse o próprio casamento, este versículo não teria sentido nenhum.

4). I Cor 7:9 – “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.” Paulo está mandando os solteiros praticarem sexo antes do casamento? Não. Ele está reforçando a idéia no versículo 2, que o solteiro deve evitar fornicação através do próprio casamento! Deve casar-se e assumir a responsabilidade que vem com a família. Se o ato sexual fosse casamento, este versículo não teria sentido nenhum.

5). Gênesis 38 – Aqui é o caso de Judá que teve relações sexuais com sua nora, Tamar, que se fingiu de prostituta. Ficou grávida. Quando foi descoberto o caso, “deram aviso a Judá, dizendo: Tamar, tua nora, adulterou, e eis que está pejada do adultério.” Judá ficou bravo. Quis executá-la. Mas caiu em si quando ficou sabendo que ele era o pai! Judá não se casou com Tamar. “E nunca mais a conheceu,” versículo 26. Foi adultério; não casamento. No tempo da lei os dois seriam mortos. Lev. 20:12.

6). Deut. 22:23-27 – Leia cuidadosamente sobre dois casos de estupro. Inclui-se aqui o consentimento da mulher. Se ela não consentir, não tem culpa; não é executada. O estupro não estabelece uma relação permanente; não é casamento com o estuprador. Se nascer criança, a mãe cuida dela pois o estuprador é executado. Se ela consentir ou não pedir socorro, os dois são executados. Não há casamento.

7). Deut. 22:28-29 – No caso do homem que se deita com uma moça virgem não desposada, quando “forem apanhados, “dará dinheiro (o dote) ao pai dela “porquanto a humilhou,” e ela “lhe será por mulher.” Casam-se. Se o ato sexual fosse o próprio casamento, ela não precisaria casar com ele. Já seria casada. Aqui é um caso de sexo antes do casamento, que é uma vergonha, uma doidice, e o resultado deve ser casamento. O ato sexual não é o próprio casamento.

8). Êxodo 22:16-17 – Aqui é um caso de sexo antes do casamento. “Se alguém enganar alguma virgem, que não for desposada, (não tem ficado noiva) e se deitar com ela, certamente a dotará por sua mulher. (Tem que casar com ela; o sexo não os fez casados). “Se seu pai inteiramente recusar dar-lha (em casamento, pois não são ainda casados!), dará dinheiro conforme ao dote das virgens.”

a. Logo podemos concluir que o sexo não é o casamento.

b. O sexo não estabeleceu uma relação permanente.

c. Sexo antes do casamento é errado.

9). Gênesis 34 – Leia o capitulo. É o caso de Diná, filha de Jacó.

É um caso de sexo antes do casamento. Ver. 2.

A moça foi contaminada. Ver. 5, 13, e 27.

O príncipe Siquem amou a moça depois do ato. Namorou-a.

Pediu ao pai dele para arranjar o casamento. Ver. 4.

Fazer sexo antes do casamento é doidice. Ver. 7.

“Não se devia fazer assim.” Ver. 7.

O pai do moço pediu o casamento. Ver. 8.

O moço também pediu. Ver. 11.

Ver. 12 é claro que quis casar-se com Diná.

O contrato foi feito: os heveus iam casar com os israelitas. Praticariam a circuncisão. Ver. 14-24. E fizeram.

Fazer sexo antes do casamento não é casamento!

O CASAMENTO CRIA UMA NOVA FAMÍLIA

Gênesis 2:24 e Mat. 19:5 ensinam que o homem deixa sua família e “apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne,” ou uma nova entidade, uma nova família. Não é certo o homem levar a sua esposa para a casa dos seus pais. Há exceções, mas a regra geral é esta. Ele agora é chefe de uma nova família. “Ambos serão uma carne” mostra que são “co-herdeiros da graça da vida,” I Pedro 3:7.

I Pedro 3:1, I Cor. 11:2 e Efés. 5:22-23 mostram que a mulher é sujeita ao próprio marido. Ela é sujeita só ao seu próprio marido e não ao sogro ou seu pai ou outro homem. Faz parte da formação de uma nova família.

I Pedro 3:7 e Efés. 5:25,28-31 ensinam que o homem deve amar sua mulher como seu próprio corpo; como Jesus ama a igreja. Deve viver com sua mulher com “entendimento, dando honra à mulher.” O corpo dela é dele; o corpo dele é dela. Os dois são um só. “Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher (Porque casou-se com ela!) e serão dois numa carne. Assim também vós cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido,” Efés. 5:31. Eles são uma nova família.

CASAMENTO É PERMANENTE E EXIGE FIDELIDADE

Em todas as passagens bíblicas que tratam de casamento, a ênfase é da sua permanência. Na criação da família em Gênesis 2:23-24, Deus disse que “serão ambos uma carne.” Jesus citou este caso em Mat. 19:3-9, Marcos 10:2-12 e disse: “Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Ninguém deve ser culpado de destruir a família, de separar um marido da sua esposa. O matrimonio deve ser mantido a todo custo. Casamento dura até a morte de um dos cônjuges. Romanos 7:1-4 ensina que a pessoa pode casar-se de novo se o outro morrer. Se ajuntar com o outro durante a vida do seu cônjuge, comete adultério. Estaria casado com dois duma vez (o que é errado), e destruiria a família. Também destruiria o argumento de Paulo sobre nossa morte para a lei pelo corpo de Cristo! Não estamos casados com a lei mas com Cristo. Cristo pôs fim à lei. Cravou-a na cruz. Não estamos debaixo dela. Ela morreu. Ficamos livres dela. Se a mulher casar-se com um outro homem enquanto seu marido está vivo, é adúltera. Destruiu o casamento. E “qualquer que casar com a repudiada comete adultério.” Mateus 5:32. Por que? Porque ela é do primeiro. Igualmente, se o homem casar-se com uma outra mulher enquanto sua esposa vive, é um adúltero. “Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera.” Marcos 10:11-12. É fácil ver aqui que o que vale para um vale para o outro! De qualquer maneira a família seria desmanchada, desfeita, destruída.

Por esta razão, Jesus ensinou que a única razão de repudiar o outro cônjuge é fornicação. Se o homem repudiar a sua mulher por qualquer outra razão “a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério,” se ela casar com outro, e “qualquer que casar com a repudiada comete adultério.” Mat. 5:32. Por que? Porque ela ainda pertence ao seu marido.

Paulo tratou deste assunto em I Cor. 7. Quando fala dos solteiros e viúvos, faz “por permissão e não por mandamento,” ver. 6. Ele fala segundo o seu “parecer,” tendo o Espírito Santo. “Quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor,” ver. 25. Mas quando fala dos casados, diz, “mando, não eu mas o Senhor,” ver. 10. Disse que “A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas se falecer o seu marido. fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor,” ver. 39. Não há razão nenhuma para limitar este princípio à mulher. O homem está ligado a sua esposa todo o tempo que ela vive. Se ela morrer, ele está livre para casar-se de novo. Mas se casar-se durante a vida dela, está cometendo adultério. Tanto o marido como a esposa são “co-herdeiros da graça da vida.” Todas estas passagens ensinam a permanência do matrimonio, e que a única coisa que desfaz o casamento é a morte. No caso de um que se aparta do outro, Deus manda “que a mulher se não aparte do marido,” ver. 10. E “se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido,” ver. 11. Acha que este principio é somente para a mulher? Não, porque Paulo continua dizendo, “e que o marido não deixe (não abandone) a mulher.” Marcos 10:11-12 menciona tanto o marido como a esposa!

Lucas 16:18 também ensina que “Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido adultera também.” O homem deixa a sua mulher. Ela fica abandonada, sem sustento, sem abrigo, sem marido. Ele se casa com a outra. Comete adultério. A esposa dele casa-se de novo. O segundo homem dela comete adultério. Por que? Porque o marido dela está vivo. Perante Deus ela pertence ao primeiro marido. É claro que ela também comete adultério, se ajuntar ao outro, mas esta passagem fala do homem que se ajuntar com ela. Jesus disse que “aquele que casa com a repudiada” comete adultério. Esta é a mesma idéia que achamos em Mat. 5:32. Se o homem repudiar a sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério.” Se fosse por prostituição, ela já seria culpada de adultério! Mas se ele a repudiar por outra causa qualquer, ela acaba ajuntando-se com um outro. Isto é adultério. Assim o homem faz a sua mulher cometer adultério. E neste caso, o homem que ajuntar-se com ela (a repudiada) também comete adultério porque ela é casada.

Deus quer que a família continue unida. Ele detesta divórcio. Mal. 2:14-16. Não quer que ninguém fique “desleal para com a mulher da sua mocidade.”

Deus manda que ninguém se aparte do seu “co-herdeiro da graça da vida,” I Cor. 7:10-11. Se um abandonar o outro, como é que faz? “Fique sem casar, ou que se reconcilie..” Reconciliação é possível? Sim. Deus manda que seja feita! Leia cuidadosamente o capítulo inteiro de Ezequiel 16. Deus e Israel eram casados. Israel se tornou infiel, como uma meretriz pior que Samaria ou Sodoma. Foi abandonada por Deus, mas não permanentemente. Um dia Deus vai recebê-la de volta, arrependida. O mesmo Deus que escreveu Deut. 24 também tem graça e misericórdia maior que a LEI. (Cuidado com a lei! Vamos usar Deuteronômio hoje para todo o nosso comportamento? Se aceitamos uma parte e não tudo somos incoerentes, errados). Vamos apedrejar o estuprador, ou o adúltero?

O errado será perdoado somente se arrepender se. A mulher adúltera em João 8:1-11 estava errada. Merecia morrer. Jesus era inocente do pecado; podia acusá-la. Ele não pediu a sua morte. “Nem eu também te condeno: vai-te, e não peques mais.” Quando o errado, o infiel se arrepende e pede perdão, vamos aplicar a lei ou a graça? Vamos perdoar? E a pessoa errada: vai continuar no pecado? Não. Vai ser como o caso em I Cor. 5 e II Cor. 2. O homem cometeu fornicação. Como? Estava vivendo com a mulher de seu pai. Paulo manda que aquele “que tal ato praticou” seja excluído, tirado da igreja. Não podemos aprovar fornicação. Ver. 10 disse que não nos devemos associar com um irmão “devasso,” isto é, fornicário. A igreja excluiu o homem pela votação da maioria (não é necessária a unanimidade), e depois ele se arrependeu. Voltou à igreja arrependido, e Paulo manda que seja recebido, consolado, confirmado! Por que? Deixou a relação ilícita. Parou de morar com a mulher do seu pai. Temos que deixar bem claro que amamos o pecador mas aborrecemos o pecado. Através de arrependimento a reconciliação pode ser feita. “Para que te lembres, e te envergonhes, e nunca mais abras a tua boca, por causa da tua vergonha, quando me reconciliar contigo de tudo quanto fizeste, diz o Senhor JEOVÁ.” Ezequiel 16:63.